O Bola de Ouro francês que teve de ir para a Bélgica para dar nas vistas. Quem se lembra de Jean-Pierre Papin?
Jean-Pierre Papin ganhou a Bola de Ouro de 1991
Jean-Pierre Papin ganhou uma Bola
de Ouro (1991), foi eleito por duas vezes o melhor futebolista francês do ano
(1989 e 1991), está entre os 100 melhores jogadores do primeiro centenário da
FIFA e sagrou-se melhor marcador do campeonato
gaulês em cinco épocas consecutivas (1987-88 a 1991-92) e goleador-mor da Taça
dos Campeões Europeus em três temporadas seguidas (1989-90 e 1991-92). Mas
os clubes franceses não foram lestos em compreender o talento deste avançado
oportunista e com faro para o golo.
Depois de ter despontado no Valenciennes,
teve de se exilar na Bélgica no verão de 1985 para dar nas vistas. Na única
temporada que passou ao serviço do Club Brugge, apontou 33 golos em 45 jogos e venceu
a Taça da Bélgica, o que lhe valeu não só a estreia na seleção francesa como a
convocatória para o Mundial 1986, no qual França
obteve um honroso 3.º lugar. Apesar dessa curta passagem, foi eleito pelos
adeptos o melhor futebolista estrangeiro de sempre do clube belga em 2008. Seguiram-se seis anos gloriosos
no Marselha,
emblema pelo qual atingiu o clímax, com 184 golos em 278 partidas, tendo
vencido quatro campeonatos e uma Taça de França, além de ter chegado à final da
Taça
dos Campeões Europeus em 1990-91. Em termos de seleção, não esteve bem acompanhado
nesta fase pós-Platini, pois França
falhou as fases finais dos Mundiais 1990 e 1994 e do Euro 1988 e não foi além
da fase de grupos do Euro 1992.
No verão de 1992 transferiu-se
para o AC
Milan por uma verba recorde na altura, um valor equivalente a 12 milhões de
euros. Ao serviço dos rossoneri
amealhou 31 remates certeiros em 63 partidas, tendo vencido uma Taça
dos Campeões Europeus, dois campeonatos e duas Supertaças de Itália. Em 1994 transferiu-se para o Bayern
Munique, mas a passagem pela Baviera ficou muito marcada por lesões, ao
ponto de não ter ido além de seis golos em 40 jogos no espaço de dois anos,
apesar de ter vencido uma Taça
UEFA. Seguiu-se um regresso a França
pela porta do Bordéus,
que lhe permitiu uma despedida digna dos principais campeonatos europeus, com
30 golos em 70 jogos entre 1996 e 1998.
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