quarta-feira, 20 de março de 2019

Flamenguista Willian Arão alia talento e transpiração

Willian Arão leva mais de 150 jogos com a camisola do Flamengo
Willian Arão é, provavelmente, o médio mais completo do Campeonato Brasileiro. O volante do Flamengo revela qualidade técnica e precisão de passe no momento ofensivo, mas também é incisivo na pressão e equilibra a equipa na hora de defender.

Relativamente alto (1,81 m) e dotado de um pulmão enorme, faz piscinas entre áreas durante os 90 minutos. Tanto se mostra aos defesas para receber a bola na primeira fase de construção de jogo como se solta ao ponto de aparecer perto do ponta de lança em zona de finalização – num recento encontro do Mengão para a Libertadores, apareceu na área contrária para fazer a assistência para Uribe colocar o resultado em 3-0 frente à LDU Quito.


Em constante articulação com o médio mais ofensivo Diego, vai promovendo trocas posicionais com o antigo meia de Santos, FC Porto, Werder Bremen e Atlético Madrid. Quando um surge mais perto do centrocampista mais posicional Cuéllar para organizar jogo a partir de zonas mais recuadas, o outro liberta-se para o espaço entre as linhas de médios e defesas do adversário.

Aos 27 anos, o já internacional brasileiro (por uma vez) alia talento e transpiração. Talento porque tem uma capacidade para sair a jogar, um toque de bola, uma qualidade de passe, inteligência e visão de jogo bem acima da média, revelando classe na relação com o esférico. Transpiração porque não se demite de correr quilómetros de um lado ao outro do campo, a atacar ou a defender, a sair a jogar ou a equilibrar, a finalizar ou a pressionar.


Versátil, pode igualmente atuar mais fixo à frente da defesa, como primeiro volante, libertando outros médios para tarefas mais ofensivas mas sem perder a capacidade de ajudar à progressão da equipa no terreno.

No verão do ano passado, foi apontado ao Sporting, mas continuou pelo seu país, onde tem feito carreira. Está no Flamengo desde 2016, depois de ter concluído a formação no São Paulo e de ter passado por Corinthians, Portuguesa, Chapecoense, Atlético Goianiense e Botafogo. Ainda no início do seu trajeto, esteve no Espanyol, onde foi orientado por Maurício Pochettino, mas não chegou a estrear-se.
















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