Esta tarde, no McDiarmid Park, em Perth, o St. Johnstone derrotou o Celtic por 2-1, num joga a contar para a 6ª jornada da Scottish Premier League. Commons abriu o marcador para os católicos, mas Tadé e Vine assinalaram a reviravolta para os homens da casa.
Eis a constituição das equipas:
St. Johnstone
Na temporada transacta, o St. Johnstone ficou em 6º lugar, que lhe deu acesso à 2ª Pré-Eliminatória da Liga Europa, onde foi eliminado pelos turcos do Eskisehirspor (1-3 no agregado).
No entanto, esta época ocupam o 12º (e último) lugar ao cabo de cinco jornadas, não tendo somado ainda qualquer vitória.
Nigel Hasselbaink é sobrinho de Jimmy Floyd Hasselbaink, antigo jogador de Campomaiorense e Boavista.
Celtic
O Celtic é o atual campeão escocês (pela 44ª vez) e tem via verde para mais uma conquista, visto que o seu histórico rival, o Rangers, faliu.
Esta época, ocupara para já o 2º lugar, com oito pontos em quatro jogos, mas com um jogo e um ponto a menos que o Motherwell, atual líder.
Na Liga dos Campeões, já superaram o HJK (4-0 no agregado) e o Helsingborgs (4-1) na 3ª Pré-Eliminatória e no “Play-Off”, encontrando agora o Benfica, Barcelona e Spartak Moscovo na fase de grupos.
Rabiu Ibrahim passou pelos escalões de formação do Sporting.
O grego Georgios Samaras está lesionado.
4’ Commons recebeu um passe de Hooper e rematou ainda de fora da área para o fundo das redes.
10’ MacKay, de livre directo, obrigou Forster a defesa apertada.
18’ Vine fez um movimento da esquerda para o meio e assistiu Tadé, que apareceu livre de marcação entre os centrais e atirou à meia volta para o 1-1.
22’ Murray Davidson, lesionado, cedeu o seu lugar a Millar.
Depois de um começo forte por parte do Celtic, era agora o St. Johnstone que parecia estar por cima no encontro.
O adversário do Benfica na Liga dos Campeões procurava sobretudo atacar pelas alas, ou então, apostar no jogo directo para os homens da frente, Hooper e Miku.
44’ Num bom lance ofensivo, MacKay endossou a bola a Tadé, que aguentou a carga e assistiu Vine, mas este chutou por cima.
Intervalo.
58’ Watt rendeu Miku.
62’ Izaguirre foi substituído por Rogne.
Mulgrew passou para defesa-esquerdo.
Os católicos pareciam estar com a cabeça no jogo da Champions a meio da próxima semana frente aos encarnados, até porque já há alguns anos que não disputam essa competição, e também devido à teoricamente acessível tarefa de se tornarem campeões nacionais.
78’ Pawlett foi trocado por Nigel Hasselbaink.
79’ Brown cedeu o seu lugar a Nouioui.
80’ Hasselbaink levou a bola da direita para o centro, e passou-a a Vine, que ganhou espaço a Lustig e com um remate colocado fez o 2-1.
87’ Vine foi rendido por MacLean.
90+4’ Rogne com um passe longo do seu meio-campo para a área contrária, isolou Watt, mas Mannus negou-lhe o golo.
Sem mais ocorrências dignas de registo até final, confirmou-se uma vitória surpreendente do até então lanterna vermelha (e sem qualquer vitória) sobre o campeão em título, invicto à entrada para esta jornada.
O Celtic parecia ir construir um triunfo tranquilo quando entrou praticamente a vencer, com um golo madrugador de Commons, no entanto, a partir daí, os jogadores subvalorizaram o adversário e o valor da partida, pareciam estar com a cabeça noutro sítio (provavelmente a pensar já no jogo da Champions diante do Benfica, a meio da próxima semana), e apesar da qualidade técnica dos seus jogadores, a partir daí foram inferiores ao modesto St. Johnstone, que conseguiu a igualdade aos 18’ e a partir daí foi tendo o ascendente no encontro.
No segundo tempo, o treinador da formação de Glasgow ainda tentou agitar as coisas, com as substituições, no entanto, a toada do jogo foi-se mantendo, e já perto do fim, os homens da casa chegaram ao 2-1, que acabaria por ser o resultado final.
Analisando os atletas em campo, começando pelos do St. Johnstone…
Mannus foi decisivo, com uma grande defesa já nos descontos;
Miller sentiu dificuldades para travar Commons; Wright e Anderson são débeis tecnicamente, e tiveram grandes complicações em interceptar devidamente os passes longos do defesas e centro-campistas do Celtic para as suas costas; e MacKay foi o homem das bolas paradas;
Pawlett e Craig não estiveram em grande evidência; Cregg foi o principal médio de cobertura; e Davidson saiu lesionado ainda na primeira parte;
Tadé, muito trabalhador e forte fisicamente, empatou o jogo; e Vine fez a assistência para o 1-1 após um bom movimento da esquerda para o meio, e com um remate muito colocado, marcou o 2-1;
Millar foi regular a meio-campo; Nigel Hasselbaink entrou muito bem, cheio de intensidade, criou desequilíbrios e depois de flectir para a direita para o centro, assistiu o seu colega no segundo golo; e MacLean entrou para queimar algum tempo;
Quanto aos jogadores do Celtic…
Forster não teve culpas nos golos sofridos;
Lustig foi sempre certinho na sua maneira de jogar, no entanto, viu Vine ganhar-lhe espaço em ambos os golos; Wilson revelou enormes dificuldades, frágil tecnicamente e na marcação, deixou Tadé sozinho no 1-1, tal como Mulgrew, que começou como central, acabou como lateral-esquerdo, e mostrou capacidade para sair a jogar; e Izaguirre atreveu-se pouco a atacar;
Forrest é rápido mas nem sempre conseguiu desequilibrar; Brown, regressado de lesão, trabalhou muito e revelou-se forte no desarme; Wanyama mostrou capacidade de passe e soltou-se mais da sua posição em comparação com o seu colega do miolo; e Commons, provavelmente o melhor da sua equipa, apontou um belo golo, foi o homem das bolas paradas e revelou um forte pé esquerdo;
Hooper fez a assistência para o 0-1, no entanto, foi perdendo fulgor quando sofreu um toque violento no calcanhar, que até lhe rasgou a meia; e Miku esteve bastante apagado;
Watt, rápido, descaído pela esquerda, ainda agitou; Rogne entrou para dar mais segurança defensiva; e Nouioui não foi a tempo de resolver fosse o que fosse;
Com este resultado, fica assim disposta a classificação actual da Scottish Premier League:
David, não sei se você viu, mas eu te enviei um email. Se puder responder, eu fico grato.
ResponderEliminarAbraço
Gabriel Tramarin