Esta noite, em Camp Nou, Barcelona e Chelsea empataram 2-2 na segunda mão das meias-finais da Liga dos Campeões, possibilitando aos londrinos chegar à final da prova. Busquets e Iniesta marcaram os golos dos “blaugrana”, e Ramires e Fernando Torres os tentos dos “blues”.
Eis a constituição das equipas:
Barcelona
Entre as partidas das duas mãos, os “blaugrana” perderam um jogo do título espanhol, em casa, diante do Real Madrid (1-2).
Abidal, David Villa e Fontàs são baixas por lesão.
Chelsea
Depois da vitória na primeira mão, os “blues” empataram a zero no Emirates Stadium diante do Arsenal para a Premier League.
Di Matteo não pode contar com David Luiz, lesionado.
3’ Messi, desmarcado por Alexis Sánchez, atirou à malha lateral.
12’ Gary Cahill, que se lesionou precocemente na partida, deu lugar a Bosingwa. Ivanovic deslocou-se para o eixo da defesa.
O Barcelona dominava a partida, tendo muita posse de bola como é hábito, mas muito próxima da área contrária, onde se encontravam os onze homens do Chelsea, que formavam um autêntico autocarro à frente da sua baliza.
16’ Num choque com Valdés, Piqué levou uma pancada na cabeça e perdeu a consciência, assustando os presentes, no entanto, conseguiu recuperar e voltar ao jogo.
19’ Messi tabelou com Fàbregas e colocou-se em boa posição, mas Cech negou-lhe o golo.
22’ Mascherano do meio da rua rematou por cima.
24’ Drogba, sozinho na frente, conseguiu passar por Piqué mas já com pouco ângulo atirou à malha lateral.
26’ O central espanhol do Barça continuou combalido do choque com o seu guarda-redes, e foi substituído por Daniel Alves.
Apesar do domínio territorial dos “culé”, os londrinos estavam-se a sentir muito confortáveis sem bola, preocupando-se não em recuperá-la mas sim em tapar os caminhos para a sua baliza, algo que estavam a fazer com qualidade.
35’ Os “blaugrana” conseguiram encontrar espaço na área adversária, do lado esquerdo, por onde apareceu Isaac Cuenca que assistiu Sergio Busquets no interior da área para encostar para o fundo das redes.
37’ John Terry foi expulso por agressão a Alexis Sánchez, com uma joelhada nas costas, quando o chileno nem disputava sequer a posse de bola.
Ramires recuou para lateral-direito e Bosingwa passou para o eixo defensivo.
43’ Messi serviu Andrés Iniesta que se desmarcou nas costas de Ramires e rematou colocado para o 2-0.
45’ Frank Lampard isolou Ramires descaído para a direita que entrou na área e fez um chapéu perfeito a Victor Valdés, reduzindo a desvantagem no jogo, e voltando a dar vantagem ao Chelsea na eliminatória.
47’ Já na segunda parte, Fàbregas foi derrubado por Didier Drogba na grande área dos “blues” e foi assinalada uma grande penalidade, na qual Lionel Messi acertou na trave.
54’ Cruzamento de Daniel Alves pela direita para cabeceamento de Alexis Sánchez ao lado.
58’ Roberto Di Matteo trocou Juan Mata por Salomon Kalou.
62’ Mais uma vez o Barça conseguiu furar pela defesa contrária, desta feito com Cuenca a aparecer desmarcado pela esquerda a passe de Iniesta mas uma intervenção de Cech deixou o resultado na mesma. Mais uma vez, a desmarcação de um dos homens do “blaugrana” surgiu nas costas de Ramires.
67’ Isaac Cuenca deu lugar a Tello.
74’ Seydou Keita rendeu Cesc Fàbregas.
80’ Saiu Didier Drogba, entrou Fernando Torres.
83’ Messi de fora da área atirou ao poste.
89’ Mascherano, novamente do meio da rua, rematou para defesa de Cech.
90+1’ Já com o Barcelona completamente balanceado para o ataque, numa transição rápida Fernando Torres progrediu sozinho pelo meio-campo adversário, entrou na área, contornou Valdés e empatou a partida, sentenciando a eliminatória.
Jogo apaixonante em Camp Nou. O Barcelona dominou territorialmente o encontro, jogou sempre no meio-campo adversário, perto até da área dos londrinos, no entanto, o Chelsea, com duas linhas bastante recuadas, permitiu que os “blaugrana” fossem trocando a bola, mas impedindo que conseguissem criar espaços para colocar um jogador em boa posição para marcar. As lesões de Cahill e Piqué foram duas contrariedades iniciais para ambas as formações, que ainda assim, não viram alteradas as suas formas de jogar, quer no processo ofensivo quer no processo defensivo.
