A minha primeira memória de… um jogo entre Barcelona e Athletic Bilbau

Catalão Xavi tenta ultrapassar basco Amorebieta

Numa Espanha que tem como parte da sua identidade alguns regionalismos bem vincados, ao ponto de existirem movimentos independentistas em algumas regiões, imagino que uma final da Taça do Rei entre Athletic Bilbau e Barcelona é tudo o que o rei… não quer. É que uma coisa seria uma final entre uma equipa chamada Espanyol e outra REAL Sociedad, outra é entre dois clubes tão associados a um certo fanatismo regional do País Basco e da Catalunha e que, curiosamente, até são os emblemas com mais Taças do Rei no palmarés.

 

A 25 de maio de 2012, Athletic e Barça defrontaram-se na final, disputada no Estádio Vicente Calderón, no coração da capital Madrid, e ainda antes de a bola começar a rolar, os adeptos de ambas as equipas presentearam uma versão reduzida (e ruidosa) do hino espanhol com uma assobiadela monumental.

 

 

Quanto ao jogo, o último de Guardiola à frente dos catalães, foi de sentido único. Só deu Barça. Mesmo com Pinto na baliza em detrimento de Victor Valdés, Adriano no lado esquerdo da defesa em vez de Abidal e Montoya no lugar de Daniel Alves no lado direito do quarteto defensivo, os blaugranas inauguraram o marcador logo aos três minutos, por Pedro, na sequência de um canto.

 

Aos 20’, Iniesta isolou Messi e o argentino fuzilou Gorka Iraizoz. E cinco minutos depois, Pedro fez o 3-0 a passe de Xavi. E o assunto ficou arrumado.

 

Numa crónica redigida para este blogue, mencionei a entrada “a todo o gás” do Barça, que protagonizou um “início de jogo explosivo”, muito por culpa de uma falhada estratégia de marcações individuais por parte da equipa orientada por Marcelo Bielsa, que tinha como principais estrelas alguns internacionais ou futuros internacionais espanhóis como o lateral direito Andoni Iraola, os centrais/médios defensivos Javi Martínez e Mikel San José, o médio Ander Herrera, o médio ofensivo/extremo Iker Muniain, o extremo Markel Susaeta e o ponta de lança Fernando Llorente. A partir do 3-0 destaquei o “desacelerar” dos culés que tornou o jogo mais equilibrado, mas sem que o resultado sofresse alterações.  

 

Individualmente salientei o inconformismo de Ibai Gómez e a “competitividade e agressividade” dada à equipa por Ander Herrera, mas não me mostrei particularmente entusiasmado com alguém do Barça.