Michael Carrick bisou numa noite mágica em Old Trafford |
Embora se tratem de dois clubes
históricos do futebol europeu, foi necessário esperar até abril de 2007 para
que Manchester United e AS Roma se defrontassem pela primeira vez em jogos
oficiais. Neste caso, para os quartos de final da Liga
dos Campeões.
A formação inglesa, orientada
pelo eterno Alex
Ferguson, apresentava já o núcleo duro da equipa que viria a chegar a duas
finais da Champions
nas épocas seguintes, com Van der Sar, Brown, O’Shea, Ferdinand, Evra, Carrick,
Scholes, Giggs, Cristiano
Ronaldo e Rooney.
Já a AS Roma pouco ou nada tinha
a ver com a superequipa que conquistou o título italiano em 2000-01, mas que contava
ainda com o eterno Francesco Totti a capitanear um conjunto interessante de
jogadores internacionais como Panucci, Mexès, Chivu, De Rossi, David Pizarro, Wilhelmsson,
Perrotta e Vucinic. O homem do leme era Luciano Spalletti.
Na primeira-mão, na capital
transalpina, os giallorossi venceram
por 2-1, com golos de Rodrigo Taddei (44 minutos) e Vucinic (66’) contra um de
Rooney (60’), num encontro de não me recordo.
O que me lembro bem foi da
segunda-mão, em Old Trafford, pelo resultado volumoso a favorecer os red devils (7-1) e também pela estreia a
marcar de Cristiano
Ronaldo na Liga
dos Campeões, ao… 24.º encontro.
O internacional português
assistiu Carrick para o 1-0 aos 11 minutos, antes de apontar o 4-0 no final da
primeira parte (44’) e o 5-0 no início da segunda (49’). Alan Smith fez o
segundo aos 17’ e Rooney colocou os ingleses com três golos de vantagem dois
minutos depois. Depois do bis de CR7, o improvável Carrick bisou à passagem da
hora de jogo e Evra também fez o gosto ao pé (81’). Pelo meio, De Rossi fez o
golo de honra dos romanos (69’).
“O Manchester United tornou-se
ontem na terceira equipa a marcar sete golos num só jogo das fases mais
adiantadas da Liga
dos Campeões. Os red devils
ficaram a apenas um remate certeiro de ultrapassar o Lyon, que em 2005 derrotou
o Werder Bremen por 7-2, e igualar o Mónaco,
que em 2003, ainda na fase de grupos, marcou oito ao Deportivo da Corunha e
sofreu três. No entanto, a diferença entre golos marcados e sofridos supera a
marca de ambas e só fica atrás de uma da Juventus,
que em 2003 ganhou 7-0 ao Olympiacos,
num jogo em que o benfiquista
Miccoli marcou um golo e esteve ligado a mais três. Como não poderia deixar de
ser, um homem voltou a ser fundamental para este triunfo (robusto). Nada mais nada
menos que Cristiano
Ronaldo, o abono de família dos vice-campeões ingleses, uma vez que o português
participou ativamente em três golos e ainda marcou outros dois. Tudo isto
perante a passividade da AS Roma, que na primeira parte nem chegou a
aperceber-se do que lhe estava a acontecer tal a eficácia revelada pelos homens
da casa. A equipa de Luciano Spalletti nunca se deu bem com a velocidade com
que o adversário saiu para o contra-ataque neste período e, ainda por cima,
abriu autênticas autoestradas pelo centro do terreno para Ronaldo
fazer aquilo que tanto gosta: arrancar em velocidade. Após os problemas
sentidos na primeira mão, ninguém esperava que o United tivesse tantas
facilidades para chegar às meias-finais. O que é certo é que já lá está, a
aguardar pelo vencedor da eliminatória entre o Bayern Munique e AC
Milan”, podia ler-se no jornal O Jogo.
Na temporada seguinte, Manchester
United e Roma defrontaram-se por quatro vezes na Champions:
duas na fase de grupos (vitória inglesa em Old Trafford por 1-0 e empate a um
golo em Roma) e outras tantas nos quartos de final (triunfos dos red devils por 0-2 em Itália e 1-0 em
Inglaterra).
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