quarta-feira, 25 de abril de 2012

Liga dos Campeões | Real Madrid 2-1 (1-3 g.p.) Bayern Munique


Esta noite, no Estádio Santiago Bernabéu, o Bayern Munique eliminou o Real Madrid da Liga dos Campeões. Depois de ter vencido na Alemanha por 2-1, perdeu na capital espanhola pelo mesmo resultado em tempo regulamentar, teve de se recorrer ao prolongamento e às grandes penalidades onde os “bávaros” conseguiram bater os “merengues” por 3-1.



Eis a constituição das equipas:

Real Madrid



Entre a derrota em Munique e este encontro, os “merengues” venceram em Camp Nou o Barcelona por 2-1, garantindo praticamente aí a conquista do título espanhol.


Bayern Munique



Depois da vitória sobre o Real na Alemanha na primeira mão (2-1), o Bayern derrotou o Werder Bremen, também por 2-1, para a Bundesliga.


5’ Alaba interceptou com o braço um remate de Di María e o árbitro assinalou grande penalidade que Cristiano Ronaldo converteu em golo.

8’ Alaba progrediu pelo flanco esquerdo e cruzou para Arjen Robben que ao segundo poste atirou por cima.

12’ Mario Gómez rematou para defesa incompleta de Casillas, e na recarga Khedira com um grande corte impediu a finalização de Ribéry.

O jogo estava quente, com o Bayern bastante inconformado pelo golo sofrido e a fazer pela vida.

14’ Na sequência de um ressalto num choque entre Khedira e Kroos, a bola sobrou para Özil, que isolou Cristiano Ronaldo que com classe fez o 2-0.

22’ Luiz Gustavo do meio da rua rematou rasteiro e ao lado.

26’ Quando se preparava para receber um cruzamento de Kroos, Mario Gómez foi derrubado no interior da área, e foi marcado novo “penalty” na partida, que Robben transformou em golo.

29’ Ronaldo ainda de muito longe atirou para fora.

30’ Benzema, descaído pela esquerda, conseguiu recepcionar um passe longo, flectiu para o meio e rematou colocado mas ao lado.

34’ Gómez apareceu isolado dentro da área e chutou para defesa de Casillas.

45+1’ Robben de livre directo obrigou o guardião “merengue” a intervenção complicada.

56’ Já no segundo tempo, Benzema forçou Neuer a defesa apertada.

70’ O avançado francês do Real lançou Ronaldo em velocidade pela esquerda, e ainda foi a tempo de receber um passe do português e atirar por cima.

75’ José Mourinho trocou Di María por Kaká, passando Özil para o corredor direito.

Apesar do factor casa, eram os bávaros que tinham mais posse de bola e dominavam a partida territorialmente.

Com a eliminatória ainda igualada no final dos 90 minutos, teve de se recorrer ao prolongamento para tentar desempatar as contas.

95’ Franck Ribéry deu lugar a Thomas Müller.

Mantendo a toada da segunda parte, as equipas nunca procuraram arriscar muito, sobretudo o Real, que mesmo se marcasse, estaria a um golo sofrido de ser eliminado,

No intervalo do prolongamento, Higuaín rendeu Benzema.

111’ Saiu Özil, entrou Granero.

Sem golos ao fim de 120 minutos, o jogo teve de ir a grandes penalidades para ser decidido:

0-1 David Alaba;
Cristiano Ronaldo permitiu a defesa de Neuer;
0-2 Mario Gómez;
Kaká repetiu a façanha do português;
Casillas impediu o golo de Kroos;
1-2 Xabi Alonso;
Lahm não conseguiu bater o capitão dos “merengues”;
Sergio Ramos atirou para a bancada;
1-3 Schweinsteiger


Em desvantagem na eliminatória, o Real entrou ao ataque e marcou dois golos ainda no primeiro quarto de hora (ambos de Ronaldo). No entanto, quando se pensava que os madridistas caminhavam para uma vitória tranquila, Robben na transformação de uma grande penalidade reduziu para 1-2 e empatou o resultado do agregado.
A primeira parte manteve-se intensa, com mais posse de bola para os bávaros, mas com oportunidades para ambos os lados, disputando um jogo aberto, no entanto, o segundo tempo foi oposto: as equipas fecharam-se, não cometeram grandes riscos, e o Bayern continuava mais seguro na partida, tanto tacticamente como a nível físico, beneficiando do cansaço de algumas unidades importantes do Real, como Özil e CR7.
No prolongamento, a toada da segunda parte manteve-se, e teve de se recorrer às grandes penalidades, onde os germânicos foram mais felizes, vencendo por 3-1.

Analisando os atletas em campo, começando pelos do Real Madrid…
Casillas fez algumas defesas complicadas, quase defendeu o “penalty” de Robben no tempo regulamentar e ainda evitou dois golos na série de grandes penalidades.
Arbeloa teve as suas oscilações a defender, pois a atacar já se sabe que tecnicamente não é muito bom, Pepe cometeu a falta que originou o golo do Bayern, Sergio Ramos esteve concentradíssimo a defender e Marcelo até fechou bem o seu flanco, no entanto, quando a equipa passou a arriscar menos, deixou de atacar.
Khedira e Xabi Alonso foram fundamentais a fazer as dobras e a ocupar espaços à frente da defesa em casos de o processo ofensivo dos bávaros estarem a ser feitos pelo centro, ou então, muito perto dos laterais sobretudo quando Ribéry e Robben progrediam pelos corredores e tentavam flectir para o meio.
Di María esteve apagado, Cristiano Ronaldo prometeu muito quando em 15 minutos já tinha bisado, mas depois pareceu desinspirado, especialmente na cobrança de livres directos, e Özil foi um lutador-nato e fez a assistência para o 0-2, ainda assim, foi dos primeiros a acusar a fadiga.
Benzema foi um guerreiro, ainda que muitas vezes desapoiado.
Kaká esteve sempre apertado e foram poucas as ocasiões em que a sua frescura física se conseguiu sobrepor, Higuaín tal como o avançado francês esteve desapoiado e Granero refrescou o meio-campo.

Quanto aos jogadores do Bayern…
Neuer até nem fez muitas intervenções complicadas em jogo jogado, mas na decisão das grandes penalidades defendeu por duas vezes.
Lahm não permitiu muitos espaços a Ronaldo pelo flanco, Badstuber e Boateng estiveram organizados, e apoiados pelo duplo “pivot” defensivo, não comprometeram, e Alaba cometeu o “penalty” do 1-0.
Luís Gustavo foi forte na recuperação de bolas, recorrendo ainda assim muitas vezes à falta. Schweinsteiger esteve discreto em jogo jogado, no entanto, marcou a grande penalidade decisiva.
Ribéry trabalhou muito, Robben deu que fazer a Marcelo e marcou o 2-1, e Kroos foi importante no apoio ao ataque.
Mario Gómez até nem facturou, mas foi sempre um perigo à solta, e também solidário a defender.
Thomas Müller refrescou o ataque.

1 comentário:

  1. Foi um grande jogo. Aberto e franco. O Bayern se deu bem porque atacou e jogou de igual para igual contra o Real Madrid.
    Essa será uma grande final.

    Um grande e forte abraço,
    André Soares
    Futebol Alegria e Debate
    www.andressoares.com

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