Imagem do Leixões-Vitória de Setúbal de 1962 |
Protagonistas do único jogo da terceira eliminatória da Taça
de Portugal que opõe dois clubes que têm o troféu nas suas vitrinas, Leixões
e Vitória
de Setúbal coincidiram em 22 épocas na I
Divisão e três na II
Liga, mas também já se defrontaram na prova rainha, na qual tanta tradição
têm.
30 de maio de 1943 – Oitavos
de final (jogo único)
Vitória
FC 2-1 Leixões
O Leixões
era primodivisionário, enquanto o Vitória
militava na II Divisão, mas houve Taça
no Campo dos Arcos.Depois de dois remates à trave logo no início do desafio, Francisco Rodrigues abriu o ativo para sadinos aos 29 minutos e fez o 2-0 aos 56’. A meio do segundo tempo, um autogolo de Mário Montez reduziu a desvantagem.
O autor de ambos os golos dos setubalenses recebeu ordem de expulsão a seis minutos do fim.
7 de abril de 1957 – 1.ª
mão dos 16 avos de final
Leixões
3-4 Vitória
FC
14 anos depois, era o Leixões
que militava na II Divisão, enquanto o Vitória
era primodivisionário. E os matosinhenses
proporcionaram um jogo impróprio para cardíacos no Campo de Santana, embora
tenham saído derrotados.Miguel inaugurou o marcador para os sadinos aos oito minutos, tendo Casaca feito o 0-2 aos 11’. Porém, Correia reduziu aos 19’ e Oliveira empatou aos 34’. No final da primeira parte, António Fernandes devolveu a vantagem aos setubalenses, na conversão de uma grande penalidade.
No segundo tempo, Janos restabeleceu a igualdade, também na marcação de um penálti, mas Fernandes completou o bis aos 73’, fazendo assim o quarto golo do Vitória.
O Jornal de Notícias destacou a “magnífica exibição dos matosinhenses” e escreveu que o árbitro Manuel Lousada “prejudicou a equipa da casa com um penálti hipotético”.
14 de abril de 1957 – 2.ª
mão dos 16 avos de final
Vitória
FC 2-0 Leixões
A jogar em casa, no Campo dos
Arcos, em vantagem na eliminatória e frente a um adversário de uma divisão
inferior, o Vitória
confirmou o favoritismo.Miguel abriu o ativo logo nos minutos iniciais e chegou ao 2-0 aos 19’, por intermédio de António Fernandes.
O encontro ficou ainda marcada por um gesto de fair play antes do apito inicial. “Desejando corresponder à forma hospitaleira como tinham sido recebidos em Leixões, os jogadores setubalenses reuniram-se no meio do terreno com os nortenhos e ofertaram-lhes várias lembranças, cerimónia que o público aplaudiu calorosamente”, narrou o Jornal de Notícias.
3 de junho de 1962 – 1.ª
mão dos quartos de final
Leixões
2-1 Vitória
FC
Tal como em 1942-43, o Leixões
era primodivisionário, enquanto o Vitória
de Setúbal militava na II Divisão. Mas, desta vez, havia algo de diferente:
os matosinhenses
tinham o estatuto de detentor do troféu, numa altura em que os sadinos
ainda não tinham vencido a Taça.No Campo de Santana, até foram os visitantes que marcaram primeiro, por intermédio de Pompeu, a passe de Emídio Graça, logo aos dois minutos. No entanto, Ventura empatou aos 12’ e Raúl I fez o 2-1 aos 69’. Ambos os golos dos nortenhos foram apontados de cabeça.
Apesar do triunfo do Leixões, o Jornal de Notícias falou em “dia não” dos leixonenses e deixou elogios ao Vitória: “Surpreendeu-nos”.
10 de junho de 1962 – 2.ª
mão dos quartos de final
Vitória
FC 2-0 Leixões
Apesar da desvantagem na
eliminatória diante de um adversário de uma divisão superior, depois de uma
primeira parte sem golos o Vitória
de Setúbal deu a volta à eliminatória, com um triunfo por 2-0. Suárez e Mateus foram os autores dos golos.Veja um vídeo da RTP com excertos do jogo e os golos.
11 de junho de 1967 – 1.ª
mão dos quartos de final
Vitória
FC 3-0 Leixões
Desta feita, tanto o Vitória
como o Leixões
militavam na I
Divisão, tendo concluído o campeonato próximos na classificação – os sadinos
em 5.º, os leixonenses
em 7.º –, e ambos já tinham uma Taça
de Portugal no palmarés.Na primeira-mão, no Estádio do Bonfim, o Vitória deu um passo de gigante rumo às meias-finais, ao arrancar um triunfo por 3-0. Pedras foi o homem do jogo, ao apontar um hat trick (46, 81 e 87 minutos).
18 de junho de 1967 – 2.ª
mão dos quartos de final
Leixões
0-3 Vitória
FC
Mudou aos três, acabou aos seis.
O caminho para a segunda Taça
de Portugal do Vitória
fez-se de quatro 3-0, e dois deles – os outros foram ao FC
Porto nas meias-finais e ao Sintrense
nos 16 avos de final.Depois de uma primeira parte sem golos, Vítor Baptista inaugurou o marcador aos 56 minutos e Pedras bisou já na reta final da partida (83’ e 88’).
“Na Taça é assim. O resultado da primeira-mão conta muito sobretudo como no caso de ontem se a atenuar o 0-3 não surge logo nos primeiros passos um golo”, escreveu o Jornal de Notícias, que destacou a “frescura física e até alegria para o futebol”.
Sem comentários:
Enviar um comentário