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| Dez jogadores que ganharam um lugar na história do Moura |
Promovido ao Campeonato de
Portugal por decisão da Federação Portuguesa de Futebol em virtude de se
encontrar no primeiro lugar da I Divisão Distrital da AF
Beja à data da suspensão das competições devido à pandemia, o Moura
Atlético Clube vai regressar a um patamar competitivo no qual competiu por seis
vezes – só falhou a época que recentemente terminou.
Fundado a 17 de janeiro de 1942,
o emblema aurinegro surgiu da aglutinação de vários clubes de Moura, como o
Moura Futebol Clube e o Sport 9 de Abril (fundados em 1912) e o Sport Lisboa e
Moura e o Sporting Clube Mourense (fundados em 1933).
Em 1949 o clube disputou pela
primeira vez a II Divisão Nacional, iniciando aí um percurso oscilante entre os
patamares nacionais e os distritais, sagrando-se campeão da AF
Beja por nove vezes: 1946-47, 1958-59, 1965-66, 1969-70, 1972-73, 1974-75,
1984-85, 2002-03 e 2008-09.
Em 2015-16, o emblema raiano
conseguiu o apuramento para a fase de promoção do Campeonato de Portugal à II
Liga, mas não foi além do oitavo e último lugar na zona sul. Três anos depois,
caiu nos distritais após uma década de ausência, mas em 2019-20 voltou a subir.
Em seis temporadas de Campeonato
de Portugal, 107 futebolistas jogaram pelo Moura no terceiro escalão. Vale por
isso a pena recordar os dez que o fizeram por mais vezes.
10. Chiquinho (53 jogos)
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| Chiquinho |
Lateral direito guineense,
saltou diretamente dos juniores do Oeiras para o Moura no verão de 2013. Embora
nunca tivesse sido propriamente um titular indiscutível no emblema raiano,
passou quatro temporadas no clube.
A época de maior utilização foi a
de 2014-15, quando disputou 18 jogos (16 a titular). Na época anterior não foi
além de dez (todos como suplente utilizado) e nas seguintes atuou em 12
partidas (quatro a titular) em 2015-16 e em 13 encontros (cinco no onze
inicial) na temporada a seguir, tendo apontado um golo na vitória sobre o
Almancilense na jornada inaugural (1-0).
Em 2017 fixou-se nos distritais
da AF
Beja, onde tem atuado com as camisolas de Serpa e Piense.
9. Miguel Abreu (55 jogos)
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| Miguel Abreu |
Médio defensivo de origem guineense,
mas nascido no Seixal, chegou ao Moura no verão de 2015 e rapidamente assumiu
um papel importante, tendo disputado 24 jogos (19 a titular) e marcado um golo,
à União
de Leiria.
Entretanto passou por
Armacenenses e Gil
Vicente, mas voltou a jogar de aurinegro em 2018-19. Apesar dos dez golos
no campeonato em 32 encontros (31 a titular) - Almancilense, Pinhalnovense
(dois), Vasco da Gama da Vidigueira, Ferreiras, Sacavenense (dois), Sp. Ideal
(dois), Redondense e Angrense foram as vítimas -, foi impotente para evitar a
despromoção aos distritais.
Apesar da descida de divisão,
manteve-se no Campeonato de Portugal ao serviço do Arouca,
ajudando os beirões
a ascender à II Liga.
8. Kevin Medina (60 jogos)
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| Kevin Medina |
Defesa central colombiano
canhoto, possante (1,88 m) e há vários anos em Portugal, trocou a Naval pelo
Moura no início de 2015, indo a tempo de participar em 13 jogos (12 a titular)
e marcar dois golos, ao Ferreiras e ao Praiense, no Campeonato de Portugal.
Na época seguinte fez parte da
equipa que atingiu a fase de promoção, tendo atuado em 19 partidas (17 a
titular) e marcado um golo, ao Angrense. Ainda assim, foi em 2016-17 que foi
mais regular, participando em 28 encontros (27 a titular).
Depois mudou-se para o Sintrense
e, entretanto, chegou às ligas profissionais, estando atualmente vinculado ao
Desp. Chaves.
7. Bruno Torres (61 jogos)
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| Bruno Torres |
Médio brasileiro de
características ofensivas há muito radicado em Portugal, chegou pela primeira
vez ao Moura por empréstimo do Santa
Clara em dezembro de 2015, ajudando a formação alentejana
a atingir a fase de promoção, tendo atuado em 18 jogos (16 a titular) e marcado
dois golos, ao Casa
Pia e ao Angrense.
Na época seguinte mudou-se para o
emblema raiano a título definitivo, tendo participado em 30 encontros (26 a
titular) e apontado três golos, um ao Lusitano
VRSA e dois ao Atlético.
Em 2017-18 iniciou a temporada no
clube, mas depois de 13 partidas (12 a titular) e três golos (marcados a
Operário, Moncarapachense e Pinhalnovense),
deixou o Moura em dezembro para prosseguir a carreira no Almancilense.
Na época que se seguiu
representou o Armacenenses e desde o verão de 2019 que está vinculado ao
Sertanense.
6. Lucas Manoel (65 jogos)
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| Lucas Manoel |
Defesa central brasileiro
possantíssimo (1,96 m), entrou no futebol português pela porta dos juniores do Nacional,
mas chegou a Moura no verão de 2016, proveniente do Coruchense.
Desde início que se impôs como
titular, tendo atuado em 29 jogos (28 a titular) e marcado três golos (a
Almancilense, 1º Dezembro e Atlético) no campeonato na época de estreia. Na
temporada seguinte foi titular nos 29 encontros que disputou, mantendo o
estatuto.
