O húngaro que guiou o Benfica à dobradinha de 1980-81. Quem se lembra de Lajos Baróti?
Lajos Baróti orientou o Benfica entre 1980 e 1982
“Foi o melhor treinador da nossa
história”. Foi assim que o presidente da federação húngara se referiu a Lajos
Baróti aquando da morte do treinador em vésperas do Natal de 2005, aos 91 anos.
Afinal, foram 117 jogos efetuados
ao leme da seleção
magiar, incluindo nos mundiais de 1958, 1962, 1966 e 1978, e façanhas hoje
praticamente impensáveis para o futebol daquele país como o título de campeão
olímpico nos Jogos de Tóquio (1964), a medalha de bronze nos de Roma (1960) e o
terceiro lugar no Euro 1964. Pelo meio, venceu um campeonato
(1957) e uma taça (1973) pelo Vasas SC e esteve associado ao período dourado do
histórico Újpest (na altura Újpesti Dózsa), com a conquista de um tricampeonato
(1969, 1970 e 1971), duas taças (1969 e 1970) e a presença na final da Taça da
Cidades com Feiras em 1968-69. Consagrado no seu país, este antigo
defesa internacional húngaro por duas vezes também recebeu convites do
estrangeiro. Foi selecionador do Peru
entre 1971 e 1972 e treinador dos austríacos do Innsbruck (ao leme dos quais
venceu a Taça da Áustria em 1978-79) antes de ser contratado para suceder a
Mário Wilson no comando técnico do Benfica
na antecâmara da temporada 1980-81. Nessa época de estreia conquistou
a primeira Supertaça
da história das águias
e a dobradinha, tendo ainda atingido as meias-finais da Taça das Taças, onde os
encarnados
caíram aos pés do Carl Zeiss Jena, da Alemanha Oriental. “Era um gentleman,
um treinador que se dava bem com toda a gente e dava gosto ser comandado por
ele. Nas palestras, antes das partidas, dizia sempre a mesma frase: ‘Eu ter
muito medo deste jogo.’ No campeonato estivemos 635 minutos sem sofrer golos”,
recordou Nené.
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