terça-feira, 17 de outubro de 2023

A minha primeira memória de... um jogo entre Itália e Inglaterra

Balotelli remata a bola perante o olhar de Glen Johnson
 
Na altura, a Inglaterra comandada por Roy Hodgson havia concluído em primeiro lugar o Grupo D, que também incluía Suécia, Ucrânia e França. Já a Itália de Cesare Prandelli tinham terminado o Grupo C em 2.º lugar, atrás de Espanha e à frente de Croácia e República da Irlanda. Ambas as seleções tinham bem menos talento do que meia dúzia de anos antes, quando havia Ferdinand, Paul Scholes, David Beckham, Zambrotta, Cannavaro, Nesta, Totti ou Del Piero.
 
 
Depois do poste, foi a vez dos guarda-redes Gianluigi Buffon (5 minutos) e Joe Hart (38’ e 52’) a negarem golos. Mas, já no prolongamento, o ferro da baliza inglesa voltou a estar em evidência, pois foi lá que um remate de Alessandro Diamanti embateu aos 101 minutos.
 
Foi então necessário esperar pelo desempate por penáltis para se vislumbrar um momento de magia no Estádio Olímpico de Kiev. Depois de Balotelli ter inaugurado o marcador para Itália, Gerrard empatou, Montolivo atirou para fora e Rooney colocou Inglaterra em vantagem. O italiano que se seguia, Andrea Pirlo, sabia que, caso não marcasse, a squadra azzurra estaria perto da eliminação, mas o então médio da Juventus surpreendeu tudo e todos com um penálti à Panenka. O que é certo é que esse momento que mesclou frieza, magia e loucura abalou os ingleses, pois Ashley Young (na trave) e Ashley Cole (defesa de Buffon) falharam a seguir, enquanto Nocerino e Diamanti marcaram para os transalpinos, que venceram por 4-2.
 
Numa crónica redigida para este blogue, referi que “Roy Hodgson escalou a equipa à procura de dar a provar ao adversário o seu próprio veneno, oferecendo a iniciativa de jogo aos italianos, apresentando uma postura defensiva, pouco pressionante e apenas a tapar os caminhos para a sua baliza”, enquanto Itália, “numa partida muito intensa, mostrou sempre ligeira superioridade, estando mais vezes perto de marcar, tendo acertado por duas vezes nos postes e visto um golo ser anulado por fora-de-jogo”.
 
Individualmente destaquei, do lado inglês, a “belíssima exibição” do guarda-redes Joe Hart, o papel de John Terry como “polícia de Balotelli”; enquanto, de Itália, realcei os “reflexos apurados” de Buffon, a eficácia de passe curto e passe longo e o penálti à Panenka de Pirlo, o “último passe” de Montolivo, o inconformismo de Balotelli e o “par de pernas frescas cheias de bom futebol” e o penálti decisivo de Diamanti




 




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