quarta-feira, 16 de fevereiro de 2022

Os 10 jogadores com mais jogos pelo FC Porto na Liga Europa

Dez jogadores importantes na história do FC Porto
Duas vezes vencedor da Taça UEFA/Liga Europa, o FC Porto está prestes a iniciar a sua 16.ª participação na prova, a sexta sob o atual formato.
 
Na estreia na competição, em 1971-72, os dragões foram prontamente afastados logo na primeira ronda pelos franceses do Nantes.
 
Além dos triunfos nas duas finais que disputaram, em 2002-03 sobre o Celtic em Sevilha (3-2) e em 2010-11 sobre o Sp. Braga em Dublin (1-0), os azuis e brancos atingiram os quartos de final em 2000-01 e 2013-14, tendo sido eliminados por Liverpool e Sevilha, respetivamente.
 
No total, 180 futebolistas representaram o FC Porto na Taça UEFA/Liga Europa. Vale por isso a pena recordar os dez que o fizeram por mais vezes.
 

10. Hulk (17 jogos)

Hulk
Disputou o mesmo número de jogos de João Moutinho, mas amealhou mais 73 minutos em campo – 1360 contra 1287.
Givanildo Vieira de Souza, ou Hulk, era um desconhecido quando foi recrutado aos japoneses do Tokyo Verdy no verão de 2008 por um valor que, após aquisição da totalidade do passe, ascendeu aos 19 milhões de euros.
A desconfiança era muita para com um jogador que não tinha feito mais do que dois jogos no Brasileirão pelo Vitória Bahia, mas este atacante robusto e com um pé esquerdo fortíssimo rapidamente conquistou os adeptos.
Após ter competido na Liga dos Campeões durante as duas primeiras épocas de azul e branco, foi importantíssimo para a conquista da Liga Europa em 2010-11, numa campanha em que participou em 15 encontros (14 a titular) e apontou cinco golos, diante de Besiktas (dois), CSKA Moscovo, Spartak Moscovo e Villarreal.
Na temporada seguinte foi utilizado em ambas as partidas da eliminatória diante do Manchester City, não conseguindo evitar o afastamento dos dragões.
Paralelamente, conquistou quatro campeonatos (2008-09, 2010-11, 2011-12 e 2012-13), três Taças de Portugal (2008-09, 2009-10 e 2010-11) e quatro Supertaças (2009, 2010, 2011 e 2012).
“Posso dizer que, em termos de visibilidade no mundo do futebol, do nome que tenho, de ser reconhecido e respeitado em todo o mundo, o FC Porto foi a minha porta de entrada. Cheguei ao FC Porto com 22 anos e estive num dos maiores palcos onde já atuei. Cheguei à Europa vindo do futebol asiático, era pouco conhecido, mas, em pouco tempo, comecei a ganhar o meu espaço, a jogar a Champions e a fazer história no FC Porto. É um clube que tenho no coração e, numa instituição com mais de 120 anos de história, é muito gratificante estar no Museu, fazendo parte dos 11 melhores da história. Tenho uma estátua lá", afirmou ao jornal espanhol As.
 
 
 

