Esta noite, no Estádio Comendador Joaquim de Almeida Freitas, em Moreira de Cónegos, o Moreirense qualificou-se para a 4ª eliminatória da Taça de Portugal ao derrotar o Sporting por 3-2. Pablo Olivera (2) e Wagner marcaram para os minhotos, e Rinaudo e Wolfswinkel para os leões.
Eis a constituição das equipas:
Moreirense
O melhor que a formação
de Moreira de Cónegos fez na Taça de Portugal foi chegar às meias-finais, em
1999/2000, onde curiosamente, acabaram eliminados pelo Sporting.
No campeonato, somam
cinco pontos em seis jogos e estão próximos da zona de despromoção.
Pintassilgo (lesão) e
Ricardo Ribeiro (castigo) são os ausentes.
Sporting
Após um mau arranque na Liga ZON Sagres (6 jogos/6 pontos/12º lugar) e
na fase de grupos da Liga Europa, os leões procuram acertar o passo na Taça de
Portugal, competição que já conquistaram por quinze vezes, sendo a última das
quais em 2007/08. Na época passada, até chegaram à final do Jamor, onde foram
derrotados pela Académica (0-1).
Pereirinha, Labyad e Daniel Carriço estão lesionados, Rojo castigado e
Izmailov ausente a tratar de assuntos pessoais.
Por esta altura, o equilíbrio era a nota dominante no encontro.
Ao intervalo, Jorge Casquilha trocou Tales por Wagner, invertendo
assim o triângulo do meio-campo.
90+1’
Na resposta a um canto cobrado por Ricardo Pessoa, Ricardo Fernandes cabeceou à
trave.
Fim do tempo regulamentar.
Intervalo do prolongamento.
120+2’
Grande remate de Pranjic, e enorme corte de Anílton Júnior sobre a linha de
baliza
Sem mais ocorrências até final, confirmou-se a passagem dos homens de
Moreira de Cónegos à 4ª eliminatória da Taça de Portugal.
O Sporting entrou forte e conseguiu marcar logo nos minutos iniciais,
algo que raramente tem acontecido na equipa de Alvalade esta época, que devido
à não ocorrência golos nesse período, acusa mais ansiedade ao longo das
partidas.
No entanto, aqui o tento da vantagem apareceu cedo, mas ainda assim os
leões permitiram que o conjunto orientado por Jorge Casquilha fosse
equilibrando o jogo, e que se fosse chegando mais á frente, e se na primeira
parte esse dado não teve efeitos práticos, na segunda o Moreirense conseguiu
mesmo empatar, e posteriormente chegar à vantagem, pairando no ar o sentimento
de que o cenário de eliminação precoce na Taça de Portugal poderia estar
próxima.
Aí, Oceano mexeu na equipa, retirou algumas unidades com um rendimento
abaixo do desejado, e num lance em que participaram dois jogadores que
começaram no banco (Viola e Adrien), o Sporting alcançou a igualdade e levou o
jogo para prolongamento.
Já no tempo extra, apesar do equilíbrio, foram os homens de Moreira de
Cónegos que conseguiram chegar novamente à vantagem, ainda na primeira parte,
por Wagner.
Depois, a equipa do concelho de Guimarães resistiu a um segundo tempo
completamente sufocante dos leões, e conseguiu segurar a vitória.
Analisando os atletas em campo, começando pelos do Moreirense…
Ricardo Andrade foi muito mal batido no 0-1, no entanto, fez imensas
intervenções de elevado grau de dificuldade;
Ricardo Pessoa desperdiçou uma grande penalidade; Anílton Júnior
efectuou uma exibição muito positiva no eixo defensivo e fez um corte decisivo
exactamente no último minuto do prolongamento; Ricardo Fernandes a partir da
segunda parte foi jogando em esforço, devido a diminuições físicas, mas ainda
assim, esteve perto de marcar, tendo cabeceado à trave; e Augusto foi
ultrapassado por Viola no lance que deu o 2-2;
Tales foi o elemento mais recuado e posicional do meio-campo; Vinícius
colocou-se entre o médio mais defensivo e o mais ofensivo enquanto esteve em
campo; e Filipe Gonçalves passou discreto, mas foi importante ao fechar os
espaços, sobretudo quando a equipa estava em vantagem;
Pablo Olivera trocou de flanco ao intervalo, marcou dois grandes golos
e saiu com queixas físicas; Fábio Espinho mudou-se da esquerda (onde esteve
apagado) para a zona central no segundo tempo, onde fez a assistência para o
1-2; e Ghilas, forte fisicamente, com grande impulsão, velocidade, poder de
desmarcação e capacidade para segurar a bola, foi importante nos lances do
segundo e terceiro golo, e anteriormente já tinha cabeceado à trave;
Wagner posicionou-se na ala direita, à qual trouxe velocidade e
verticalidade, e marcou o 3-2; Rafael Lopes foi para o lado esquerdo do ataque
e não conseguiu fechar esse flanco de forma eficaz, já que não travou Viola na
jogada do 2-2; e Renatinho reforçou a zona central do meio-campo.
Quanto aos jogadores do Sporting…
Rui Patrício defendeu um “penalty”;
Arias teve a missão de dar largura e profundidade ao flanco direito,
não conseguiu oferecer oposição ao remate de Pablo Olivera que ditou o 1-2; Boulahrouz
foi o patrão da defesa, e apesar dos três golos sofridos, não teve
responsabilidades directas em nenhum, e ainda cabeceou à trave no último minuto
do tempo extra; Xandão ao tentar ajudar o seu colega de eixo defensivo a
desarmar Ghilas, acabou por expor demasiado Arias no lance do segundo tento dos
minhotos, e revelou problemas físicos relacionados com o esforço, já no
prolongamento; e Insúa deixou fugir Wagner na jogada do 3-2;
Rinaudo, voz de comando do meio-campo leonino, inaugurou o marcador,
puxou pelos companheiros e fez imensas intervenções acertadas e úteis para o
colectivo; Elias perdeu a bola demasiadas vezes; e Schaars oscilou entre passes
de grande qualidade e períodos em que passou ao lado do encontro;
Jeffrén apareceu sobretudo em zonas interiores, esteve apagado, e
cometeu, de forma infantil, uma grande penalidade; Capel deu largura ao ataque,
do lado esquerdo, e fez o último passe no lance do 0-1; e Wolfswinkel não foi
muito apoiado ao longo do jogo pelos colegas, mas quando teve um médio mais
perto de si, conseguiu marcar;
Adrien, entrou bem no jogo, com uma série de passes de grande de
qualidade, foi o médio que mais se aproximou do ponta-de-lança e acabou por lhe
fazer uma assistência involuntária; Viola foi lançado para a ala direita e
Pranjic para a esquerda, e acabaram por trocar na primeira parte do
prolongamento, foram ambos desequilibradores, tendo o argentino sido muito
importante para o 2-2 e o croata acertado no ferro.
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