Dez jogadores importantes na história do FC Porto |
Duas vezes vencedor da Taça
UEFA/Liga
Europa, o FC
Porto está prestes a iniciar a sua 16.ª participação na prova, a sexta sob
o atual formato.
Na estreia na competição, em
1971-72, os dragões
foram prontamente afastados logo na primeira ronda pelos franceses do Nantes.
Além dos triunfos nas duas finais
que disputaram, em 2002-03 sobre o Celtic
em Sevilha (3-2) e em
2010-11 sobre o Sp. Braga em Dublin (1-0), os azuis
e brancos atingiram os quartos de final em 2000-01 e 2013-14, tendo sido
eliminados por Liverpool
e Sevilha,
respetivamente.
No total, 180 futebolistas
representaram o FC
Porto na Taça
UEFA/Liga
Europa. Vale por isso a pena recordar os dez que o fizeram por mais vezes.
10. Hulk (17 jogos)
Hulk |
Disputou o mesmo número de jogos de João
Moutinho, mas amealhou mais 73 minutos em campo – 1360 contra 1287.
Givanildo Vieira de Souza, ou Hulk, era um desconhecido quando foi
recrutado aos japoneses do Tokyo Verdy no verão de 2008 por um valor que, após
aquisição da totalidade do passe, ascendeu aos 19 milhões de euros.
A desconfiança era muita para com um jogador que não tinha feito mais do
que dois jogos no Brasileirão pelo Vitória Bahia, mas este atacante robusto e
com um pé esquerdo fortíssimo rapidamente conquistou os adeptos.
Após ter competido na Liga
dos Campeões durante as duas primeiras épocas de azul
e branco, foi importantíssimo para a conquista da Liga
Europa em 2010-11, numa campanha em que participou em 15 encontros (14 a
titular) e apontou cinco golos, diante de Besiktas (dois), CSKA
Moscovo, Spartak Moscovo e Villarreal.
Na temporada seguinte foi utilizado em ambas as partidas da eliminatória
diante do Manchester
City, não conseguindo evitar o afastamento dos dragões.
Paralelamente, conquistou quatro campeonatos (2008-09, 2010-11, 2011-12 e
2012-13), três Taças
de Portugal (2008-09, 2009-10 e 2010-11) e quatro Supertaças
(2009, 2010, 2011 e 2012).
“Posso dizer que, em termos de visibilidade no mundo do futebol, do nome
que tenho, de ser reconhecido e respeitado em todo o mundo, o FC
Porto foi a minha porta de entrada. Cheguei ao FC
Porto com 22 anos e estive num dos maiores palcos onde já atuei. Cheguei à
Europa vindo do futebol asiático, era pouco conhecido, mas, em pouco tempo,
comecei a ganhar o meu espaço, a jogar a Champions
e a fazer história no FC
Porto. É um clube que tenho no coração e, numa instituição com mais de 120
anos de história, é muito gratificante estar no Museu, fazendo parte dos 11
melhores da história. Tenho uma estátua lá", afirmou ao jornal espanhol As.
9. Vítor Baía (17 jogos)
Vítor Baía |
Disputou o mesmo número de jogos de João
Moutinho e Hulk, mas amealhou mais minutos em campo: 1590.
Na primeira presença, em 1989-90, foi utilizado em seis partidas e sofreu
sete golos. Na segunda, em 2002-03, foi um dos esteios da equipa que venceu a
competição, ao atuar em onze encontros e sofrer apenas oito golos.
“Foi muito emocionante e um sentimento de orgulho. Foi fantástico.
Tivemos o privilégio e a sorte de fazer parte de um dos mais belos e marcantes
momentos da história do FC
Porto e também de a poder escrever, a letras de ouro. (…) A emoção da final
foi indescritível e aqueles cinco minutos finais foram os mais difíceis da
minha vida, porque sabíamos que eles iriam fazer tudo para chegar ao empate:
iam jogar de forma mais direta. Na minha cabeça só havia um pensamento: este é
o nosso momento. Já tinha vencido a Taça das Taças com o Barcelona,
mas este [troféu], para mim e para os meus companheiros, era um sonho”, afirmou
ao site oficial da UEFA, sobre a conquista da Taça
UEFA, em maio de 2020.
Paralelamente, conquistou dez campeonatos (1989-90, 1991-92, 1992-93,
1994-95, 1995-96, 1998-99, 2002-03, 2003-04, 2005-06 e 2006-07), seis Taças
de Portugal (1987-88, 1990-91, 1993-94, 1999-00,
2002-03 e 2005-06), nove Supertaças
(1990, 1991, 1993, 1994, 1999, 2001, 2003, 2004 e 2006) e uma Liga
dos Campeões (2003-04).
