A minha primeira memória de… um jogo entre Real Madrid e Athletic Bilbau

Cristiano Ronaldo tenta ultrapassar um defesa basco

A minha primeira memória de um jogo entre Real Madrid e Athletic Bilbau é a de um dia que Cristiano Ronaldo e José Mourinho, entre outros, jamais esquecerão, pois foi precisamente nesse jogo de 2 de maio de 2012, no antigo Estádio de San Mamés, que ambas essas grandes figuras do futebol português garantiram a conquista do primeiro título espanhol de cada um.

 

Recordo-me que nessa altura acompanhava muito os merengues, que nessa quarta-feira jogavam particularmente tarde – 21 horas de Lisboa, mais uma em Madrid, sendo que o jogo só acabaria cerca de duas horas depois –, mas que no dia seguinte eu teria de acordar bastante cedo para uma aula na faculdade às 8:30 e que ainda assim decidi não só seguir o encontro até ao fim como redigir uma espécie de crónica e filme do jogo para este blogue.

 

À entrada para esse encontro, as contas eram bem fáceis de fazer: a vitória em Bilbau dava o título ao Real Madrid. Mais difícil era, em teoria, bater um dos melhores Athletic do século XXI, que sob a orientação de Marcelo Bielsa já haviam garantido os apuramentos para as finais da Liga Europa e da Taça do Rei e ainda sonhavam com a qualificação para a Liga dos Campeões, em plena Catedral de San Mamés.

 

Contudo, o jogo que se esperava ser bastante complicado depressa se tornou fácil, graças a uma entrada muito forte do Real Madrid. Depois de Cristiano Ronaldo ter desperdiçado uma grande penalidade, ao permitir a defesa de Gorka Iraizoz (12 minutos), Higuaín inaugurou o marcador a passe de Mesut Ozil pouco depois da passagem pelo quarto de hora de jogo (16’).

 

Logo a seguir, foi a vez de Ozil marcar, ao encostar ao segundo poste a bola cruzada de forma tensa por Ronaldo a partir da direita (20’).

 

Até ao final da primeira parte o Athletic Bilbau esteve perto de reduzir a desvantagem, com Mikel San José a acertar na trave (37’), mas no início do segundo tempo os merengues deram a estocada final, por intermédio de Cristiano Ronaldo, que cabeceou para o fundo das redes na sequência de um canto executado por Xabi Alonso (50’).

 

O apito final do árbitro José Teixeira Vitienes confirmou a conquista do 32.º título espanhol para o Real Madrid, que assim colocou um ponto final à hegemonia do Barcelona de Pep Guardiola, que era tricampeão.

 

Na crónica redigida para este blogue, falei “numa partida de sentido único”, na qual o Athletic só reagiu “depois do 0-2”, ainda que o terceiro golo blanco tivesse colocado um ponto final nas ambições dos bascos.

 

Individualmente, salientei o “jogo para esquecer” de Javi Martínez, na altura uma das principais figuras dos Athletic; a dupla “sólida” composta por Sergio Ramos e Pepe, um Ozil que “marcou e deu a marcar” e um Cristiano Ronaldo que “fez a assistência para o 0-2 e marcou o 0-3”.