9. Vítor Baía (17 jogos)

Vítor Baía
Disputou o mesmo número de jogos de João Moutinho e Hulk, mas amealhou mais minutos em campo: 1590.
Considerado por muitos como o melhor guarda-redes de sempre do futebol português, estreou-se pela equipa principal do FC Porto pela mão de Quinito a 11 de setembro de 1988, à beira de completar 19 anos. Em termos de Taça UEFA, só participou na prova em duas temporadas, mas com 13 anos de distância.
Na primeira presença, em 1989-90, foi utilizado em seis partidas e sofreu sete golos. Na segunda, em 2002-03, foi um dos esteios da equipa que venceu a competição, ao atuar em onze encontros e sofrer apenas oito golos.
“Foi muito emocionante e um sentimento de orgulho. Foi fantástico. Tivemos o privilégio e a sorte de fazer parte de um dos mais belos e marcantes momentos da história do FC Porto e também de a poder escrever, a letras de ouro. (…) A emoção da final foi indescritível e aqueles cinco minutos finais foram os mais difíceis da minha vida, porque sabíamos que eles iriam fazer tudo para chegar ao empate: iam jogar de forma mais direta. Na minha cabeça só havia um pensamento: este é o nosso momento. Já tinha vencido a Taça das Taças com o Barcelona, mas este [troféu], para mim e para os meus companheiros, era um sonho”, afirmou ao site oficial da UEFA, sobre a conquista da Taça UEFA, em maio de 2020.
Paralelamente, conquistou dez campeonatos (1989-90, 1991-92, 1992-93, 1994-95, 1995-96, 1998-99, 2002-03, 2003-04, 2005-06 e 2006-07), seis Taças de Portugal (1987-88, 1990-91, 1993-94, 1999-00, 2002-03 e 2005-06), nove Supertaças (1990, 1991, 1993, 1994, 1999, 2001, 2003, 2004 e 2006) e uma Liga dos Campeões (2003-04).
 
 
 

8. Alenichev (18 jogos)

Alenichev
Médio internacional russo, foi contratado pelo FC Porto à AS Roma no verão de 2000 por cerca de três milhões de euros, uma verba considerada avultada na altura.
Embora nunca se tivesse estabelecido propriamente como um titular indiscutível, foi sempre muito utilizado pelos três treinadores que o orientaram no emblema da Invicta: Fernando Santos, Octávio Machado e José Mourinho.
Na primeira época de azul e branco, em 2000-01, atuou em sete partidas (cinco a titular) e marcou um golo ao Wisla Cracóvia na caminhada até aos quartos de final da Taça UEFA.
Duas épocas depois, participou em onze encontros (sete a titular) e faturou diante de Denizlispor e do Celtic (na final) numa campanha que culminou na conquistou do troféu.
Paralelamente, venceu uma Liga dos Campeões (2003-04), dois campeonatos (2002-03 e 2003-04), duas Taças de Portugal (2000-01 e 2002-03) e uma Supertaça Cândido de Oliveira (2003).
 
 
 

7. Capucho (18 jogos)

Capucho
Disputou o mesmo número de jogos de Alenichev, mas amealhou mais 14 minutos em campo – 1151 contra 1137.
Um talento incrível, mas recorrentemente esquecido quando se fala em grandes jogadores que atuaram de dragão ao peito. Contratado ao Vitória de Guimarães em 1997, já após ter passado pelo Sporting, teve de esperar pela quarta temporada nas Antas para jogar de azul e branco nas Taça UEFA – antes, só na Liga dos Campeões.
Em 2000-01 participou em dez partidas (cinco a titular) na caminhada até aos quartos de final da competição.
Duas épocas depois foi utilizado em oito encontros (seis a titular) e marcou um golo ao Denizlispor numa campanha que culminou na conquistou do troféu.
Paralelamente, conquistou três campeonatos (1997-98, 1998-99 e 2002-03), quatro Taças de Portugal (1997-98, 1999-00, 2000-01 e 2002-03) e três Supertaças Cândido de Oliveira (1998, 1999 e 2001).
 
 
 

6. Simões (18 jogos)

Simões
Disputou o mesmo número de jogos de Alenichev e Capucho, mas amealhou mais minutos em campo: 1629.
Defesa central nascido em Coimbra e que despontou na Académica, transferiu-se para o FC Porto no verão de 1974.
Embora apareça apenas na sexta posição desta lista, é o jogador deste top 10 com mais participações em diferentes edições da Taça UEFA: cinco (1974-75, 1975-76, 1976-77, 1980-81 e 1982-83). Apenas António Oliveira e Rodolfo Reis estão nesse patamar.
Ao longo dessa meia dezena de épocas a competir na segunda prova de clubes da Europa, amealhou 18 partidas (todas como titular). O melhor que conseguiu coletivamente foi atingir a terceira eliminatória em 1975-76.
Paralelamente, conquistou dois campeonatos (1977-78 e 1978-79), uma Taça de Portugal (1976-77) e uma Supertaça Cândido de Oliveira (1981).
 
