Esta tarde, no Estádio Alfredo da Silva, no Barreiro, GD
Fabril e Barreirense empataram a um golo numa edição do “derby” concelhio, a
contar para a 2ª jornada da III Divisão – Série E. Ruben Guerreiro abriu o
marcador para os fabrilistas, mas David Martins repôs a igualdade.
Eis a constituição das equipas:
GD Fabril
No passado domingo, o Fabril qualificou-se
para a terceira eliminatória da Taça de Portugal ao bater o Paredes por 2-1, já
no prolongamento, uma boa notícia aliada ao bom começo de campeonato, com uma
vitória sobre o Cartaxo (3-0).
Luís Conceição e Danilo Serrano (na
formação) já representaram o Barreirense.
Barreirense
Depois
da eliminação da Taça de Portugal diante do Oeiras (2-2, 4-5 nas grandes
penalidades), o Barreirense venceu no terreno do Amora por 3-1, num “derby” da
Margem Sul.
Os
alvi-rubros não vencem no terreno do rival da sua cidade desde a longínqua
temporada de 1969/70.
José
Carlos, Cansado, Sérgio Canas, Márcio Diéb, João Nuno, Bailão, David Martins,
Nuno Dias e Vasco Firmino já vestiram as cores do Fabril.
Márcio
Diéb está lesionado.
O
Fabril apresentou-se sem um único ponta-de-lança de raiz no onze inicial, com
Ruben Guerreiro a ocupar essa posição, mas fruto das suas movimentações
habituais como de um médio-ofensivo ou extremo se tratasse, os fabrilistas ficaram
virgens de uma referência na área adversária durante vários lances. Esta opção
tática pode-se ter prendido pela estatura física dos centrais do Barreirense,
altos e fortes no jogo aéreo, difíceis de bater num futebol mais direto, caso Catarino
fosse titular.
13’
Danilo Serrano, lesionado, cedeu o seu lugar a Banana.
14’
Nuno Dias testou os reflexos de Ruben Luís.
A
formação orientada por Conhé atuava com um bloco mais alto, era mais
pressionante, povoava o meio-campo contrário e circulava aí a bola.
30’
Vasco Firmino, de fora da área, atirou para fora, mas a bola ainda tinha
desviado num defesa do Fabril.
Durante
a primeira parte, o Fabril era mais ofensivo, mostrava maior capacidade para
encostar o adversário à sua zona defensiva, mas era o Barreirense a equipa que
conseguia criar mais lances de perigo, não tendo medo em arriscar de fora da
área e apostando em passes curtos para as costas da defesa, no limite do fora
de jogo.
Ao
intervalo, Nuno Dias e João Nuno foram rendidos por Vasco Campos e Amadeu.
55’ Na resposta a um cruzamento de Bolinhas,
Ruben Guerreiro cabeceou para o fundo das redes.
60’
David Pinto, na cobrança de um livre lateral, obrigou Ruben Luís a uma grande
intervenção.
61’ Num
lance de contra-ataque, no qual Bolinhas ficou isolado após Vasco Campos ter
ficado fora da jogada devido a lesão, deslumbrou-se com as facilidades e
permitiu a defesa a José Carlos.
64’
Monzelo entrou para o lugar do lesionado Vasco Campos.
66’
David Pinto, de fora da área, atirou por cima.
72’
Bolinhas, com algumas queixas físicas, foi substituído por Catarino.
Em
vantagem, os comandados por Conhé baixaram o bloco e geriam a posse de bola de
forma conveniente.
75’
Rúben Guerreiro, também devido a lesão, saiu para a entrada de Luis Conceição.
Com
esta alteração, o Fabril mudou o seu sistema de jogo para 3x5x2, com Paulo
Letras e Carlos André como flanqueadores, e Banana na área adversária
juntamente com Catarino.
83’ Na sequência de um canto cobrado por
Bailão, David Martins, de cabeça, restabeleceu a igualdade.
A
partir do 1-1, o jogo tornou-se muito aberto e o espetáculo a que se assistiu
até final foi bonito, com ambas as formações a mostrarem vontade de levar a
vitória.
86’
Paulo Letras apareceu em boa posição e rematou para a baliza, mas Lampreia de
uma forma quase milagrosa, conseguiu intercetar a bola sobre a linha.
89’
Nuno Jorge, de fora da área, acertou na trave.
