Jogadores brasileiros festejam vitória na competição |
Nunca fui pessoa para ficar
acordado até de madrugada para ver futebol. Recordo-me de uma noitada a ver a
final do Campeonato do Mundo de sub-20 entre Portugal e Brasil em 2011, um ou
outro jogo da seleção portuguesa no continente americano e pouco mais. Por
isso, nunca fui um seguidor acérrimo da Copa América.
A primeira edição de que tenho
memória é a de 2004, até porque na anterior, em 2001, eu ainda não tinha TV Cabo em casa. E na realidade,
passados estes anos todos, só me recordo da final, entre Brasil e Argentina.
Nesse torneio, o Brasil de Carlos
Alberto Parreira apresentou uma espécie de versão B, sem pesos pesados como
Dida, Roque Júnior, Cafu, Roberto Carlos, Edmílson, Juninho Pernambucano, Zé
Roberto, Kaká, Ronaldo ou Ronaldinho. Em vez disso, o escrete apresentou muitos jogadores a atuar no Brasileirão, como
Júlio César e Felipe (Flamengo),
Fábio (Vasco),
Gustavo Nery e Luís Fabiano (São
Paulo), Maicon, Cris e Alex (ambos do Cruzeiro),
Renato e Diego (Santos),
Luiz Cláudio (Botafogo)
e Adriano (Coritiba). Dos jogadores a atuar na Europa, só o avançado Adriano –
curiosamente o melhor marcador da competição – é que era titular numa equipa de
topo, o Inter
de Milão. De resto: Mancini (AS
Roma), Luisão (Benfica),
Juan (Bayer
Leverkusen), Marcelo Bordon (Estugarda), Kléberson (Manchester
United), Edú (Arsenal),
Júlio Baptista (Sevilha),
Ricardo
Oliveira (Valência)
e Vágner Love (CSKA
Moscovo).
Já a albiceleste metia a carne toda no assador, com craques consagrados
como Roberto Ayala (Valência),
Gabriel Heinze (Paris
SG), Javier Zanetti e Kily González (ambos do Inter
de Milão) e Javier Saviola (Barcelona)
e jovens bastante promissores como Fabricio Coloccini (Villarreal),
Javier Mascherano e Lucho González (River
Plate) e Carlos Tévez (Boca
Juniors).
Mais uma vez, não assisti ao
encontro, mas recordo-me do desfecho, do resultado concreto e do autor de um
dos golos, o então central benfiquista
Luisão.
“Contra Kily Gonzalez, Tévez e
Ayala, a solução foi fazer também cara feia. E após um jogo movimentado, mas
decidido em uma jogada das mais feias, veio o resultado: vitória suada, nos
penaltis, e mais um título para o futebol brasileiro. A 14ª conquista em dez
anos”, pode ler-se no UOL.
Ainda sobre a Copa América 2004,
o Uruguai foi 3.º classificado, ao passo que a Colômbia concluiu o torneio em
4.º lugar. Peru, Costa Rica, Paraguai e México foram eliminadas nos quartos de
final, ao passo que Bolívia, Venezuela, Equador e Chile se ficaram apenas pela
fase de grupos.
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