Em 2018-19 começou no Cesarense,
mas depois de meia época sem jogar surgiu novamente na cidade raiana em janeiro
de 2019, tendo participado em sete partidas até final do campeonato, mas sem
conseguir evitar a despromoção.
Após a descida aos distritais
continuou no clube, ajudando-o a regressar ao Campeonato de Portugal em 2020.
5. Michael Habib (71 jogos)
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| Michael Habib |
Médio sul-africano desde tenra
idade radicado em Portugal, fez grande parte da formação no Pescadores da Costa
da Caparica, mas chegou ao Moura depois de passagens pelos também alentejanos
Juventude Évora e Mineiro
Aljustrelense.
Na época de estreia, ainda na III
Divisão, ajudou os aurinegros a apurarem-se para a edição inaugural do então
designado por Campeonato Nacional de Seniores. Em 2013-14 foi alvo de uma
utilização mais regular, tendo atuado em 32 jogos (todos como titular) e apontou
cinco golos, diante de Barreirense
(dois), Pinhalnovense,
Cova
da Piedade e União de Montemor.
Nas temporadas seguintes perdeu
espaço: disputou 17 jogos (16 a titular) em 2014-15 e esteve em 22 encontros
(16 a titular) e marcou dois golos, ao Louletano
e ao Lusitano
VRSA, na época que se seguiu.
Depois prosseguiu a carreira no
Castrense, onde haveria de pendurar as botas em 2020.
4. Mamadi (128 jogos)
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| Mamadi |
Central guineense,
mas desde 1998 radicado em Portugal, jogou na II Liga durante seis anos ao
serviço do Feirense, mas chegou ao Moura em 2012 proveniente dos açorianos do
Praiense. Na época de estreia ajudou o emblema da cidade raiana a apurar-se
para a edição inaugural do então designado por Campeonato Nacional de Seniores.
Em seis anos ao serviço do clube alentejano
no terceiro escalão do futebol português disputou 128 jogos, 111 dos quais na
condição de titular, tendo apontado oito golos: ao Almodôvar em 2013-14, a
Angrense, Quarteirense e Lusitano
VRSA em 2014-15, a Mineiro
Aljustrelense, Sp. Viana do Alentejo e Fabril
em 2016-17 e ao Casa
Pia em 2017-18.
Com o avançar dos anos foi
perdendo espaço, mas não só se foi mantendo no plantel como passou também para
treinador adjunto. Foi nessa dupla função que, aos 41 anos, participou na
subida do Moura ao Campeonato de Portugal em 2020.
3. Bruno Gomes (143 jogos)
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| Bruno Gomes |
Lateral esquerdo/médio nascido em
Lisboa, mas há muito ligado ao Moura, chegou pela primeira vez ao clube da
cidade raiana no verão de 2005. Desde então que, à exceção de um ano no Imortal
e alguns meses no Aldenovense, tem vestido a camisola aurinegra.
Com Bruno Gomes no plantel, o
Moura conquistou o título distrital da AF
Beja em 2009, subiu à II Divisão B em 2011 e ao Campeonato de Portugal em
2013 e 2020. Por outro lado, esteve na descida à III Divisão em 2012 e aos
distritais em 2019.
Em seis anos no Campeonato de
Portugal, o polivalente jogador disputou 143 jogos (105 a titular) e marcou
seis golos, apontados diante de Cova
da Piedade e Almodôvar em 2013-14, Quarteirense em 2014-15, Castrense e
Benfica Castelo Branco em 2015-16 e Ferreiras em 2018-19.
2. Igor Landim (145 jogos)
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| Igor Landim |
Guarda-redes algarvio formado no Louletano,
surgiu em Moura no verão de 2012 para ajudar o emblema da cidade raiana a garantir
o acesso na edição inaugural do então designado por Campeonato Nacional de
Seniores.
Seguiram-se cinco temporadas a
bom nível no terceiro escalão do futebol português. Só na última, em que o
cabo-verdiano Gilson lhe ofereceu concorrência, é que não foi titular
indiscutível.
Em 145 partidas no Campeonato de
Portugal, todas como titular, sofreu 142 golos, ajudando os aurinegros a assegurarem
a permanência época após época e contribuindo para o apuramento para a fase de
promoção em 2015-16.
1. Tó Miguel (176 jogos)
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| Tó Miguel |
Não podia faltar um alentejano
nesta lista. E neste caso, logo um filho da terra, natural de Safara, no
concelho de Moura. A estreia pela equipa principal aconteceu na longínqua época
de 1997-98, nos distritais da AF
Beja. E na temporada que recentemente terminou, aos 41 anos, Tó Miguel
ajudou o emblema da cidade raiana a subir ao Campeonato de Portugal.
Mas entre 1997 e 2020 nem sempre
este polivalente jogador, capaz de cobrir várias posições da defesa e do
meio-campo, representou o clube aurinegro. Entre 2002 e 2004 esteve no Amarelejense,
entre 2004 e 2007 no Piense e entre 2007 e 2010 no Barrancos.
A estreia nos campeonatos
nacionais aconteceu apenas aos 32 anos, em 2010-11, quando voltou a Moura para
ajudar o clube da terra a subir à II Divisão B. Depois desceu à III Divisão, mas
em 2013 ajudou a formação alentejana
a assegurar a participação na edição inaugural do então designado por
Campeonato Nacional de Seniores.
Seguiram-se seis temporadas com a
camisola aurinegra no Campeonato de Portugal. E, apesar da idade avançada,
nunca perdeu o estatuto de titular. Em 176 jogos ao serviço dos mourenses no
terceiro escalão, foi titular em 160 e marcou dois golos, um ao União de
Montemor em 2013-14 e outro ao Atlético Reguengos na época seguinte.
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