sexta-feira, 7 de julho de 2023

A minha primeira memória de… um jogo entre Espanha e Grécia em sub-19

Jesé Rodríguez marcou o golo que deu o título a Espanha
 
Portugal, apesar da boa geração que tinha, não foi além da fase de grupos. Inglaterra e França foram eliminadas nas meias-finais. E quem foi à final, além da Espanha de Julen Lopetegui, foi a surpreendente Grécia de Kostas Tsanas. É engraçado, porque estive a rever os nomes dos jogadores gregos que jogaram a final e não reconheço nenhum. Só depois, quando fui ver as fichas de cada um, é que percebi que o guarda-redes Sokratis Dioudis (atualmente nos polacos do Zaglebie Lubin), o lateral/extremo Charis Mavrias (Apollon Limassol, de Chipre), os laterais esquerdos Kostas Stafylidis (Bochum, da Alemanha) e Charis Lykogiannis (Bolonha, de Itália), o central/médio defensivo Dimitrios Kourbelis (Panathinaikos), o médio Andreas Bouchalakis (Konyaspor, da Turquia), o ponta de lança Dimitrios Diamantakos (Kerala Blasters, da Índia), o extremo Giannis Gianniotas (Levadiakos) e o avançado Tasos Bakasetas (Trabzonspor, da Turquia) atingiram a seleção principal. Ainda nenhum representou a seleção helénica num grande torneio.
 
 
Espanha mostrou-se quase sempre superior, apresentando facilidade em chegar ao último terço do terreno, mas a verdade é que o golo inaugural demorou a chegar. Dioudis brilhou na baliza grega, travando os remates de Jesé Rodríguez (18, 45 e 61 minutos), Campaña (56’) e Grimaldo (61’). E quando não era o guardião helénico, era a trave, como foi o caso de um livre direto de Grimaldo (63’).
 
Porém, o ansiado e merecido golo espanhol lá chegou aos 79 minutos, com Gerard Deulofeu a servir Jesé Rodríguez, que por sua vez disparou para o fundo das redes e reforçou o primeiro lugar na tabela de melhores marcadores desse Campeonato da Europa de sub-19, com cinco golos.
 
 
Numa crónica redigida para este blogue, referi que “a partida teve uma toada única: a superioridade espanhola de início ao fim”. Espanha teve sempre “mais posse de bola” e “domínio territorial”, pecando apenas por algumas oscilações ao nível da intensidade. “Se na primeira parte os gregos ainda deram por algumas (poucas) vezes um ar de sua graça no ataque, no segundo tempo só deu la roja”, escrevi.
 
Individualmente, do lado espanhol destaquei o papel de Jonny Otto a recuperar a bola no lance do golo, a “profundidade” dada ao lado esquerdo por Grimaldo, o “grande jogo” de Campaña, os “passes de qualidade” de Óliver Torres, o trabalho de Paco Alcácer a arrastar os defesas gregos na jogada do golo, a “dinâmica” dada por Gerard Deulofeu e a “energia” dada ao meio-campo por Denis Suárez na segunda parte. Da parte grega salientei a exibição de Dioudis, que “foi adiando o golo de Espanha”, e o “habilidoso” Gianniotas.
 
 


 
 
 



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