90+5’
Praticamente no último lance do desafio, Bruno Cruz cabeceou por cima, no
seguimento a um canto cobrado por Miguel Pimenta.
Sem
mais ocorrências dignas de registo até final, confirmou-se o empate no “derby”
do Barreiro.
A
primeira parte viu um Fabril a superiorizar-se no que concerne a domínio territorial,
ocupando meio-campo contrário, aparecendo junto à área dos “alvi-rubros”, sem
no entanto, criar perigo, algo que o Barreirense conseguiu fazer por duas
ocasiões, uma primeira por Nuno Dias, e outra por Vasco Firmino.
Ao
intervalo, Duka mostrou vontade de vencer efetuando uma dupla alteração, mas
ainda assim foram os comandados por Conhé a colocarem-se em vantagem, por
intermédio de Ruben Guerreiro.
Após o
golo, os fabrilistas baixaram o bloco e até efetuaram um conjunto de
substituições mais defensivas, com a entrada de um terceiro central, e mesmo o
próprio Catarino entrou para dar alguma capacidade física e experiência a
segurar a bola e a marcar os centrais adversários nos lances de bola parada.
Ora o Barreirense tinha uma equipa fisicamente mais alta, com vários jogadores
com perto e até atingindo a marca dos 1,90m, e apesar de nesse sentido a
situação até ter sido neutralizada ao longo da partida, eis que já na reta
final, David Martins empatou o jogo com um cabeceamento a meia altura.
Até
final, assistiu-se a um encontro equilibrado, aberto e competitivo, mas o
resultado não sofreu alterações.
Analisando
os atletas em campo, começando pelos do GD Fabril…
Ruben
Luís efetuou intervenções de grande grau de dificuldade;
Carlos
André foi muito regular, subindo e descendo pelo flanco e cruzando com
qualidade; Rui Correia e Marinheiro estiveram concentrados e conseguir quase
sempre neutralizar adversários com uma alta estatura física; e Paulo Letras
esteve muito perto de marcar, mas Lampreia negou-lhe o 2-1 quase de forma
milagrosa;
Nuno
Jorge e Miguel Pimenta fizeram um jogo de muita luta, no entanto, por vezes
entusiasmaram-se em termos ofensivos, e na resposta do adversário em
contra-ataque, deixaram os defesas em situações de igualdade numérica para com
os atacantes do Barreirense;
Danilo
Serrano lesionou-se muito cedo no jogo e não chegou sequer a cumprir um quarto
de hora em campo; Bruno Cruz foi o organizador, deu capacidade técnica e de
passe no processo ofensivo, mas faltou-lhe alguma rapidez de execução; e
Bolinhas, sempre muito rápido pela esquerda, cruzou de forma perfeita para o
1-0;
Ruben
Guerreiro foi um falso ponta-de-lança, fugiu da sua posição muitas vezes,
tentando confundir as marcações, e ainda se impôs perante defesas-centrais mais
altos ao marcar de cabeça;
Banana mostrou qualidade em alguns lances, mas ainda lhe falta alguma estaleca
para este tipo de jogos; Catarino, num primeiro momento, trouxe capacidade para
segurar a bola, e posteriormente, quando o encontro voltou a estar igualado,
foi uma referência na área adversária; e Luis Conceição trouxe altura à sua
defesa, no entanto, a equipa sofreu o golo da igualdade (de cabeça) pouco
depois de ter entrado.
Quanto
aos jogadores do Barreirense…
José
Carlos foi decisivo ao evitar o 2-0 a Bolinhas, e pouco depois envolveu-se numa
picardia com Ruben Guerreiro;
Miguel
Gomes viu o golo do Fabril nascer pelo seu lado; Bruno Costa ganhou a maioria
dos lances que disputou; Valter arriscou ao tentar avançar no terreno em drible
sobre os adversários a partir da zona defensiva, e o que é certo é que até nem
se deu mal; e Lampreia, aparecendo do nada, negou o 2-1 a Paulo Letras;
David
Martins teve um regresso de sonho ao Estádio Alfredo da Silva, marcando de cabeça
frente a uma equipa pela qual jogou (e capitaneou) durante vários anos; João
Nuno revelou alguma dificuldade em se impor no jogo e em ligar sectores; e David
Pinto cobrou a maioria das bolas paradas, foi dinâmico e esteve perto de marcar
na cobrança de um livre direto;
Nuno
Dias fez um remate perigoso e pouco mais, e talvez por isso foi substituído ao
intervalo; Bailão cobrou o canto que originou o 1-1; e Vasco Firmino revelou
alguma qualidade técnica, mas acabou por ser inconsequente frente aos
concentrados defesas adversários;
Vasco
Campos entrou ao intervalo e pareceu sair lesionado com alguma gravidade cerca
de quinze/vinte minutos depois; Amadeu acrescentou altura na área adversária,
foi importante a ganhar primeiras bolas mas dispôs de poucas oportunidades para
marcar; e Monzelo posicionou-se à frente da defesa, também trouxe alguns centímetros
à equipa e libertou David Martins para funções ligeiramente mais ofensivas.
