Esta noite, no Estádio Municipal de Aveiro, o FC Porto conquistou a Supertaça Cândido de Oliveira após vencer a Académica por 1-0, com um golo de Jackson Martínez.
Eis a constituição das equipas:
FC Porto
Os dragões procuram conquistar a 19ª supertaça da sua história, e a quarta consecutiva.
Emídio Rafael está lesionado e Alvaro Pereira não entra nas contas para Vítor Pereira.
Académica
Os estudantes procuram conquistar pela primeira vez o troféu, na primeira vez que o disputam.
Na época passada, a Académica, orientada por Pedro Emanuel, terminou o campeonato em 13º e venceu a Taça de Portugal.
Rodrigo Galo (emprestado pelo Sp. Braga), Bruno China (ex-Rio Ave), Serge N’Gal (ex-USM Alger), John Ogu, Keita e Marcos Paulo (todos ex-U. Leiria), Afonso e Cleyton (ambos emprestados pelo Corinthians Alagoano), Makelele (ex-ABC), Salim Cissé (ex-Arezzo), Júnior Lopes (ex-Bragantino), Carlos Saleiro (ex-Servette) e Henrique (ex-Feirense) são os principais reforços para esta temporada.
N’Gal está a recuperar de lesão e Keita ainda não foi inscrito.
Jogo ao minuto:
O início de jogo foi equilibrado, com quinze minutos sem ocasiões de golo.
A Académica, que a atacar apresentava um sistema de 4x2x3x1, quando defendia, algo que acontecia na maioria do tempo, porque era o FC Porto que se superiorizava em termos de posse de bola, actuava em 4x1x4x1, com Reiner Ferreira a ocupar o espaço entre a linha defensiva e os quatro médios.
26’ Maicon, de livre directo, obrigou Ricardo a defesa incompleta, e na recarga, Christian Atsu atrapalhou-se e não foi capaz de bater o guardião dos estudantes.
O FC Porto tentava construir os seus ataques a partir de um passe dos centrais para Defour, que então pegava no jogo. Sempre que o belga estava pressionado e não podia receber a bola ou era obrigado a passar para trás, a equipa procurava então jogo directo para a frente de ataque, fazendo uso da capacidade de Jackson Martínez recepcionar o esférico e de jogar de costas para a baliza.
39’ Hélder Cabral, de livre directo, acertou nas malhas laterais.
42’ Por esta altura, a percentagem de bola era favorável aos dragões: 59%.
Intervalo.
57’ Vítor Pereira trocou Defour e Christian Atsu por João Moutinho e Djalma.
Com esta alteração, James Rodríguez passou para extremo esquerdo.
67’ Na sequência de um canto favorável aos azuis e brancos, Ricardo negou o golo a um pontapé de bicicleta de Otamendi.
A Académica estava cada vez mais retraída em campo, praticamente não conseguindo sair da sua zona defensiva.
71’ John Ogu rendeu Afonso.
Com a entrada do antigo médio da União de Leiria, a “Briosa” conseguiu esticar ao seu jogo e aproximar-se da baliza contrária.
86’ Lucho González cedeu o seu lugar a Varela.
Magique substituiu Marinho.
90’ Na resposta a um cruzamento de Miguel Lopes, Jackson Martínez saltou entre os dois centrais academistas e cabeceou para o fundo das redes.
90+2’ Edinho entrou para o lugar de Makelele.
Até ao último apito, a Académica tentou chegar ao empate através do “chuveirinho”.
Sem mais ocorrências até final, o FC Porto assegurou a 19ª Supertaça do seu historial, após uma vitória sofrida sobre os estudantes por 1-0, conseguida devido a um golo de Jackson Martínez, perto do final da partida.
No primeiro tempo, assistiu-se a um jogo equilibrado, com raras oportunidades para marcar, com os dragões a terem mais posse de bola, no entanto, sem usufruir desse factor perto da baliza adversária, fruto da organização defensiva da formação de Coimbra.
Na segunda parte, os campeões nacionais entraram fortes, empurraram o adversário para junto da sua área, não criaram muitas ocasiões de golo, mas foram dominando e mantendo o perigo longe da sua baliza.
Com a entrada de John Ogu, a vinte minutos do fim, os comandados por Pedro Emanuel conseguiram esticar o seu jogo, chegar mais vezes até perto das zonas de finalização e até ameaçar marcar, mas já perto dos descontos, quando já se pensava em prolongamento, Jackson Martínez, na resposta a um cruzamento de Miguel Lopes, saltou mais alto que os centrais e cabeceou para a vitória.
Analisando os atletas em campo, começando pelos do FC Porto…
Helton das poucas vezes que foi chamado a intervir, esteve bem;
Miguel Lopes foi um lateral ofensivo e apesar das queixas físicas no final da partida, fez o cruzamento para o golo; Maicon e Otamendi não deram grandes hipóteses aos adversários; e Mangala, mais posicional que o lateral-direito, não se escondeu de apoiar o ataque e não há nada que lhe posse ser apontado;
Fernando, a grande nível, fez uso da sua qualidade de passe e solucionou vários problemas; Defour tentou pegar no jogo, ao jeito de João Moutinho, mas não conseguiu dar muita intensidade; e Lucho apareceu perto do ponta-de-lança mas foi perdendo gás;
James Rodríguez apareceu pouco; Christian Atsu teve bons rasgos individuais; e Jackson Martínez, que até parecia estar a passar ao lado do encontro, apareceu perto do fim para se elevar nos ares e cabecear para o fundo das redes;
João Moutinho trouxe mais 'pedalada' para o meio-campo; Djalma refrescou as alas; e Varela, apesar do pouco tempo em campo, terá atrapalhado a acção dos centrais no momento em que ambos saltaram para tentar interceptar o cruzamento ao qual Jackson colou o selo do golo.
Quanto aos jogadores da Académica…
Ricardo fez intervenções de bom nível;
Rodrigo Galo travou duelo complicado com Atsu no primeiro tempo e acabou por se soltar mais no segundo; João Real e Reiner Ferreira, após 90 minutos muito satisfatórios, perderam a luta nos ares com Jackson Martínez no golo dos dragões; e Hélder Cabral foi forte a defender e o principal marcador de livres, quer directos, quer indirectos;
Flávio Ferreira foi o homem mais recuado do meio-campo e tapou os espaços para a sua baliza; Makelele, apesar de não ter uma estatura muito elevada, revelou-se um todo-o-terreno fisicamente forte; e Cleyton apareceu a espaços, mas sem estar em grande evidência;
Marinho foi empenhado nas suas progressões pelo flanco direito, mas poucas vezes bem sucedido; Afonso esteve apagado; e Cissé é possante, revelou capacidade para jogar de costas para a baliza, mas revelou algumas deficiências na recepção de bola;
John Ogu trouxe maior pendor ofensivo à equipa; Magique ainda teve um bom lance individual, no qual ganhou uma falta relativamente perto da área adversária; e Edinho praticamente nem tocou na bola.
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