Miguel Rosa joga agora como médio centro, aos 29 anos |
Faz sentido, para Miguel Rosa, a
teoria de que muitos jogadores acabam por recuar no terreno com o avançar da
idade. Aos 29 anos, o futebolista que foi médio ofensivo, extremo e até chegou
a atuar como falso ponta de lança no Belenenses, vai jogando como médio centro
no Cova da Piedade, na II Liga.
Depois de muitos anos de
diagonais de fora para dentro e de dribles e arrancadas no último terço nos
azuis do Restelo e no Benfica B, agora as suas funções são outras. Numa posição
mais recuada do que no início da carreira, baixa até ao próprio meio-campo para
participar no início das construções das jogadas, mas não deixa de aparecer na
zona de definição, um pouco à imagem de Pizzi no Benfica, salvo as devidas
proporções.
Sempre muito trabalhador e
combativo, acrescenta qualidade técnica e agressividade à zona medular e
aparenta estar em todo lado, tal a forma como corre de uma área à outra no
decorrer do mesmo ataque. Isto, claro, sem perder a facilidade de remate, não
descurando atirar à baliza com o pé… que lhe vier à mão.
Embora não esteja a conseguir
ajudar o Cova da Piedade a sair dos últimos lugares da II Liga, o contexto
competitivo mais adequado para a sua qualidade continua a ser o primeiro escalão.
É preciso não esquecer que em quatro épocas e meia ao serviço do Belenenses na
I Liga somou 80 jogos a titular - e apenas 24 como suplente utilizado – e que só
nos últimos meses é que não foi primeira escolha habitual para um treinador, no
caso Domingos Paciência.
Agradeceu na altura Bruno
Ribeiro e já esta época Eurico Gomes e Hugo Falcão, que o fizeram recuar no terreno. Com 28 encontros
disputados (e cinco golos) pelo emblema piedense em cerca de dez meses, só em
um participou como suplente utilizado, num jogo diante do União da Madeira, na
última jornada da II Liga da época passada, numa fase em que permanência já estava
assegurada.
Sem comentários:
Enviar um comentário