Esta noite, no Estádio
Eis a constituição das equipas:
Málaga
Os andaluzes, que irão
encontrar o FC Porto nos Oitavos-de-final da Liga dos Campeões, já não vencem
os “merengues” em casa desde 1983/84.
O conjunto orientado por
Manuel Pellegrini ocupa o 4º lugar na Liga BBVA, a cinco pontos do adversário
desta noite, tem a melhor defesa da prova (apenas 10 golos sofridos) e vem de
uma série de duas vitórias seguidas.
Os portugueses Eliseu e
Duda, assim como Oguchi Onyewu (emprestado pelo Sporting), Weligton
(ex-Penafiel), Manuel Iturra (ex-União de Leiria) e Saviola (ex-Benfica), fazem
parte do plantel.
O Málaga tem sido notícia
em Espanha e também na Europa por ter sido excluído da próxima edição das
competições europeias, devido a dívidas a fisco e a jogadores.
Weligton e Toulalan estão
lesionados.
Real
Madrid
Depois
do empate caseiro cedido na última jornada, diante do Espanhol (2-2), o Real
Madrid entrou para este fim-de-semana com treze pontos de desvantagem para o
líder Barcelona, e com quatro para o Atlético Madrid, que é 2º.
Na Liga
dos Campeões, irão defrontar o Manchester United nos Oitavos-de-final.
Fábio
Coentrão, Marcelo, Higuaín e Raúl Albiol estão ausentes, por lesão.
Cronómetro:
Inicio de jogo equilibrado em La Rosaleda.
O Málaga a atacar dispunha-se em 4x1x3x2, ficando apenas Camacho como
médio de cobertura, e à sua frente três centro-campistas de características
ofensivas, que nem sempre conseguiam recuar até junto da bola quando se lhes
era pedido trabalho defensivo.
Defendendo, esse 4x1x3x2 passava para 4x3x1x2, com Portillo e Eliseu a
recuarem para a mesma linha que Camacho, com Isco ligeiramente mais adiantado.
O relvado não estava nas melhores condições.
Intervalo.
Callejón substituiu Arbeloa.
José Mourinho trocou Di María por Kaká.
Sem mais ocorrências até final, confirmou-se a vitória do Málaga.
Análise:
Se a primeira parte foi sobretudo equilibrada e nem sempre bem jogada,
também fruto do mal tratado relvado de La Rosaleda , o segundo tempo foi muito diferente, um
autêntico jogo de loucos!
Começou com um Málaga galvanizado, que depressa se colocou em
vantagem, mas que nem por isso deixou de atacar depois do 1-0, os jogadores
mais criativos abriram o livro, no entanto, os “merengues” conseguiram chegar
ao empate.
E se se pensava que poderia ser o início da “remontada” dos campeões
espanhóis, eis que Santa Cruz, que entrou pouco antes do golo do empate,
resolve o jogo, marcando por duas ocasiões, dando apenas tempo para Benzema
reduzir a desvantagem e deixar o resultado final em 3-2.
Analisando os atletas em campo, começando pelos do Málaga…
Willy Caballero
esteve seguro, e foi o primeiro a dar nas vistas com uma bela intervenção na
resposta a um livre de Ronaldo;
Jesús Gámez
expôs-se algumas vezes, mesmo numa altura em que a equipa estava em vantagem; Sergio
Sánchez (infeliz por ter feito um auto-golo) e Demichelis tentaram
adornar os lances em demasia por várias vezes e podiam ter pago caro, até
porque o relvado estava em mau estado, mas o que é certo é que iam resolvendo a
maioria dos problemas que lhes apareciam pela frente; e Monreal foi
ofensivo, mas com as devidas cautelas;
Camacho segurou
sozinho o peso do meio-campo, visto ser o único centro-campista de
características defensivas e ter os seus colegas de sector muito distantes, mas
viu um mau passe seu originar o 3-2; Portillo foi sempre dos mais
galvanizados, aparecendo com frequência perto da área contrária; Eliseu
procurou muitas vezes a zona central (sobretudo quando estava posicionado como
médio-direito), tanto para criar desequilibrios no aspecto ofensivo, como para
fechar defensivamente; e Isco, criativo, utilizou a sua qualidade
técnica para abrir espaços e fazes passes com critério, e inaugurou o marcador;
Joaquín foi
aparecendo à direita, à esquerda (de onde flectia para o centro) e ao meio como
principal apoio ao ponta-de-lança, e fez as assistências para o 1-0 e o 3-1; e Saviola
foi empreendedor, criando dificuldades aos defesas “merengues” com os seus
passes, dribles e desmarcações;
Santa Cruz
entrou a tempo de bisar e resolver o encontro; Iturra reforçou
defensivamente o meio-campo; e Seba Fernández refrescou o ataque, mas
não esteve muito activo nos cerca de nove minutos que esteve em campo.
Quanto aos jogadores do Real
Madrid…
Adán foi a
novidade no onze inicial, relegando Casillas para o banco, e se no primeiro e
segundo golo sofrido pouco pode fazer, no terceiro não conseguiu fechar
convenientemente o primeiro poste;
Essien (passivo
na abordagem a Joaquín, no primeiro golo do Málaga) e Arbeloa estiveram
longe de ser laterais ofensivos, e por isso, os extremos “merengues” estiveram
desapoiados; Pepe e Sergio Ramos estiveram mal posicionados no
lance do 2-1, deixando Joaquín aparecer à vontade ao primeiro poste, e Santa
Cruz no segundo;
Xabi Alonso,
mesmo sem não ter que compensar subidas dos laterais (eles não subiam), sentiu
imensas dificuldades para travar Isco, Eliseu e outros jogadores andaluzes que
lhe foram aparecendo pela frente; Khedira chegou tarde para interceptar
o remate de Isco que deu no 1-0; e Özil, quase sempre apagado,
deslocou-se para o corredor direito com a entrada de Kaká e fez uma “aparição”
para recuperar a bola e fazer o cruzamento para o 3-2;
Di María
apareceu por duas vezes, na primeira parte, mas esteve longe do seu melhor
nível; Cristiano Ronaldo esteve perdulário; e Benzema foi
influente na obtenção do primeiro golo, e marcou o segundo;
Callejón entrou
para o lugar de lateral-esquerdo, procurando dar mais profundidade a esse
flanco, mas foi exposto em demasia pelos elementos mais criativos do Málaga; Kaká
e Modric entraram para tentar dar maior criatividade ao meio-campo, mas
sem sucesso.
Com este resultado, fica assim disposta a classificação da Liga BBVA:
para mi el culpable de la derrota es mourinho! aunque la defensa, como en los otros partidos, ha estado muy floja. si seguimos así ya nos podemos despedir de la décima...
ResponderEliminarFalta ao Real Madrid um lateral mais ofensivo, é que só tem dois, estão os dois lesionados, e são os dois para o lado esquerdo...
EliminarE claro, houve jogadores em subrendimento, como Sergio Ramos, Özil, Di María, Ronaldo e Khedira