domingo, 13 de junho de 2021

A minha primeira memória de… uma Copa América

Jogadores brasileiros festejam vitória na competição
Nunca fui pessoa para ficar acordado até de madrugada para ver futebol. Recordo-me de uma noitada a ver a final do Campeonato do Mundo de sub-20 entre Portugal e Brasil em 2011, um ou outro jogo da seleção portuguesa no continente americano e pouco mais. Por isso, nunca fui um seguidor acérrimo da Copa América.
 
A primeira edição de que tenho memória é a de 2004, até porque na anterior, em 2001, eu ainda não tinha TV Cabo em casa. E na realidade, passados estes anos todos, só me recordo da final, entre Brasil e Argentina.
 
Nesse torneio, o Brasil de Carlos Alberto Parreira apresentou uma espécie de versão B, sem pesos pesados como Dida, Roque Júnior, Cafu, Roberto Carlos, Edmílson, Juninho Pernambucano, Zé Roberto, Kaká, Ronaldo ou Ronaldinho. Em vez disso, o escrete apresentou muitos jogadores a atuar no Brasileirão, como Júlio César e Felipe (Flamengo), Fábio (Vasco), Gustavo Nery e Luís Fabiano (São Paulo), Maicon, Cris e Alex (ambos do Cruzeiro), Renato e Diego (Santos), Luiz Cláudio (Botafogo) e Adriano (Coritiba). Dos jogadores a atuar na Europa, só o avançado Adriano – curiosamente o melhor marcador da competição – é que era titular numa equipa de topo, o Inter de Milão. De resto: Mancini (AS Roma), Luisão (Benfica), Juan (Bayer Leverkusen), Marcelo Bordon (Estugarda), Kléberson (Manchester United), Edú (Arsenal), Júlio Baptista (Sevilha), Ricardo Oliveira (Valência) e Vágner Love (CSKA Moscovo).
 
Já a albiceleste metia a carne toda no assador, com craques consagrados como Roberto Ayala (Valência), Gabriel Heinze (Paris SG), Javier Zanetti e Kily González (ambos do Inter de Milão) e Javier Saviola (Barcelona) e jovens bastante promissores como Fabricio Coloccini (Villarreal), Javier Mascherano e Lucho González (River Plate) e Carlos Tévez (Boca Juniors).



 
Mais uma vez, não assisti ao encontro, mas recordo-me do desfecho, do resultado concreto e do autor de um dos golos, o então central benfiquista Luisão.
 
O Brasil conquistou o sétimo título continental da sua história ao vencer por 4-2 no desempate por grandes penalidades após um empate a dois no final dos 90 minutos, em Lima, no Peru. Kily González abriu o ativo para os argentinos aos 21 minutos, na conversão de uma grande penalidade; Luisão empatou aos 45+1', de cabeça, na resposta a um livre lateral de Alex; César Delgado colocou a albiceleste novamente em vantagem através de um remate cruzado aos 87 minutos; porém, no último suspiro, Adriano atirou a decisão para prolongamento numa fase em que o escrete já se limitava a bombear bolas para a área (90+3'). No desempate por penáltis, a Argentina desperdiçou os dois primeiros – apontados por D'Alessandro e Heinze - e permitiu que, no quarto pontapé para o Brasil, Juan desse a vitória à canarinha.
 
“Contra Kily Gonzalez, Tévez e Ayala, a solução foi fazer também cara feia. E após um jogo movimentado, mas decidido em uma jogada das mais feias, veio o resultado: vitória suada, nos penaltis, e mais um título para o futebol brasileiro. A 14ª conquista em dez anos”, pode ler-se no UOL.
 
 
Ainda sobre a Copa América 2004, o Uruguai foi 3.º classificado, ao passo que a Colômbia concluiu o torneio em 4.º lugar. Peru, Costa Rica, Paraguai e México foram eliminadas nos quartos de final, ao passo que Bolívia, Venezuela, Equador e Chile se ficaram apenas pela fase de grupos.
 

 








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