São cada vez mais distantes os
dias em que ver WWE fazia parte da rotina diária. O principal público cresceu,
está mais ocupado, e os PPV’s centralizam os semanais Monday Night Raw e Friday
Night Smackdown. Basta ver o evento mensal para sentir o pulso à promotora de
Vince McMahon e assistir às principais decisões.
Pelo caminho, inicio e fim da nova ECW e experiências
secundárias como NXT, Heat, Velocity, Superstars ou Main-Event.
Num sports
entertainment conhecido por ser uma espécie de concurso de popularidade, em
que os lutadores que têm maior ligação com o público participam nas principais storylines, bastou ver o Royal Rumble e
o Elimination Chamber para perceber que a WWE não está a oferecer aos fãs, nem
pouco mais ou menos, aquilo que eles querem, e logo numa altura de
Wrestlemania.
Os fãs
pedem por Daniel Bryan, mas já não se importavam se fosse um CM Punk a figurar
no main-event do maior evento do ano.
O
reinado da grande sensação do momento tem estado constantemente a ser adiado. O
que só por si não é uma má notícia. Há superstars
que, indiscutivelmente, funcionam melhor atrás do título do que com ele à
cintura. Mas em causa poderá estar a sua popularidade, que pode cair pela
ausência de sucessos. Poderá dizer-se que uma vitória sobre Triple H na WM seria
um ótimo push para o ouro, mas tal
não é um dado adquirido. Quantas foram as vezes que o The Game entrou para este tipo de combates com a pá e a areia na
mão, pronto a enterrar uma nova estrela?
Pelo
WWE World Heavyweight Championship, que ao que tudo indica fechará a
Wrestlemania, vão lutar dois wrestlers cujo período de maior popularidade já passou: Randy Orton e Batista. O Animal constitui
mesmo um caso sério, de quem se esperava muito como babyface com imagem rejuvenescida, mas que os fãs não esqueceram e
todas as semanas lhe devolvem a antipatia. Ou a WWE dá uma grande volta à storyline e consegue atrair a atenção
dos fãs ou poderá estar a lidar com um dos piores main-events que o maior dos palcos já assistiu.
John
Cena, amado por muitos e odiado por outros, mas ainda a cara da companhia, à
exceção do duelo com The Rock há dois anos, está pela primeira vez sem competir
por algo na WM. Ou o fator surpresa funcionará muito bem ou este será o combate
(vs. Bray Wyatt) mais desinteressante de sempre do Marine no evento.
Arrisco
então dizer que talvez a principal atração da noite venha dos lados do Death Valley. Se todos os anos já poucos arriscam no fim da streak, desta feita, frente ao veterano Brock Lesnar, a crença é
nula. Esvanece-se, mais uma vez, o sonho de um Undertaker vs. Cena.
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