8. Alenichev (18 jogos)
Embora nunca se tivesse estabelecido propriamente como um titular
indiscutível, foi sempre muito utilizado pelos três treinadores que o
orientaram no emblema da Invicta: Fernando Santos, Octávio Machado e José
Mourinho.
Na primeira época de azul
e branco, em 2000-01, atuou em sete partidas (cinco a titular) e marcou um
golo ao Wisla Cracóvia na caminhada até aos quartos de final da Taça
UEFA.
Duas épocas depois, participou em onze encontros (sete a titular) e
faturou diante de Denizlispor e do Celtic
(na final) numa campanha que culminou na conquistou do troféu.
Paralelamente, venceu uma Liga
dos Campeões (2003-04), dois campeonatos (2002-03
e 2003-04), duas Taças
de Portugal (2000-01
e 2002-03) e uma Supertaça
Cândido de Oliveira (2003).
7. Capucho (18 jogos)
Um talento incrível, mas recorrentemente esquecido quando se fala em
grandes jogadores que atuaram de dragão
ao peito. Contratado ao Vitória
de Guimarães em 1997, já após ter passado pelo Sporting,
teve de esperar pela quarta temporada nas Antas para jogar de azul
e branco nas Taça
UEFA – antes, só na Liga
dos Campeões.
Em 2000-01 participou em dez partidas (cinco a titular) na caminhada até
aos quartos de final da competição.
Duas épocas depois foi utilizado em oito encontros (seis a titular) e
marcou um golo ao Denizlispor numa campanha que culminou na conquistou do troféu.
Paralelamente, conquistou três campeonatos (1997-98, 1998-99 e 2002-03),
quatro Taças
de Portugal (1997-98, 1999-00,
2000-01
e 2002-03) e três Supertaças
Cândido de Oliveira (1998, 1999 e 2001).
6. Simões (18 jogos)
Embora apareça apenas na sexta posição desta lista, é o jogador deste top
10 com mais participações em diferentes edições da Taça
UEFA: cinco (1974-75, 1975-76, 1976-77, 1980-81 e 1982-83). Apenas António
Oliveira e Rodolfo Reis estão nesse patamar.
Ao longo dessa meia dezena de épocas a competir na segunda
prova de clubes da Europa, amealhou 18 partidas (todas como titular). O
melhor que conseguiu coletivamente foi atingir a terceira eliminatória em
1975-76.
Paralelamente, conquistou dois campeonatos (1977-78 e 1978-79), uma Taça
de Portugal (1976-77) e uma Supertaça
Cândido de Oliveira (1981).
5. Fernando (19 jogos)
Fernando |
Proveniente do modesto Vila Nova, mas com carimbo de seleção brasileira,
foi contratado pelo FC
Porto no verão de 2007, mas imediatamente emprestado ao Estrela
da Amadora, clube pelo qual ganhou rodagem competitiva na I
Liga portuguesa.
Voltou ao Dragão um ano depois, já sem Paulo Assunção no plantel, e assumiu a
titularidade do meio-campo portista
ao lado de Raúl Meireles e Lucho González. Apareceu pela primeira vez no onze num
clássico no Estádio da Luz e não mais perdeu o lugar.
Após duas épocas a jogar na Liga
dos Campeões, em 2010-11 atuou em 12 partidas (todos como titular) numa
campanha que culminou na conquista da Liga
Europa.
Na temporada seguinte participou em dois jogos, enquanto em 2013-14 foi
utilizado em cinco encontros na caminhada até aos quartos de final, sempre na
condição de titular.
Noutro âmbito, conquistou quatro campeonatos (2008-09, 2010-11, 2011-12 e
2012-13), três Taças
de Portugal (2008-09, 2009-10 e 2010-11) e cinco Supertaças
Cândido de Oliveira (2009, 2010, 2011, 2012
e 2013).
4. Varela (20 jogos)
Silvestre Varela |
Extremo formado no Sporting,
foi recrutado ao Estrela
da Amadora no verão de 2009 e depressa se tornou uma peça imprescindível
nos dragões
e um jogador a ter em conta para a seleção nacional.
Na segunda temporada na Invicta, em 2010-11, foi utilizado em dez
partidas (cinco a titular) e marcou um golo ao Spartak Moscovo na campanha que
culminou na conquista da Liga
Europa. “Os adeptos não esquecem momentos como aquele e eu também não.
Foram momentos inesquecíveis e emocionantes”, recordou em julho de 2021.
Na época seguinte atuou em dois jogos (todos a titular) e marcou um golo
ao Manchester
City.
Em 2013-14 somou seis encontros (sempre no onze inicial) e um golo ao Eintracht
Frankfurt na caminhada até aos quartos de final da Liga
Europa.
Por fim, em 2015-16, participou em duas partidas na eliminatória de má
memória ante o Borussia
Dortmund.
