sábado, 23 de fevereiro de 2019

As minhas primeiras memórias de… jogos entre Sporting e Marítimo

Acosta despediu-se do Sporting num jogo frente ao Marítimo
Não assisti aos primeiros três jogos de que me recordo entre Sporting e Marítimo, até porque ainda não possuía televisão por cabo nem tão pouco Sport TV, mas lembro-me perfeitamente de que os acompanhei pela rádio.

Todos ocorreram no ano de 2001. O primeiro foi numa sexta-feira à noite, a 12 de janeiro, e era referente à última jornada da primeira volta, e recordo tanto que fui ouvindo o relato numa viagem até ao Alentejo como o autor dos dois golos da vitória leonina nos Barreiros: Rodrigo Fabri. Emprestado pelo Real Madrid e rotulado de craque, o atacante brasileiro esteve longe de efetuar uma época memorável de leão ao peito, tendo apontado apenas quatro golos em todas as competições, sendo que metade foram nessa complicada deslocação ao Funchal, aos 66 (de grande penalidade) e 70 minutos. O treinador do Sporting era Fernando Mendes, que tinha substituído Augusto Inácio um mês antes.


O segundo jogo não acompanhei tanto, até porque não contava para muito, mas recordo-me de estar a assistir ao vivo a um jogo da agora extinta III Divisão entre Fabril do Barreiro e Pescadores da Costa de Caparica enquanto, à mesma hora, esse encontro se disputava no Estádio José Alvalade. Numa partida de domingo à tarde (27 de maio) marcada pelas despedidas de Schmeichel e Acosta e do treinador Manuel Fernandes, os leões seguraram o terceiro lugar (face à ameaça do Sp. Braga) com um golo solitário e madrugador de Pedro Barbosa (5’), de cabeça, mas em que houve a clara ideia de que a bola não chegou a entrar.


Sete meses depois, mais um confronto entre ambos os clubes, desta vez para a temporada 2001/02, a 1 de dezembro. No banco do Marítimo continuava Nelo Vingada, que esteve no cargo entre janeiro de 1999 a março de 2003. No do Sporting sentava-se Laszlo Bölöni, contratado no início dessa época. Os leões repetiram o resultado da época anterior, vencendo por 2-0 com golos de Jardel (60’, g.p.) e Pedro Barbosa (78’), somando três pontos que na altura lhe permitiram subir ao terceiro lugar, numa temporada de conquista de título.

Depois dos três jogos que não vi, o primeiro que acompanhei pela televisão em direto – julgo que com transmissão por parte da SIC -, em Alvalade para as meias-finais da Taça de Portugal, que na altura disputavam-se apenas a uma mão - havendo segundo jogo apenas em caso de igualdade no final do prolongamento do primeiro -, a 6 de fevereiro de 2002.


Embora o encontro se tivesse jogado em território leonino, o Marítimo causou bastantes problemas e esteve bastante próximo de conseguir o apuramento para a final, que seria a segunda consecutiva para os madeirenses. Briguel, Jorge Soares, Mitchell van der Gaag, Kenedy, Sabry, Iliev, Ezequias e Gaúcho eram alguns dos elementos da equipa insular, que inaugurou o marcador à passagem de meia hora, num lance em que o egípcio Sabry fez o que quis da defesa verde e branca antes de atirar para o fundo das redes. O Sporting respondeu apenas na segunda parte - já depois de Jardel ter desperdiçado uma grande penalidade -, pelo grego Dimitris Nalitzis (65’), que nesse encontrou apontou o único golo de leão ao peito, em 13 jogos. O Marítimo voltou a adiantar-se já na reta final, pelo avançado brasileiro Gaúcho em posição de fora de jogo (81’), mas o Sporting adiou a decisão para o prolongamento através de um golo de livre direto de André Cruz que ainda sofreu um desvio em Gaúcho (85’). E a abrir o prolongamento, João Vieira Pinto colocou pela primeira vez o Sporting em vantagem, com um cabeceamento certeiro ao primeiro poste na sequência de um canto apontado por André Cruz (92’).






























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