sábado, 22 de dezembro de 2012

Liga BBVA | Málaga 3-2 Real Madrid


Esta noite, no Estádio La Rosaleda, o Málaga venceu o Real Madrid por 3-2, num jogo a contar para a 17ª jornada da Liga BBVA. Isco e Santa Cruz marcaram para os andaluzes, e Sérgio Sánchez na própria baliza e Benzema para os “merengues”.


Eis a constituição das equipas:

Málaga



Os andaluzes, que irão encontrar o FC Porto nos Oitavos-de-final da Liga dos Campeões, já não vencem os “merengues” em casa desde 1983/84.
O conjunto orientado por Manuel Pellegrini ocupa o 4º lugar na Liga BBVA, a cinco pontos do adversário desta noite, tem a melhor defesa da prova (apenas 10 golos sofridos) e vem de uma série de duas vitórias seguidas.
Os portugueses Eliseu e Duda, assim como Oguchi Onyewu (emprestado pelo Sporting), Weligton (ex-Penafiel), Manuel Iturra (ex-União de Leiria) e Saviola (ex-Benfica), fazem parte do plantel.
O Málaga tem sido notícia em Espanha e também na Europa por ter sido excluído da próxima edição das competições europeias, devido a dívidas a fisco e a jogadores.
Weligton e Toulalan estão lesionados.


Real Madrid



Depois do empate caseiro cedido na última jornada, diante do Espanhol (2-2), o Real Madrid entrou para este fim-de-semana com treze pontos de desvantagem para o líder Barcelona, e com quatro para o Atlético Madrid, que é 2º.
Na Liga dos Campeões, irão defrontar o Manchester United nos Oitavos-de-final.
Fábio Coentrão, Marcelo, Higuaín e Raúl Albiol estão ausentes, por lesão.


Cronómetro:

3’ Cristiano Ronaldo, de livre directo, obrigou Willy Caballero a uma grande intervenção.

Inicio de jogo equilibrado em La Rosaleda.

25’ Di María serviu Ronaldo, que praticamente à boca da baliza, atirou para fora.

O Málaga a atacar dispunha-se em 4x1x3x2, ficando apenas Camacho como médio de cobertura, e à sua frente três centro-campistas de características ofensivas, que nem sempre conseguiam recuar até junto da bola quando se lhes era pedido trabalho defensivo.
Defendendo, esse 4x1x3x2 passava para 4x3x1x2, com Portillo e Eliseu a recuarem para a mesma linha que Camacho, com Isco ligeiramente mais adiantado.

O relvado não estava nas melhores condições.

Intervalo.

49’ Joaquín serviu Isco, que em zona frontal conseguiu encontrar espaço, e atirou para o fundo das redes.

52’ Adán negou o golo a Portillo.

53’ Joaquín flectiu da esquerda para o centro e chutou cruzado e ao lado.

55’ Eliseu deu um pequeno toque para Saviola, que rematou colocado e ao lado.

58’ Benzema, em zona frontal, não acertou na baliza.

Callejón substituiu Arbeloa.

José Mourinho trocou Di María por Kaká.

65’ Santa Cruz rendeu Saviola.

66’ Na sequência de vários ressaltos na área do Málaga, Sérgio Sánchez acabou por desviar a bola para a sua própria baliza.

70’ Portillo cedeu o seu lugar a Iturra.

73’ Na resposta a um cruzamento de Jesús Gámez, Joaquín desviou o esférico de calcanhar, Adán conseguiu evitar o golo, mas na recarga, Santa Cruz devolveu a vantagem à formação azul e branca.

76’ Joaquín desmarcou Santa Cruz, que fugiu à marcação de Sergio Ramos e fez o 3-1.

77’ Xabi Alonso foi rendido por Modric.

82’ Na sequência de um mau passe de Camacho, Özil recuperou a bola e cruzou de trivela para Benzema, que reduziu a desvantagem.

84’ Seba Fernández foi lançado, saiu Joaquín.

Sem mais ocorrências até final, confirmou-se a vitória do Málaga.



