Luisão impõe-se no jogo aéreo no jogo do Parken Stadion |
Se no tempo da Taça
dos Campeões Europeus e da Taça das Taças o Benfica
defrontou equipas dinamarquesas em cinco ocasiões (num total de dez
jogos), a reformulação da agora denominada Liga
dos Campeões afunilou o número de países representados na
principal prova continental, o que levou a que os conjuntos da
Dinamarca enfrentassem mais dificuldades para entrar na competição.
A minha primeira memória
de um jogo entre os encarnados
e equipas dinamarquesas remonta, por isso, ao segundo semestre de
2006, quando as águias
de Fernando Santos defrontaram o FC Copenhaga, que fazia a sua
estreia na fase de grupos da Champions,
na primeira jornada, a 13 de setembro.
No Parken Stadion, a
turma
benfiquista não foi além de um empate a zero frente a um
conjunto nórdico que tinha como principal nome Jesper Grønkjær,
antigo extremo de Ajax,
Chelsea
e Atlético
Madrid, e como treinador o antigo internacional norueguês Ståle
Solbakken. Na principal situação de perigo do encontro, Paulo Jorge
atirou ao poste aos 75 minutos.
“Um Benfica
que continua a não convencer e a praticar um futebol lento, pouco
apoiado e sem a criatividade necessária para criar oportunidades de
golo empatou a zero no Estádio Parken. Obteve assim um ponto em casa
do FC Copenhaga, que ontem, na partida a contar para a primeira
jornada do Grupo F da Liga
dos Campeões, realizou a sua estreia na mais importante
competição europeia de clubes. Frente ao campeão dinamarquês em
título, sempre apoiado por um público entusiástico, o clube
da Luz (que contou com o apoio de 200 adeptos nas bancadas em
Copenhaga) voltou a revelar fragilidades, quatro dias depois da má
estreia na Liga
portuguesa, marcada por uma pesada derrota (três golos sem
resposta), três expulsões e uma exibição descolorida no Estádio
do Bessa, diante do Boavista”,
resumiu o Diário de Notícias no dia seguinte.
Entretanto, as duas
equipas disputaram mais três jogos até se voltarem a defrontar na
Luz na 5.ª jornada da fase de grupos, a 21 de setembro. Para esse
encontro os dois conjuntos entraram com quatro pontos, menos cinco do
que o Manchester
United e menos dois do que o Celtic,
o que mantinha o apuramento para os oitavos de final em aberto.
Obrigados a ganhar, os
encarnados
foram arrasadores na primeira parte, resolvendo o assunto nos
primeiros 45 minutos. O lateral esquerdo brasileiro Léo, assistido
por Katsouranis, abriu o ativo logo aos 14', enquanto Miccoli ampliou
a vantagem logo a seguir, a passe de Nuno Gomes (16'). Mais perto do
intervalo, o pequeno bombardeiro italiano bisou na recarga a um
remate de longe de Nuno Gomes defendido de forma incompleta por
Jesper Christiansen (37'). O 3-0 perdurou até bem perto do apito
final, quando o avançado internacional sueco reduziu Marcus Allbäck
aos 89'.
Para azar do Benfica,
o Celtic
baralhou as contas aos vencer na receção ao Manchester
United, o que obrigou as águias
a vencer em Old Trafford na derradeira jornada para alcançar o
apuramento, algo que não veio a acontecer – derrota por 1-3.
Na temporada seguinte, o
Benfica
voltou a defrontar o FC Copenhaga, desta feita na 3.ª
pré-eliminatória de acesso à Champions.
Na primeira-mão, na Luz
e ainda com Fernando Santos como homem do leme, Rui Costa marcou os
dois golos dos encarnados
(25 e 85 minutos) na vitória sobre os dinamarqueses – pelo meio,
Atiba Hutchinson faturou para os nórdicos (35').
Na capital da Dinamarca e
já com José Antonio Camacho no banco benfiquista,
a equipa portuguesa venceu por 1-0, graças a um golo de Kostas
Katsouranis (17'), confirmando assim o apuramento para a fase de
grupos.
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