Numa das primeiras ocasiões em que os “blues” concederam espaço, com Cuenca a aparecer numa zona que pertence a Bosingwa, os catalães colocaram-se em vantagem. Com a expulsão de John Terry e o 0-2, no qual Ramires permitiu que Iniesta aparecesse nas suas costas, parecia que se iria iniciar um filme que tantas e tantas vezes já se viu, o Barça de Guardiola conseguir uma vitória tranquila e por uma margem gorda, no entanto, o antigo jogador do Benfica redimiu-se praticamente no minuto seguinte, marcou e voltou a dar a vantagem aos comandados por Di Matteo na eliminatória.
No segundo tempo, manteve-se a toada inicial, com o Chelsea a apresentar uma linha defensiva semelhante à de uma equipa de andebol, com Drogba, por exemplo, muitas vezes a posicionar-se praticamente como lateral. Foram raras as vezes que os londrinos abriram espaços na sua defesa, parecendo estar a controlar a bola mesmo sem a tendo em sua posse (27% nesse capítulo).
Já no final, com os “blaugrana” balanceados para o ataque, Torres com um meio-campo só para si e apenas com Valdés pelo caminho, colocou a cereja em cima de um bolo bastante improvável.
Analisando individualmente os atletas, começando pelos do Barcelona…
Valdés praticamente não fez uma única defesa complicada, Mascherano pouco teve de defender, Puyol viu Ramires entrar no seu espaço no lance do 2-1 e Piqué assustou na maneira como se lesionou e saiu prematuramente na partida.
Busquets marcou o 1-0 e não conseguiu acompanhar Ramires no seu golo, Xavi viu os caminhos tapados para fazer os seus decisivos (últimos) passes, Iniesta chegou a dar vantagem à sua equipa num remate colocado e Lionel Messi em lances individuais nunca conseguiu gerar desequilíbrios, falhou um “penalty” e ainda acertou no poste noutra ocasião.
Cuenca foi quem desbloqueou inicialmente o encontro, ao conseguir encontrar um espaço vazio e dar um golo feito a Busquets, Alexis Sánchez falhou as oportunidades que teve para marcar e Fàbregas participou em algumas tabelas e ganhou a grande penalidade.
Daniel Alves nunca deu a habitual profundidade ao flanco direito, pois o Chelsea até libertou as laterais propositadamente para ocupar a zona central, Tello não criou desequilíbrios e Seydou Keita trouxe músculo ao meio-campo.
Quanto aos homens do Chelsea…
Sem culpa nos golos sofridos, e decisivo em algumas situações, Cech foi gigante entre os postes.
Ivanovic começou como lateral, fechando bem o seu lado, mas passou para central bem cedo, assinando uma boa exibição, Cahill lesionou-se e saiu precocemente, John Terry infantilmente foi expulso e falhará a final e Ashley Cole limitou-se também a fechar o seu flanco.
Obi Mikel foi tapando linhas de passe e caminhos para a sua baliza, tal como Raul Meireles (irá falhar o jogo de Munique por ter visto amarelo) e Frank Lampard, que mostrou uma disponibilidade física tremenda, assinando ainda a assistência para o 2-1.
Ramires começou como ala, recuou para lateral, não ficou isento de culpas no 2-0 mas imediatamente a seguir redimiu-se com um golo fantástico, Juan Mata não apareceu muito ofensivamente e Drogba lutou sozinho contra o mundo (leia-se defesa do Barcelona) em variadíssimas ocasiões, e mesmo assim conseguiu superiorizar-se em alguns desses duelos.
Bosingwa entrou para lateral, viu o golo dos “blaugrana” ser cozinhado numa zona que lhe pertence, e com a expulsão de Terry deslocou-se para o eixo defensivo, não comprometendo. Kalou foi extremamente útil ao ajudar Ramires nas suas tarefas defensivas, não permitindo que lhe fossem colocadas bolas nas costas. Fernando Torres entrou nos minutos finais, e com um meio-campo só para si, conseguiu fazer o 2-2 já nos descontos.
Certinho.. Basta dizer que o Tika Taka foi à vida porque desperdiçaram o penalty oferecido pelo arbitro
ResponderEliminarPode não ter sido dos penaltys mais evidentes, mas dizer-se que não é penalty também é exagerado... é um lance duvidoso no mínimo
EliminarO Barcelona está cansado, o Messi, não consegue resolver e ainda falha penaltis, a sorte não está do lado do Barça, pelo contrario o Chelsea com muita sorte e só a defender consegue estar na final, foram ajudados contra o Benfica e agora tiveram toda a sorte do Mundo, nas 2 eliminatórias faz 3 remates a baliza adversaria e marca 3 golos, sem saber como.
ResponderEliminarParabéns ao Chelsea.