sábado, 20 de outubro de 2012

Liga BBVA | Deportivo 4-5 Barcelona


Esta noite, no Estádio Municipal do Riazor, na Corunha, o Barcelona derrotou o Deportivo por 5-4, num fantástico jogo a contar para a 9ª jornada da Liga BBVA. Pizzi (2, um de grande penalidade), Álex Bergantiños e Jordi Alba na própria baliza marcaram para os galegos, e Jordi Alba, Tello e Messi (3) para os “blaugrana”.


Eis a constituição das equipas:

Deportivo



Á entrada para a 8ª jornada, os galegos apenas venceram por uma ocasião no campeonato e estão nos lugares de despromoção, com seis pontos conseguidos em sete jogos.
O Depor já não vence o Barça na Corunha desde a temporada 2007/08.
Manuel Pablo está lesionado.


Barcelona



Depois de seis vitórias nas primeiras seis jornadas, no derradeiro desafio os “blaugrana” cederam um empate caseiro diante do Real Madrid (2-2), e repartem agora a liderança da Liga BBVA com o Atlético Madrid.
Piqué, Puyol, Thiago, Daniel Alves e Cuenca são os ausentes, todos por lesão.


3’ Fàbregas assistiu Jordi Alba, que se desmarcou no espaço entre o lateral e o central e na cara de Aranzubia deu vantagem aos “blaugrana”.


O Deportivo dispunha-se organizado em 4x2x3x1 no processo ofensivo e em 4x4x2 no defensivo.

7’ Tello recebeu de Messi, iludiu Ayoze com uma finta e atirou para o fundo das redes.


18’ Mascherano saiu a jogar até ao meio-campo contrário, colocou a bola a Fàbregas no espaço entre alinhas, e depois este assistiu Messi que fez o 0-3.


25’ Messi combinou com David Villa e obrigou Aranzubia a aplicar-se.

26’ Riki foi derrubado por Mascherano na área do Barcelona (ficou a dúvida se a falta foi dentro ou fora) e foi assinalada uma grande penalidade que Pizzi converteu em golo.


37’ No seguimento de um canto favorável aos galegos, Álex Bergantiños num pontapé de ressaca rematou forte para um “frango” de Victor Valdés.


A formação orientada por José Luís Oltra ficou moralizada com o 1-3, conseguiu o 2-3 e parecia legitimo que poderia mesmo conquistar o empate.

43’ Fàbregas rodou sobre Zé Castro e de trivela desmarcou Messi, que na cara do guarda-redes contrário não perdoou.


Intervalo.

47’ Pizzi, de livre directo, voltou a reduzir a desvantagem.


49’ Mascherano viu o segundo cartão amarelo por falta sobre Riki, e foi expulso.

53’ Messi, de livre directo, acertou no poste.

David Villa foi substituído por Adriano.

56’ Tello cedeu o seu lugar a Pedro.

Fàbregas foi progredindo na diagonal até á área adversária e serviu Pedro, que atirou para fora.

61’ Tito Vilanova trocou Fàbregas por Xavi.
Camuñas e Nélson Oliveira substituíram Valerón e Bruno Gama.

O Barça ía tentando gerir a vantagem através do uso da posse de bola, não demonstrando querer usufruir da mesma para alvejar a baliza contrária, procurando apenas reduzir o ritmo de jogo.

77’ Messi recebeu a bola de costas para a baliza, rodou sobre Marchena, progrediu pelo terreno, trocou as voltas a Laure e Zé Castro, e à entrada da área, assinalou o “hat-trick”.


79’ Jordi Alba, de forma incompreensível, ao tentar aliviar um cruzamento, fez um chapéu perfeito a Valdés.


Diogo Salomão foi lançado, saiu Riki.

83’ Na ressaca de um canto para o Depor, Zé Castro atirou para fora.

