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Balotelli remata a bola perante o olhar de Glen Johnson |
Na
altura, a Inglaterra comandada por Roy Hodgson havia concluído em primeiro
lugar o Grupo D, que também incluía Suécia, Ucrânia e França. Já a Itália de Cesare
Prandelli tinham terminado o Grupo C em 2.º lugar, atrás de Espanha e à frente
de Croácia e República da Irlanda. Ambas as seleções tinham bem menos talento do que meia dúzia de anos antes, quando havia Ferdinand, Paul Scholes, David Beckham, Zambrotta, Cannavaro, Nesta, Totti ou Del Piero.
Depois
do poste, foi a vez dos guarda-redes Gianluigi Buffon (5 minutos) e Joe Hart (38’
e 52’) a negarem golos. Mas, já no prolongamento, o ferro da baliza inglesa
voltou a estar em evidência, pois foi lá que um remate de Alessandro Diamanti
embateu aos 101 minutos.
Foi
então necessário esperar pelo desempate por penáltis para se vislumbrar um
momento de magia no Estádio Olímpico de Kiev. Depois de Balotelli ter inaugurado
o marcador para Itália, Gerrard empatou, Montolivo atirou para fora e Rooney
colocou Inglaterra em vantagem. O italiano que se seguia, Andrea Pirlo, sabia
que, caso não marcasse, a squadra azzurra estaria perto da eliminação,
mas o então médio da Juventus surpreendeu tudo e todos com um penálti à
Panenka. O que é certo é que esse momento que mesclou frieza, magia e loucura
abalou os ingleses, pois Ashley Young (na trave) e Ashley Cole (defesa de
Buffon) falharam a seguir, enquanto Nocerino e Diamanti marcaram para os
transalpinos, que venceram por 4-2.
Numa
crónica redigida para este blogue, referi que “Roy Hodgson escalou a equipa à
procura de dar a provar ao adversário o seu próprio veneno, oferecendo a
iniciativa de jogo aos italianos, apresentando uma postura defensiva, pouco
pressionante e apenas a tapar os caminhos para a sua baliza”, enquanto Itália, “numa
partida muito intensa, mostrou sempre ligeira superioridade, estando mais vezes
perto de marcar, tendo acertado por duas vezes nos postes e visto um golo ser
anulado por fora-de-jogo”.
Individualmente
destaquei, do lado inglês, a “belíssima exibição” do guarda-redes Joe Hart, o
papel de John Terry como “polícia de Balotelli”; enquanto, de Itália, realcei
os “reflexos apurados” de Buffon, a eficácia de passe curto e passe longo e o
penálti à Panenka de Pirlo, o “último passe” de Montolivo, o inconformismo de
Balotelli e o “par de pernas frescas cheias de bom futebol” e o penálti
decisivo de Diamanti.
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