"São todos muito parecidos
uns com os outros e o que quero é um atacante diferente. Temos caudal ofensivo,
mas falta um pinheiro com 1,90 metros, que lhe possamos acertar com a bola na
cabeça e ela vá para dentro da baliza". A frase é de Paulo Sérgio e remonta ao verão de 2010, a poucos dias do fecho do mercado, quando era treinador
do Sporting.
Nessa temporada, os leões ficaram
conhecidos pelo excesso de pontaria. À 8ª jornada, o conjunto orientado pelo
ex-Vit. Guimarães e Paços de Ferreira tinha enviado por nove vezes (!) a bola
ao poste.
Se o ferro fosse rede, estariam
por essa altura a três pontos de um FC Porto que viria a vencer campeonato,
taça e Liga Europa nessa época. Mas como não é, estavam a dez, a meio da
tabela. Curiosamente, os lisboetas tinham até aí sete golos marcados.
Com o título mais longe, o pouco
afortunado Sporting caminhou para mais uma época nada memorável.
Coincidência ou não, o tal
pinheiro que Paulo Sérgio pediu nunca apareceu. Pretendia-se um jogador com
características parecidas a Mário Jardel, que em Alvalade só conheceu as
péssimas réplicas de Milan Purovic (2007/08) e Sebastián Ribas (2011/12), e a
de um William Owusu que é candidato a ser recordista de empréstimos.
Em vez disso, continuaram os
avançados móveis a que o antigo técnico leonino chamou de “muito parecidos”,
como Liedson, Yannick Djaló e Hélder Postiga, e até Ricky Van Wolfswinkel que
foi contratado na temporada seguinte.
Ao longo de vários anos, foi faltando
um possante avançado na área adversária, que mais do que engenho e arte,
trouxesse centímetros e presença física, para lhe acertarem com bola na cabeça.
Finalmente, esta época, apareceu
Islam Slimani, que parece ter trazido consigo a estrelinha da sorte da
bandeira verde e branca da Argélia, que tanto tem faltado ao emblema verde e
branco de Alvalade.
"e a de um William Owusu que é candidato a ser recordista de empréstimos." Hahahahaha muito bom :D
ResponderEliminarAgora + a sério, parabéns pelo artigo :)
Obrigado amigo!
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