 

5. Fernando (19 jogos)

Fernando
Proveniente do modesto Vila Nova, mas com carimbo de seleção brasileira, foi contratado pelo FC Porto no verão de 2007, mas imediatamente emprestado ao Estrela da Amadora, clube pelo qual ganhou rodagem competitiva na I Liga portuguesa.
Voltou ao Dragão um ano depois, já sem Paulo Assunção no plantel, e assumiu a titularidade do meio-campo portista ao lado de Raúl Meireles e Lucho González. Apareceu pela primeira vez no onze num clássico no Estádio da Luz e não mais perdeu o lugar.
Após duas épocas a jogar na Liga dos Campeões, em 2010-11 atuou em 12 partidas (todos como titular) numa campanha que culminou na conquista da Liga Europa.
Na temporada seguinte participou em dois jogos, enquanto em 2013-14 foi utilizado em cinco encontros na caminhada até aos quartos de final, sempre na condição de titular.
Noutro âmbito, conquistou quatro campeonatos (2008-09, 2010-11, 2011-12 e 2012-13), três Taças de Portugal (2008-09, 2009-10 e 2010-11) e cinco Supertaças Cândido de Oliveira (2009, 2010, 2011, 2012 e 2013).
 
 
 

4. Varela (20 jogos)

Silvestre Varela
Extremo formado no Sporting, foi recrutado ao Estrela da Amadora no verão de 2009 e depressa se tornou uma peça imprescindível nos dragões e um jogador a ter em conta para a seleção nacional.
Na segunda temporada na Invicta, em 2010-11, foi utilizado em dez partidas (cinco a titular) e marcou um golo ao Spartak Moscovo na campanha que culminou na conquista da Liga Europa. “Os adeptos não esquecem momentos como aquele e eu também não. Foram momentos inesquecíveis e emocionantes”, recordou em julho de 2021.
Na época seguinte atuou em dois jogos (todos a titular) e marcou um golo ao Manchester City.
Em 2013-14 somou seis encontros (sempre no onze inicial) e um golo ao Eintracht Frankfurt na caminhada até aos quartos de final da Liga Europa.
Por fim, em 2015-16, participou em duas partidas na eliminatória de má memória ante o Borussia Dortmund.
Paralelamente, foi tricampeão nacional (2010-11, 2011-12 e 2012-13) e venceu duas Taças de Portugal (2009-10 e 2010-11) e cinco Supertaças Cândido de Oliveira (2009, 2010, 2011, 2012 e 2013).
 
 
 

3. Jorge Costa (20 jogos)

Jorge Costa
Disputou o mesmo número de jogos de Silvestre Varela, mas amealhou mais 559 minutos em campo – 1739 contra 1180.
Não podia faltar o “bicho” nesta lista. Campeão mundial de sub-20 em Lisboa em 1991 tal como Capucho, foi formado no FC Porto, mas teve de rodar no Penafiel e no Marítimo antes de chegar à equipa principal dos dragões em 1992-93.
No entanto, por forças das constantes participações dos azuis e brancos na Liga dos Campeões, Jorge Costa só se estreou na Taça UEFA em 2000-01, época em que atuou em oito jogos (todos como titular) na caminhada até aos quartos de final.
Duas temporadas depois foi utilizado em 12 encontros (sempre no onze inicial) numa campanha que culminou na conquistou do troféu. “[A goleada à Lazio nas meias-finais] foi muito útil para a Champions League do ano a seguir. Fizemos um grande jogo contra uma excelente equipa, pois, como sabemos, e ainda é assim, quando uma formação italiana se encontra na frente do marcador tornam-se ainda mais perigosa. este foi o jogo que fez a diferença e que nos marcou, ao mesmo tempo que nos mostrou que tudo era possível, que nos era permitido sonhar, pois penso que fizemos tudo de forma perfeita”, recordou ao site oficial da UEFA em maio de 2020.
Noutro âmbito, conquistou uma Liga dos Campeões (2003-04), uma Taça Intercontinental (2004), oito campeonatos (1992-93, 1994-95, 1995-96, 1996-97, 1997-98, 1998-99, 2002-03 e 2003-04), cinco Taças de Portugal (1993-94, 1997-98, 1999-00, 2000-01 e 2002-03) e cinco Supertaças Cândido de Oliveira (1994, 1996, 1998, 1999 e 2001).
 
