Sporting e Nacional empataram (2-2) esta noite no Estádio de Alvalade, na primeira mão das meias-finais da Taça de Portugal. Elias e Schaars marcaram para os leões, Rondón e Candeias para os insulares.
Eis a constituição das equipas:
Sporting
Domingos Paciência tentará voltar a vencer o Nacional pelo Sporting esta época, depois de ter derrotado os insulares para o campeonato (1-0).
As principais novidades no onze são as inclusões de Matías Fernandez e Jeffren, relegando Diego Capel e Carrillo para o banco para os suplentes. Renato Neto continua a receber a confiança da equipa técnica.
Nacional
A formação de Pedro Caixinha aparece em Alvalade moralizada pela vitória no passado domingo em Barcelos, diante do Gil Vicente (3-0).
Logo nos primeiros dez minutos de jogo, ainda as equipas tentavam encaixar-se uma na outra e sem criar oportunidades de perigo, Wolfswinkel lesionou-se na anca e foi substituído por Bojinov.
Aos 23’, finalmente, uma ocasião de golo! Na sequência de um canto marcado por Schaars na direita, Matías recebe a bola à entrada da área e rematou pouco por cima da baliza dos madeirenses.
À passagem da meia hora, o Nacional responde e numa jogada em que se encontrava em superioridade numérica, Stojanovic aparece pela esquerda e assiste Rondón que falha de forma incrível.
Cinco minutos depois, após um livre cobrado pela esquerda por Skolnik, o venezuelano aparece ao primeiro poste e cabeceia para o fundo das redes de Rui Patrício, fazendo o 0-1.
Já nos descontos da primeira parte, Candeias rouba a bola a Anderson Polga, subiu pelo flanco direito, entrou na área e atirou para a baliza, ampliando a vantagem para a sua equipa.
O Sporting entrou com tudo na segunda metade. Carrillo já tinha entrado no decorrer da primeira e Capel juntou-se a ele após o intervalo, e foi por pouco que os leões não reduziram, primeiro por Matías e depois por Bojinov, logo nos minutos iniciais.
Aos 67’, numa fase em que a equipa leonina estava a desperdiçar oportunidades atrás de oportunidades, Márcio Madeira que tinha substituído Stojanovic devido a este já ter um cartão amarelo, acaba por ser expulso por acumulação.
À entrada para o último quarto de hora, Schaars da esquerda faz um excelente cruzamento, que acabou desviado para a baliza por Elias, reduzindo assim a desvantagem. 1-2.
Dois minutos depois, foi Insúa a colocar a bola no internacional brasileiro, mas o seu remate (desta vez de cabeça) foi defendido por Vladan. Na jogada seguinte, Onyewu marca mesmo mas o golo foi anulado.
Pouco tempo depois, um remate fantástico de Matías obriga novamente o guarda-redes montenegrino a uma grande defesa.
Aos 90+5’, no último minuto de descontos, e já com Rui Patrício na área adversário, Schaars bate um livre em força que caprichosamente acabou por entrar na baliza adversária, no entanto, ficou a dúvida se Elias estaria em fora-de-jogo posicional.
O resultado acabou mesmo por ser um empate a dois, com um jogo medíocre na primeira parte, em que o Sporting apresentou uma intensidade muito baixa e o Nacional mesmo com poucas oportunidades conseguiu chegar ao intervalo com o 2-0. Na segunda metade, os jogadores orientados por Domingos Paciência entraram com outra atitude, mas foi a expulsão de Márcio Madeira, perto dos 70’, que mudou todo o cenário do jogo, e foi aí que os leões conseguiram marcar dois golos e evitar males maiores para a deslocação à Choupana.
Analisando as equipas, o Sporting apresentou duas faces, uma na primeira parte, muito cinzenta e pouco dinâmica, e uma outra na segunda metade, especialmente a partir da expulsão que colocou a turma leonina em superioridade numérica.
Rui Patrício que não fez uma única defesa complicada, João Pereira foi apanhado algumas vezes em contra-pé pelos atacantes do Nacional e se continuasse com os intensos protestos poderia ser expulso, Polga fez dos piores jogos esta época e está directamente relacionado com o resultado, Onyewu fez mais uma grande partida (para mim o mais consistente dos verde e brancos) e Insúa esteve muito bem como de costume.
Renato Neto continua a evoluir como trinco na equipa mas precisa de crescer em termos posicionais, Schaars em dia de aniversário fez mais uma bela exibição, com um golo e uma assistência, e Elias marcou o 1-2, apareceu diversas vezes em zonas de finalização mas até nem estava a fazer uma exibição muito conseguida.
Matías voltou a mostrar que a sua diferença de rendimento a jogar no flanco ou no meio é enorme, Jeffren esteve pesado mas com ritmo de jogo será ainda um reforço de peso para o que resta da temporada, Wolfswinkel não teve tempo para nada, e o seu substituto, Bojinov, esteve muito mal, quer no posicionamento, finalização, recepção e domínio de bola. Diego Capel e Carrillo dinamizaram imenso a equipa, no entanto, continuo sem perceber Domingos Paciência no que concerne à colocação de ambos em campo, afinal, não se compreende como numa fase do jogo em que se pediam cruzamentos para a área, sobretudo numa altura em que Onyewu jogava como ponta-de-lança, com Capel no lado direito e Carrillo do lado esquerdo tornou-se impossível que ambos fossem à linha e cruzassem com eficiência, visto que não seriam aproveitados os seus melhores pés, mas em jogos anteriores, em que se pediria uma alteração de flanco entre os dois, o treinador leonino não o faz, e cito por exemplo a partida no Estádio da Luz em que Maxi Pereira estava a dominar Capel e quando a troca entre ambos poderia ser uma solução, tal só aconteceu, imagine-se, quando se assistia ao chuveirinho.
Quanto ao Nacional, fez o jogo que lhe competia, foi fechando espaços a defender, aproveitando com poucos riscos a falta de intensidade que o Sporting impôs no jogo, e conseguindo marcar dois golos que constituíram uma importante vantagem. Com a expulsão, a equipa desorientou-se, tacticamente o cumprimento das funções não foi tão bem conseguido e o que aconteceu nos últimos 20 minutos foi com alguma naturalidade.
Vladan foi gigante entre os postes, na defesa os centrais, sobretudo Luís Neto, anularam bem o já por si pouco válido Bojinov, e na lateral esquerda, Stojanovic foi substituído ao intervalo para prevenir uma possível expulsão e por ironia do destino Márcio Madeira viu dois amarelos e teve esse destino. Do meio-campo para a frente, é preciso destacar Candeias e acima de tudo Mário Rondón, uma dor de cabeça constante para os defesas leoninos.
Com este empate, fica tudo em aberto para a segunda mão, ainda que com ligeira vantagem dos madeirenses.
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