Paralelamente, foi tricampeão nacional (2010-11, 2011-12 e 2012-13) e
venceu duas Taças
de Portugal (2009-10 e 2010-11) e cinco Supertaças
Cândido de Oliveira (2009, 2010, 2011, 2012 e 2013).
3. Jorge Costa (20 jogos)
No entanto, por forças das constantes participações dos azuis
e brancos na Liga
dos Campeões, Jorge Costa só se estreou na Taça
UEFA em 2000-01, época em que atuou em oito jogos (todos como titular) na
caminhada até aos quartos de final.
Duas temporadas depois foi utilizado em 12 encontros (sempre no onze
inicial) numa campanha que culminou na conquistou do troféu. “[A
goleada à Lazio nas meias-finais] foi muito útil para a Champions
League do ano a seguir. Fizemos um grande jogo contra uma excelente equipa,
pois, como sabemos, e ainda é assim, quando uma formação italiana se encontra
na frente do marcador tornam-se ainda mais perigosa. este foi o jogo que fez a
diferença e que nos marcou, ao mesmo tempo que nos mostrou que tudo era possível,
que nos era permitido sonhar, pois penso que fizemos tudo de forma perfeita”,
recordou ao site
oficial da UEFA em maio de 2020.
Noutro âmbito, conquistou uma Liga
dos Campeões (2003-04), uma Taça Intercontinental (2004), oito campeonatos
(1992-93, 1994-95, 1995-96, 1996-97, 1997-98, 1998-99, 2002-03
e 2003-04), cinco Taças
de Portugal (1993-94, 1997-98, 1999-00,
2000-01
e 2002-03) e cinco Supertaças
Cândido de Oliveira (1994, 1996, 1998, 1999 e 2001).
2. Helton (20 jogos)
Guarda-redes ágil, com grande qualidade a jogar com os pés, capacidade
para colocar a bola à distância com as mãos e selo das seleções jovens
brasileiras, chegou a Portugal no início de 2003 pela porta da União
de Leiria, proveniente do Vasco
da Gama.
Nos leirienses rapidamente destronou Costinha e passados dois anos rumou
ao Dragão para
dar luta a Vítor Baía. Na primeira metade da 2005-06 o treinador holandês Co
Adriaanse mostrou preferência pelo internacional português, mas na segunda
metade da época o brasileiro agarrou a titularidade e remeteu o histórico
guardião, na altura já um veterano, para o banco.
Após ter ajudado os azuis
e brancos a ultrapassar a fase de grupos da Liga
dos Campeões em quatro temporadas consecutivas, conquistou a Liga
Europa em 2010-11, numa campanha em que foi utilizado em 15 jogos e sofreu
14 golos. “Além de a taça ser muito pesada, é um presente maravilhoso. Eu fiz o
aniversário, mas estamos todos de parabéns. Sabíamos que não seria fácil e
confirmou-se. Mas, com humildade, conseguimos vencer a Liga
Europa”, afirmou o guarda-redes, que comemorou o 33.º aniversário no dia da
final
de Dublin.
Na temporada seguinte atuou em duas partidas e sofreu seis golos na
eliminatória frente ao Manchester
City, enquanto em 2013-14 foi utilizado em três encontros e sofreu cinco
golos na caminhada até aos quartos de final.
Paralelamente, conquistou sete campeonatos (2005-06, 2006-07, 2007-08,
2008-09, 2010-11, 2011-12 e 2012-13), quatro Taças
de Portugal (2005-06, 2008-09, 2009-10 e 2010-11) e seis Supertaças
Cândido de Oliveira (2006, 2009, 2010, 2011, 2012
e 2013).
1. Deco (22 jogos)
Deco |
O mágico. Chegou à Europa proveniente do Corinthians Alagoano e com
destino ao Benfica,
mas nunca chegou a jogar de águia ao peito. Esteve emprestado ao Alverca,
que ajudou a subir pela primeira vez à I Liga em 1998, e depois rumou ao Salgueiros
por troca com Nandinho.
Em termos de Taça
UEFA, estreou-se em 2000-01 ao participar em dez jogos (oito a titular) na
caminhada até aos quartos de final.
Duas temporadas depois atuou em 12 partidas (sempre a titular) e marcou
um golo ao Denizlispor na campanha que culminou na conquista do troféu. “A
final da Taça
UEFA, com o FC
Porto, foi fantástica. Foi um jogo maluco, muito bom, eletrizante. O Celtic
tinha uma boa equipa, com o Henrik Larsson e outros bons jogadores”, contou ao
site do Chelsea em outubro de 2009.
Relativamente a outras competições, conquistou ainda uma Liga
dos Campeões (2003-04), três campeonatos (1998-99, 2002-03
e 2003-04), três Taças
de Portugal (1999-00,
2000-01
e 2002-03) e duas Supertaças
Cândido de Oliveira (2001 e 2003) de dragão
ao peito.
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