Com
este resultado, fica assim disposta a classificação atual da III Divisão –
Série E:
Só faltou falar que quem começou as picardias foi ruben Guerreiro pelo menos 2 vezes não deixando colocar a bola rapidamente em jogo,indo provocar o banco do Barreirense depois de marcar o golo do Fabril.
ResponderEliminarFaltou falar da dualidade de critérios do árbitro na mostagem de cartões amarelos e de uma possivel grande penalidade para cada lado em que na que pareceu mais flagrante (contra o Fabril) mostrou o cartão amarelo a David Pinto..
Caro Anónimo,
Eliminar1º Neste blogue nunca comentei arbitragens, porque essa é uma classe que entendo que deve ser defendida, ainda que seja uma das três equipas em campo.
E muito menos o irei fazer num jogo destes em que os ângulos são os que se vêem da bancada, à distância que se sabe, e sem repetições.
2º No caso dos lances do Ruben Guerreiro, o seu depoimento não está incorrecto (ainda que possa haver várias perspetivas, cada uma deve ser respeitada e eu em concreto concentrei-me mais em ver a bola rolar).
David,compreendo que não queira abrir uma exepção para falar da arbitragem e do seu critério.
ResponderEliminarNo entanto na apreciação individual aos jogadores ,frisa o desentendimento entre José Carlos e Ruben Guerreiro ,apenas no jogador do Barreirense.
No meu entender,e porque acho que se deve falar da arbitragem (tanto quando actuam bem,como quando actuam menos bem), no jogo de hoje estiveram bem ,á execpção das duas possiveis grandes penalidades (1 para cada lado) em que a sanção só existiu para o jogador que não protestou (o do Barreirense) e das picardias provocadas pelo jogador Ruben Guerreiro tanto ao guarda redes por 2 vezes não o deixando colocar a bola em jogo ( e nem foi chamado a atenção por isso) e no festejo do golo (acabando o treinador do Barreirense por ser expulso), poderia ainda ter mostrado um amarelo a Bailão por mão na bola..
Cumprimentos
Paulo Dinis
sr.anonimo das 19.10 de certeza que viu o jogo,o ruben guerreiro deu um toque no jose carlos sem maldade depois o gr veio direito a cara dele com a cabeça,se o ruben fosse maldoso e se cai-se o vosso gr estava na rua,e depois se foi tao santinho porque no final do jogo veio pedir desculpa ao ruben.acho que devia ter mais respeito pelos colegas adversarios,ainda mais conhecendo o ruben porque ja foi colega na mesma equipa,e por duas epocas sabe que ele nao e maldoso, sabe quantas faltas fizeram os centrais ao ruben por tras so seis.quanto ao festejo do golo nao vi nada de espeçial,vi um cacho de jogadores do fabril a festejar para a bancada ou que que fossem festejar para onde era ali que estavam os socios do fabril,agora o vosso treinador adj e que devia estar com asia e começou a levantar os braços
ResponderEliminarSão estas e outras perspectivas e ângulos que não levam este tipo de discussões a lado algum... basicamente, o que vi foi o José Carlos a cair, até fiquei surpreendido, depois pela reacção que teve ao esfregar a cara do Ruben Guerreiro percebi que provavelmente sofreu um toque.
EliminarSe foi intencional o tal toque, quem foi que começou a intriga, o que se passou nos festejos, são coisas que nenhum de nós conseguirá tirar conclusões totalmente acertadas, cada um puxará a brasa à sua sardinha, e o melhor, no que toca a isso, é ficarmos por aqui.
Mais vale comentarmos o que se viu em campo, no que as equipas estiveram bem, no que estiveram mal, e até a própria organização do jogo que falhou monumentalmente ao não mostrar capacidade para lidar com uma enchente do género.