 
 

2. Helton (20 jogos)

Helton
Disputou o mesmo número de jogos de Silvestre Varela e Jorge Costa, mas amealhou mais minutos em campo: 1800.
Guarda-redes ágil, com grande qualidade a jogar com os pés, capacidade para colocar a bola à distância com as mãos e selo das seleções jovens brasileiras, chegou a Portugal no início de 2003 pela porta da União de Leiria, proveniente do Vasco da Gama.
Nos leirienses rapidamente destronou Costinha e passados dois anos rumou ao Dragão para dar luta a Vítor Baía. Na primeira metade da 2005-06 o treinador holandês Co Adriaanse mostrou preferência pelo internacional português, mas na segunda metade da época o brasileiro agarrou a titularidade e remeteu o histórico guardião, na altura já um veterano, para o banco.
Após ter ajudado os azuis e brancos a ultrapassar a fase de grupos da Liga dos Campeões em quatro temporadas consecutivas, conquistou a Liga Europa em 2010-11, numa campanha em que foi utilizado em 15 jogos e sofreu 14 golos. “Além de a taça ser muito pesada, é um presente maravilhoso. Eu fiz o aniversário, mas estamos todos de parabéns. Sabíamos que não seria fácil e confirmou-se. Mas, com humildade, conseguimos vencer a Liga Europa”, afirmou o guarda-redes, que comemorou o 33.º aniversário no dia da final de Dublin.
Na temporada seguinte atuou em duas partidas e sofreu seis golos na eliminatória frente ao Manchester City, enquanto em 2013-14 foi utilizado em três encontros e sofreu cinco golos na caminhada até aos quartos de final.
Paralelamente, conquistou sete campeonatos (2005-06, 2006-07, 2007-08, 2008-09, 2010-11, 2011-12 e 2012-13), quatro Taças de Portugal (2005-06, 2008-09, 2009-10 e 2010-11) e seis Supertaças Cândido de Oliveira (2006, 2009, 2010, 2011, 2012 e 2013).
 
 
 

1. Deco (22 jogos)

Deco
O mágico. Chegou à Europa proveniente do Corinthians Alagoano e com destino ao Benfica, mas nunca chegou a jogar de águia ao peito. Esteve emprestado ao Alverca, que ajudou a subir pela primeira vez à I Liga em 1998, e depois rumou ao Salgueiros por troca com Nandinho.
Em pouco mais de meia época em Paranhos afirmou-se de tal maneira que foi contratado pelo FC Porto, tendo sido preponderante nas conquistas europeias dos dragões no início do século XXI.
Em termos de Taça UEFA, estreou-se em 2000-01 ao participar em dez jogos (oito a titular) na caminhada até aos quartos de final.
Duas temporadas depois atuou em 12 partidas (sempre a titular) e marcou um golo ao Denizlispor na campanha que culminou na conquista do troféu. “A final da Taça UEFA, com o FC Porto, foi fantástica. Foi um jogo maluco, muito bom, eletrizante. O Celtic tinha uma boa equipa, com o Henrik Larsson e outros bons jogadores”, contou ao site do Chelsea em outubro de 2009.
Relativamente a outras competições, conquistou ainda uma Liga dos Campeões (2003-04), três campeonatos (1998-99, 2002-03 e 2003-04), três Taças de Portugal (1999-00, 2000-01 e 2002-03) e duas Supertaças Cândido de Oliveira (2001 e 2003) de dragão ao peito.
 








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