Esta noite, no Westfalenstadion, o Borussia Dortmund derrotou o Real Madrid por 2-1, num jogo a contar para a 3ª jornada do Grupo D da Liga dos Campeões. Lewandowski e Schmelzer marcaram para os alemães, e Cristiano Ronaldo para os “merengues”.
Eis a constituição das
equipas:
Borussia Dortmund
O Borussia
nunca derrotou o Real.
A formação
comandada por Jürgen Klopp não começou propriamente bem a Bundesliga e pode já
ter comprometido a conquista do tricampeonato, com 12 pontos em oito jornadas,
longe dos 24 do líder invicto Bayern Munique. No passado fim-de-semana, foi
derrotada em casa pelo Schalke 04 (1-2).
No entanto, na
Champions, conseguiu uma vitória e um empate, e está em 2º lugar naquele que é
considerado o grupo da morte.
Jakub Blaszczykowski está lesionado.
Real Madrid
Os “merengues” têm estado a recuperar posições na Liga
BBVA, e depois da vitória no último sábado diante do Celta de Vigo (2-0), já
estão em 5º lugar, a oito pontos do líder Barcelona.
Na Liga dos Campeões, venceram nas duas primeiras jornadas
e estão em boa posição para se apurarem.
Cristiano Ronaldo nunca marcou em solo alemão, em jogos
entre clubes.
Marcelo, Fábio Coentrão e Arbeloa estão ausentes, todos
por lesão.
O Borussia Dortmund, mesmo jogando frente a uma das
melhores equipas do mundo, pressionava muito alto, tentando dificultar a
primeira fase de construção ao adversário.
O equilíbrio era a nota dominante na partida, nesta fase.
Intervalo.
90+1’
Reus cedeu o seu lugar a Perisic.
Sem mais ocorrências até final, confirmou-se a vitória dos
homens da casa, que assim se isolaram na liderança do Grupo D, com mais um
ponto que o seu rival desta noite.
Desde cedo que se percebeu que o Borussia Dortmund iria
olhar nos olhos do seu poderoso adversário, mesmo até com alguma arrogância,
pressionando alto, perto da área contrária, logo na primeira fase de
construção, e ofensivamente foram mostrando muita confiança, tanto em termos
individuais como colectivos, com os seus jogadores a não temerem o 1 vs. 1 ou a
subir no terreno, para o caso dos mais recuados, assim como uma grande dinâmica
na circulação de bola, e foi até com alguma naturalidade que os germânicos se
colocaram em vantagem, por intermédio de Lewandowski, num lance muito vertical
na sequência de um passe errado por Pepe.
Ainda se festejava o golo dos comandados por Jürgen Klopp,
Cristiano Ronaldo repôs a igualdade com um magnífico chapéu a Weidenfeller, que
eventualmente se precipitou no “timing” da sua saída.
No segundo tempo a postura dos bicampeões alemães não se
alterou, foram os mais perigosos, os que procuraram com mais insistência chegar
ao 2-1, e foi mais uma vez que de forma previsível marcaram mais um golo, por
Schmelzer, a meio da segunda parte.
Até final, o Borussia não se limitou a defender, não
colocaram nenhum autocarro em frente da sua área, e até tentaram o 3-1, no
entanto, o resultado não sofreu alterações.
Analisando os atletas em campo, começando pelos do Borussia
Dortmund…
Weidenfeller precipitou-se um pouco ao sair muito cedo da
baliza no lance em que CR 7
lhe fez o chapéu que originou o 1-1, e apesar de não ter tido assim tanto
trabalho, mostrou-se concentrado sempre que foi chamado a intervir;
Piszczek, veloz, deu profundidade ao flanco direito e fez
vários cruzamentos de grande qualidade; Subotic e Hummels são dois centrais
fortes fisicamente, sendo que o primeiro deixou Ronaldo fugir-lhe as costas na
jogada do 1-1, e o segundo tem qualidade técnica; e Schmelzer com um grande
remate apontou o 2-1;
Sven Bender esteve impecável na marcação, não dando espaço
aos opositores, e também nas coberturas; Kehl recuperou a bola e fez a
assistência para o golo no lance do 1-0, compensou posicionalmente a subida
sobretudo dos laterais, e apareceu várias vezes perto da área contrária para
rematar; e Götze foi muito criativo e esteve bastante activo na construção do
segundo golo;
Reus apareceu por muitas ocasiões na zona central e foi o
homem das bolas paradas; Großkreutz esteve pouco activo; e Lewandowski
inaugurou o marcador;
Gündogan refrescou um meio-campo algo desgastado; e
Schieber e Reus praticamente entraram apenas para queimar algum tempo.
Quanto aos jogadores do Real Madrid…
Casillas efectuou intervenções de elevado grau de
dificuldade;
Sergio Ramos subiu de forma criteriosa e até nem lidou com
muito pendor ofensivo dos germânicos pela sua faixa; Varane não comprometeu;
Pepe entregou o ouro ao bandido no lance que originou o 1-0; e Essien não deu
profundidade ao seu flanco, como seria de esperar, e sentiu algumas
dificuldades em defender, devido ao uso frequente que era lado a esse lado
pelos homens do Borussia;
Xabi Alonso foi um elemento-chave na recuperação de bola e
ao equilibrar a equipa nos momentos em que alguns colegas se despocionavam para
criar desequilíbrios; Khedira foi substituído muito cedo, com queixas físicas;
e Özil fez uma grande assistência para o 1-1;
Di María e Cristiano Ronaldo trocaram várias vezes de
faixa entre si, procuraram quando estiveram no flanco contrário ao do seu pé
flectir para o meio e rematar ou cruzar com as melhores condições possíveis,
sendo que o português apontou um golo; e Benzema apareceu pouco;
Modric deu maior criatividade e capacidade de passe ao
duplo “pivot” defensivo; e Higuaín acabou por ser inconsequente.
Com este resultado, fica assim disposta a classificação do
Grupo D da Liga dos Campeões:
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