Análise:

Se a primeira parte foi sobretudo equilibrada e nem sempre bem jogada, também fruto do mal tratado relvado de La Rosaleda, o segundo tempo foi muito diferente, um autêntico jogo de loucos!
Começou com um Málaga galvanizado, que depressa se colocou em vantagem, mas que nem por isso deixou de atacar depois do 1-0, os jogadores mais criativos abriram o livro, no entanto, os “merengues” conseguiram chegar ao empate.
E se se pensava que poderia ser o início da “remontada” dos campeões espanhóis, eis que Santa Cruz, que entrou pouco antes do golo do empate, resolve o jogo, marcando por duas ocasiões, dando apenas tempo para Benzema reduzir a desvantagem e deixar o resultado final em 3-2.


Analisando os atletas em campo, começando pelos do Málaga
Willy Caballero esteve seguro, e foi o primeiro a dar nas vistas com uma bela intervenção na resposta a um livre de Ronaldo;
Jesús Gámez expôs-se algumas vezes, mesmo numa altura em que a equipa estava em vantagem; Sergio Sánchez (infeliz por ter feito um auto-golo) e Demichelis tentaram adornar os lances em demasia por várias vezes e podiam ter pago caro, até porque o relvado estava em mau estado, mas o que é certo é que iam resolvendo a maioria dos problemas que lhes apareciam pela frente; e Monreal foi ofensivo, mas com as devidas cautelas;
Camacho segurou sozinho o peso do meio-campo, visto ser o único centro-campista de características defensivas e ter os seus colegas de sector muito distantes, mas viu um mau passe seu originar o 3-2; Portillo foi sempre dos mais galvanizados, aparecendo com frequência perto da área contrária; Eliseu procurou muitas vezes a zona central (sobretudo quando estava posicionado como médio-direito), tanto para criar desequilibrios no aspecto ofensivo, como para fechar defensivamente; e Isco, criativo, utilizou a sua qualidade técnica para abrir espaços e fazes passes com critério, e inaugurou o marcador;
Joaquín foi aparecendo à direita, à esquerda (de onde flectia para o centro) e ao meio como principal apoio ao ponta-de-lança, e fez as assistências para o 1-0 e o 3-1; e Saviola foi empreendedor, criando dificuldades aos defesas “merengues” com os seus passes, dribles e desmarcações;
Santa Cruz entrou a tempo de bisar e resolver o encontro; Iturra reforçou defensivamente o meio-campo; e Seba Fernández refrescou o ataque, mas não esteve muito activo nos cerca de nove minutos que esteve em campo.

Quanto aos jogadores do Real Madrid
Adán foi a novidade no onze inicial, relegando Casillas para o banco, e se no primeiro e segundo golo sofrido pouco pode fazer, no terceiro não conseguiu fechar convenientemente o primeiro poste;
Essien (passivo na abordagem a Joaquín, no primeiro golo do Málaga) e Arbeloa estiveram longe de ser laterais ofensivos, e por isso, os extremos “merengues” estiveram desapoiados; Pepe e Sergio Ramos estiveram mal posicionados no lance do 2-1, deixando Joaquín aparecer à vontade ao primeiro poste, e Santa Cruz no segundo;
Xabi Alonso, mesmo sem não ter que compensar subidas dos laterais (eles não subiam), sentiu imensas dificuldades para travar Isco, Eliseu e outros jogadores andaluzes que lhe foram aparecendo pela frente; Khedira chegou tarde para interceptar o remate de Isco que deu no 1-0; e Özil, quase sempre apagado, deslocou-se para o corredor direito com a entrada de Kaká e fez uma “aparição” para recuperar a bola e fazer o cruzamento para o 3-2;
Di María apareceu por duas vezes, na primeira parte, mas esteve longe do seu melhor nível; Cristiano Ronaldo esteve perdulário; e Benzema foi influente na obtenção do primeiro golo, e marcou o segundo;
Callejón entrou para o lugar de lateral-esquerdo, procurando dar mais profundidade a esse flanco, mas foi exposto em demasia pelos elementos mais criativos do Málaga; Kaká e Modric entraram para tentar dar maior criatividade ao meio-campo, mas sem sucesso.


Com este resultado, fica assim disposta a classificação da Liga BBVA:

2 comentários:

  1. para mi el culpable de la derrota es mourinho! aunque la defensa, como en los otros partidos, ha estado muy floja. si seguimos así ya nos podemos despedir de la décima...

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    1. Falta ao Real Madrid um lateral mais ofensivo, é que só tem dois, estão os dois lesionados, e são os dois para o lado esquerdo...

      E claro, houve jogadores em subrendimento, como Sergio Ramos, Özil, Di María, Ronaldo e Khedira

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