domingo, 21 de outubro de 2012

Taça de Portugal | Moreirense 3-2 Sporting


Esta noite, no Estádio Comendador Joaquim de Almeida Freitas, em Moreira de Cónegos, o Moreirense qualificou-se para a 4ª eliminatória da Taça de Portugal ao derrotar o Sporting por 3-2. Pablo Olivera (2) e Wagner marcaram para os minhotos, e Rinaudo e Wolfswinkel para os leões.


Eis a constituição das equipas:

Moreirense



O melhor que a formação de Moreira de Cónegos fez na Taça de Portugal foi chegar às meias-finais, em 1999/2000, onde curiosamente, acabaram eliminados pelo Sporting.
No campeonato, somam cinco pontos em seis jogos e estão próximos da zona de despromoção.
Pintassilgo (lesão) e Ricardo Ribeiro (castigo) são os ausentes.


Sporting



Após um mau arranque na Liga ZON Sagres (6 jogos/6 pontos/12º lugar) e na fase de grupos da Liga Europa, os leões procuram acertar o passo na Taça de Portugal, competição que já conquistaram por quinze vezes, sendo a última das quais em 2007/08. Na época passada, até chegaram à final do Jamor, onde foram derrotados pela Académica (0-1).
Pereirinha, Labyad e Daniel Carriço estão lesionados, Rojo castigado e Izmailov ausente a tratar de assuntos pessoais.


7’ Rinaudo recebeu a bola de Capel e do meio da rua atirou forte para o fundo das redes.


20’ Na resposta a um cruzamento de Ricardo Pessoa, Ghilas cabeceou á trave.

26’ Capel cruzou pela esquerda e cruzou para o primeiro poste, onde Jeffrén de cabeça não acertou na baliza.

Por esta altura, o equilíbrio era a nota dominante no encontro.

33’ Boulahrouz apareceu no último terço do terreno, e rematou para defesa de Ricardo Andrade.

45’ Insúa assistiu Wolfswinkel, que permitiu a intervenção do guarda-redes dos minhotos.

Ao intervalo, Jorge Casquilha trocou Tales por Wagner, invertendo assim o triângulo do meio-campo.

46’ Na ressaca de um canto favorável ao Moreirense, Pablo Oliveira, com um belo remate à entrada da área, repôs a igualdade.


55’ Na sequência de um canto para os homens de Moreira de Cónegos, Jeffrén tocou a bola com a mão na área, e foi assinalada uma grande penalidade, na qual Ricardo Pessoa permitiu a defesa de Rui Patrício.

60’ Wagner progrediu no terreno numa trajectória diagonal e atirou para mais uma intervenção do guarda-redes internacional português.

61’ Ghilas recebeu a bola na área, segurou-a e passou-a a Fábio Espinho, que assistiu Pablo Oliveira, que de forma colocada, assinalou a reviravolta.


63’ Schaars obrigou Ricardo Andrade a mais uma defesa complicada.

65’ Elias e Jeffrén foram substituídos por Adrien e Viola.

71’ Fábio Espinho cobrou um livre, a bola bateu na barreira e sobrou para Ghilas que testou os reflexos de Rui Patrício.

76’ Capel foi rendido por Pranjic.

78’ Pablo Olivera cedeu o seu lugar a Rafael Lopes.

79’ Viola ganhou espaço a Rafael Lopes e Augusto na direita e cruzou para a área, onde uma primeira bola tocada por Adrien ressaltou para perto de Wolfswinkel, que fez o 2-2.


80’ Renatinho substituiu Fábio Espinho.

87’ Pranjic desmarcou Wolfswinkel, que não conseguiu acertar na baliza.

90+1’ Na resposta a um canto cobrado por Ricardo Pessoa, Ricardo Fernandes cabeceou à trave.

Fim do tempo regulamentar.

94’ Viola, apareceu na esquerda e rematou com o pé direito para defesa de Ricardo Andrade.

97’ O guarda-redes do Moreirense bombeou o esférico, Ghilas conseguiu ganhar a primeira bola e assistir Wagner que fugiu à marcação de Insúa e na cara de Rui Patrício fez o 3-2.


104’ Wolfswinkel assistiu Pranjic de calcanhar, e o croata rematou ao poste, e na recarga, atirou por cima.

Intervalo do prolongamento.

113’ Ricardo Andrade fez uma defesa milagrosa a um cabeceamento de Xandão.

117’ Adrien fez um grande passe para Schaars, no entanto, o holandês permitiu mais uma vez a intervenção do guardião dos minhotos.

119’ Mais uma vez o guarda-redes dos visitados voltou a negar o golo ao Sporting, desta vez a Rinaudo.

120’ Na resposta a um canto de Schaars, Boulahrouz cabeceou à trave.