Sem mais ocorrências até final, os “culé” alcançaram uma vitória sofrida, num fantástico jogo de futebol.
O Barcelona entrou a matar, muito forte e eficaz, aos 18’ já tinham apontado três golos e poucos mais remates, fazendo prever uma vitória tranquila na visita a Galiza.
No entanto, o Deportivo, sem nada a perder, conseguiu desinibir-se e galvanizou-se pelo apoio dos seus adeptos, chegando a reduzir para 1-3 e posteriormente para 2-3.
A toada do encontro estava favorável à formação orientada por José Luís Oltra, que parecia ter legitimidade para pensar no empate, mas mesmo no final do primeiro tempo, Messi colocou o resultado em 2-4.
No inicio da segunda parte, o Depor reduziu e Mascherano foi expulso, fazendo prever um final de jogo bastante complicado para os “blaugrana”, e nessa altura Tito Vilanova em poucos minutos esgotou as substituições, tentando dar à equipa os ingredientes necessários para segurar a vantagem, e daí em diante o Barcelona foi gerindo o resultado através da posse de bola, e até conseguiu o 3-5.
Teria ficado o jogo decidido? Nada disso! Minutos depois, Jordi Alba marcou na própria baliza e a diferença de golos voltou a estar em apenas um golo, o que gerou uma recta final de grande sofrimento para os dois lados.

Analisando os atletas em campo, começando pelos do Deportivo…
Aranzubia, apesar de ter sido batido por várias vezes, pouco poderia fazer para evitar tal desfecho;
O quarteto defensivo composto por Laure, Marchena, Zé Castro e Ayoze revelou inúmeras fragilidades, sendo batida quase sempre em velocidade, fruto de desposcionamentos, desconcentrações, descoordenações, desorganizações e passividade;
Álex Bergantiños fez o 2-3 com um remate forte e a colaboração de Valdés; Abel Aguilar foi dinâmico; e Valerón, acusando talvez o peso da idade, foi sempre algo lento;
Bruno Gama tirou alguns bons cruzamentos; Pizzi, homem das bolas paradas, fez uma grande exibição, marcando de “penalty” e de livre directo; e Riki, sempre perigoso, ganhou a grande penalidade que deu origem ao 1-3 e ainda sacou o segundo cartão amarelo a Mascherano, gosta de aparecer descaído por um dos flancos e depois flectir para o meio;
Camuñas colocou-se na ala-esquerda; Nélson Oliveira deu poder de desmarcação e capacidade de segurar a bola ao ataque; e Diogo Salomão esteve pouco tempo em campo, e o que há a registar foi um cruzamento de qualidade.

Quanto aos jogadores do Barcelona…
Victor Valdés foi mal batido no 2-3;
Montoya não é alto, no entanto, é forte fisicamente, aguenta bem as cargas e é rápido; Mascherano saiu a jogar com frequência até ao meio-campo contrário, cometeu uma grande penalidade que deu o 1-3 e foi expulso por acumulação de amarelos; Alex Song foi muito forte a recuperar a bola e a colocá-la nos seus colegas; e Jordi Alba inaugurou o marcador, e de forma incompreensível, facturou na própria baliza;
Busquets foi o ponto de equilíbrio da equipa, e isso notou-se sobretudo quando passaram a jogar com dez; Fàbregas fez três (!) assistências; e Iniesta não jogou mal, até porque não o sabe fazer, mas não fez uma exibição ao nível habitual;
Tello também inseriu o seu nome na lista de marcadores; David Villa, sem ser muito exuberante, participou frequentemente em boas combinações ofensivas; e Messi fez “hat-trick”, deu a marcar e fez dribles e combinações de grande qualidade;
Adriano posicionou-se no eixo defensivo, sendo mais uma adaptação tendo em conta as lesões dos centrais “blaugrana”; Pedro trouxe velocidade ao ataque; e Xavi deu (ainda) mais capacidade de posse de bola à equipa.


Com este resultado, fica assim disposta a classificação da Liga BBVA:


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