Tiago picou a bola sobre Nélson no lance do segundo golo |
Para ser sincero, não
tenho bem a certeza de qual foi a a minha primeira memória de jogos
entre Benfica e Marítimo. Isto porque tenho uma vaga ideia de, em
dezembro de 2001, ter visto os madeirenses eliminarem os encarnados
da Taça de Portugal após vencerem no jogo de desempate nos
Barreiros. Porém, a falta de vídeos desses encontros na prova
raínha deixa-me na dúvida.
Recordo-me sim de os
insulares terem as águias na última jornada do campeonato de
2001/02 por 3-2 nos Barreiros, numa altura em que o Benfica de
Jesualdo Ferreira ainda sonhava com o 3.º lugar, que nessa época
era o último de acesso às competições europeias, embora não
tivesse assistido ao encontro, o oitavo seguido para a I Liga em que
as águias não venceram na Madeira. Que bela equipa tinha o Marítimo
de Nelo
Vingada nessa altura, com jogadores como Pepe,
Kenedy, Van der Gaag, Danny, Iliev, Alan e Gaúcho.
Acabou por ser o FC Porto, que nesse mesmo dia foi a Paços de Ferreira ganhar por 2-1, a
ficar no último degrau do pódio, atrás do campeão Sporting e do
vice Boavista.
Se Benfica e Marítimo se
defrontaram na última jornada da I Liga em 2001/02, na época
seguinte estiveram em confronto logo na primeira jornada. No antigo
Estádio da Luz, um Benfica (ainda de Jesualdo) reforçado com
jogadores como Ricardo Rocha, Nuno Gomes, Miki
Fehér e o regressado Roger venceu por 3-0 um Marítimo (ainda de
Vingada)
que tinha Pepe
no banco e Kenedy suspenso devido a doping e que já não tinha Iliev
e Danny.
“Águia (de) arromba...
Acabou por se tratar de uma invasão pacífica, mas o Benfica entrou,
sem equívocos, de rompante numa Superliga com aço extraído (num
improviso) de Rocha e com um Simão com motor de explosões,
consumindo com o seu talento adversários a quem ontem faltou...
energia para responder à altura", resumiu o jornal O Jogo,
acerca do encontro de 24 de agosto de 2002.
Numa vitória sem
espinhas, o golo inaugural foi de Zlatko Zahovic que, isolado por
Simão, rematou contra um defesa do Marítimo e viu a bola acabar por
ir direitinha para a baliza deserta, aos 36 minutos.
À beira do intervalo,
desta feita foi Zahovic a isolar Tiago, que com classe picou a bola
sobre o guardião maritimista Nélson para o 2-0.
O terceiro e último golo
chegou através daquele que foi considerado o melhor em campo e que
arrancou aí para uma das melhores temporadas da carreira, Simão
Sabrosa, na conversão de uma grande penalidade aos 83 minutos.
Também me recordo do jogo da segunda volta, em que o Benfica voltou a vencer na Madeira, oito anos depois, num encontro que ficou marcado pela estreia do extremo brasileiro Geovanni com a camisola encarnada.
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