120+2’ Grande remate de Pranjic, e enorme corte de Anílton Júnior sobre a linha de baliza

Sem mais ocorrências até final, confirmou-se a passagem dos homens de Moreira de Cónegos à 4ª eliminatória da Taça de Portugal.
O Sporting entrou forte e conseguiu marcar logo nos minutos iniciais, algo que raramente tem acontecido na equipa de Alvalade esta época, que devido à não ocorrência golos nesse período, acusa mais ansiedade ao longo das partidas.
No entanto, aqui o tento da vantagem apareceu cedo, mas ainda assim os leões permitiram que o conjunto orientado por Jorge Casquilha fosse equilibrando o jogo, e que se fosse chegando mais á frente, e se na primeira parte esse dado não teve efeitos práticos, na segunda o Moreirense conseguiu mesmo empatar, e posteriormente chegar à vantagem, pairando no ar o sentimento de que o cenário de eliminação precoce na Taça de Portugal poderia estar próxima.
Aí, Oceano mexeu na equipa, retirou algumas unidades com um rendimento abaixo do desejado, e num lance em que participaram dois jogadores que começaram no banco (Viola e Adrien), o Sporting alcançou a igualdade e levou o jogo para prolongamento.
Já no tempo extra, apesar do equilíbrio, foram os homens de Moreira de Cónegos que conseguiram chegar novamente à vantagem, ainda na primeira parte, por Wagner.
Depois, a equipa do concelho de Guimarães resistiu a um segundo tempo completamente sufocante dos leões, e conseguiu segurar a vitória.

Analisando os atletas em campo, começando pelos do Moreirense…
Ricardo Andrade foi muito mal batido no 0-1, no entanto, fez imensas intervenções de elevado grau de dificuldade;
Ricardo Pessoa desperdiçou uma grande penalidade; Anílton Júnior efectuou uma exibição muito positiva no eixo defensivo e fez um corte decisivo exactamente no último minuto do prolongamento; Ricardo Fernandes a partir da segunda parte foi jogando em esforço, devido a diminuições físicas, mas ainda assim, esteve perto de marcar, tendo cabeceado à trave; e Augusto foi ultrapassado por Viola no lance que deu o 2-2;
Tales foi o elemento mais recuado e posicional do meio-campo; Vinícius colocou-se entre o médio mais defensivo e o mais ofensivo enquanto esteve em campo; e Filipe Gonçalves passou discreto, mas foi importante ao fechar os espaços, sobretudo quando a equipa estava em vantagem;
Pablo Olivera trocou de flanco ao intervalo, marcou dois grandes golos e saiu com queixas físicas; Fábio Espinho mudou-se da esquerda (onde esteve apagado) para a zona central no segundo tempo, onde fez a assistência para o 1-2; e Ghilas, forte fisicamente, com grande impulsão, velocidade, poder de desmarcação e capacidade para segurar a bola, foi importante nos lances do segundo e terceiro golo, e anteriormente já tinha cabeceado à trave;
Wagner posicionou-se na ala direita, à qual trouxe velocidade e verticalidade, e marcou o 3-2; Rafael Lopes foi para o lado esquerdo do ataque e não conseguiu fechar esse flanco de forma eficaz, já que não travou Viola na jogada do 2-2; e Renatinho reforçou a zona central do meio-campo.

Quanto aos jogadores do Sporting…
Rui Patrício defendeu um “penalty”;
Arias teve a missão de dar largura e profundidade ao flanco direito, não conseguiu oferecer oposição ao remate de Pablo Olivera que ditou o 1-2; Boulahrouz foi o patrão da defesa, e apesar dos três golos sofridos, não teve responsabilidades directas em nenhum, e ainda cabeceou à trave no último minuto do tempo extra; Xandão ao tentar ajudar o seu colega de eixo defensivo a desarmar Ghilas, acabou por expor demasiado Arias no lance do segundo tento dos minhotos, e revelou problemas físicos relacionados com o esforço, já no prolongamento; e Insúa deixou fugir Wagner na jogada do 3-2;
Rinaudo, voz de comando do meio-campo leonino, inaugurou o marcador, puxou pelos companheiros e fez imensas intervenções acertadas e úteis para o colectivo; Elias perdeu a bola demasiadas vezes; e Schaars oscilou entre passes de grande qualidade e períodos em que passou ao lado do encontro;
Jeffrén apareceu sobretudo em zonas interiores, esteve apagado, e cometeu, de forma infantil, uma grande penalidade; Capel deu largura ao ataque, do lado esquerdo, e fez o último passe no lance do 0-1; e Wolfswinkel não foi muito apoiado ao longo do jogo pelos colegas, mas quando teve um médio mais perto de si, conseguiu marcar;
Adrien, entrou bem no jogo, com uma série de passes de grande de qualidade, foi o médio que mais se aproximou do ponta-de-lança e acabou por lhe fazer uma assistência involuntária; Viola foi lançado para a ala direita e Pranjic para a esquerda, e acabaram por trocar na primeira parte do prolongamento, foram ambos desequilibradores, tendo o argentino sido muito importante para o 2-2 e o croata acertado no ferro.


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