Willian Arão é, provavelmente, o
médio mais completo do Campeonato Brasileiro. O volante do Flamengo revela qualidade técnica e precisão de passe no
momento ofensivo, mas também é incisivo na pressão e equilibra a equipa na hora
de defender.
Relativamente alto (1,81 m) e dotado
de um pulmão enorme, faz piscinas entre áreas durante os 90 minutos. Tanto se
mostra aos defesas para receber a bola na primeira fase de construção de jogo como
se solta ao ponto de aparecer perto do ponta de lança em zona de finalização –
num recento encontro do Mengão para a
Libertadores, apareceu na área contrária para fazer a assistência para Uribe
colocar o resultado em 3-0 frente à LDU Quito.
Em constante articulação com o
médio mais ofensivo Diego, vai promovendo trocas posicionais com o antigo meia de Santos, FC Porto, Werder Bremen
e Atlético Madrid. Quando um surge mais perto do centrocampista mais posicional
Cuéllar para organizar jogo a partir de zonas mais recuadas, o outro liberta-se
para o espaço entre as linhas de médios e defesas do adversário.
Aos 27 anos, o já internacional
brasileiro (por uma vez) alia talento e transpiração. Talento porque tem uma
capacidade para sair a jogar, um toque de bola, uma qualidade de passe,
inteligência e visão de jogo bem acima da média, revelando classe na relação
com o esférico. Transpiração porque não se demite de correr quilómetros de um
lado ao outro do campo, a atacar ou a defender, a sair a jogar ou a equilibrar,
a finalizar ou a pressionar.
Versátil, pode igualmente atuar
mais fixo à frente da defesa, como primeiro volante,
libertando outros médios para tarefas mais ofensivas mas sem perder a
capacidade de ajudar à progressão da equipa no terreno.
No
verão do ano passado, foi apontado ao Sporting, mas continuou pelo seu
país, onde tem feito carreira. Está no Flamengo desde 2016, depois de ter
concluído a formação no São Paulo e de ter passado por Corinthians, Portuguesa,
Chapecoense, Atlético Goianiense e Botafogo. Ainda no início do seu trajeto, esteve
no Espanyol, onde foi orientado por Maurício Pochettino, mas não chegou a
estrear-se.
Sem comentários:
Enviar um comentário