Há dois anos na Europa, Neymar já é figura de proa no Barça |
Apareçam. Assumam.
Identifiquem-se. Falo para todos aqueles que ontem bem desdenharam mas hoje
dariam tudo para o comprar. Não convencidos dos relatos que chegavam do Brasil
e sem dar importância ao que Neymar ia mostrando no Santos e na seleção, mesmo
em competições importantes, iam dizendo que se tratava de uma invenção dos
brasileiros para a promoção do Mundial-2014.
«Lucas
Moura e Óscar são mais promissores do que ele», cheguei a ouvir. Atualmente o
primeiro é presença assídua no banco do PSG. O segundo tarda em explodir no
Chelsea, onde já nem sempre é titular.
«Na
América do Sul passa pelos defesas como quer, mas os do futebol europeu não lhe
vão dar hipóteses», atiravam outros críticos. Pois bem, não só espalha magia contra
equipas como o Elche, Granada ou Eibar, com todo o respeito como elas merecem,
como o faz diante do Real Madrid, Juventus, Manchester City ou Bayern.
Eu, que
ainda o vi um par de vezes pelo peixe
e mais alguns pelo escrete, fiquei imediatamente
rendido ao (agora ex-) moicano. Muita
vaidade, é verdade, muito show-off,
não digo o contrário, mas um futebol rendilhado que agarra qualquer espetador
ao ecrã – sorte dos que já o viram ao vivo. Cada drible, cada livre, cada
passe, tem estilo próprio, é de alguém que desfruta do jogo. Fá-lo com tanto
prazer que há quem entenda que as suas fintas são atos provocatórios. Que o
diga Isco, que no clássico de ontem entre Barcelona e Real Madrid, não teve paciência
para os malabarismos do brasileiro e atingiu-o a pontapé.
Mas o
futebol não é um circo e os argumentos de Neymar não se esgotam no samba que
tem nas botas. Sim, nas botas, porque também joga muito bem com o pé esquerdo.
Na época de estreia na Europa apontou 15 golos (em 41 jogos) em todas as
competições. Chegou para calar alguns detratores, mas ainda deixou dúvidas
noutros. Seguiram-se 39 remates certeiros (em 51 encontros) na temporada
passada, que aliados ao triplete – I Liga,
Taça do Rei e Liga dos Campeões – que ajudou a conquistar, silenciou os
críticos que restavam. Mas esta época ainda está a ser capaz de ser melhor,
aproveitando a ausência de Messi: 14 golos em 15 jogos, liderando neste momento
a tabela de melhores marcadores do campeonato.
Pela canarinha, já soma 46 tentos em 69
partidas. Aos 23 anos, já é o quinto melhor marcador de sempre de uma seleção
que é pentacampeã mundial, apenas superado por Zico (48), Romário (55), Ronaldo
(62) e Pelé (77). O céu é o limite.
E se
tem o seu ego e a sua vaidade, há que lhe tirar também o chapéu pela forma como
se entende com a pulga e Suárez,
tendo a maturidade para perceber de que, mais do que se superiorizar aos companheiros,
pode com eles formar um trio letal. Já foram várias as vezes em que, com toda a
humildade e genuinidade, reconheceu ser fã do argentino.
Apareçam. Assumam.
Identifiquem-se. O pódio na Bola de Ouro é uma realidade. Não há como não ser
fã de Neymar.
Completamente e a verdade é que começa a ter números para ombrear realmente com Ronaldo e Messi na luta pela Bola de Ouro.
ResponderEliminarEu era um dos cépticos, confesso!
ResponderEliminarPM
Já incluí o seu link na lista do futebol-bonito. Agradeço reciprocidade. Abraço
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