Atacante Diego Souza assinou pelo Grêmio até ao final de 2020 |
Quando foi contratado ao
Fluminense
pelo Benfica no verão de 2006, Diego
Souza era um médio mas não necessariamente um médio ofensivo.
Fez a pré-época com Fernando Santos, disputou vários particulares
e foi convocado para as duas mãos da 3.ª pré-eliminatória da Liga
dos Campeões frente ao Áustria Viena e para um jogo diante do
Nacional para o campeonato, mas não chegou a estrear-se oficialmente
pelo clube da Luz. Foi emprestado ao Grêmio
na segunda parte da época, transferido para o Palmeiras
no ano seguinte e raramente se voltou a falar dele em Portugal.
Durante todo este tempo,
correu meio Brasileirão,
passou pelos sauditas do Al Ittihad, pelos ucranianos do Metalist e
foi internacional carinho por sete vezes, com dois golos apontados.
Percorreu praticamente todas as posições do meio-campo para a
frente até chegar à de ponta de lança, tendo sido o melhor
marcador do campeonato
brasileiro em 2016, ao serviço dos pernambucanos do Sport do
Recife. Por estes dias, aos 34 anos, foi anunciado como reforço do
Grêmio, regressando ao clube 13 anos depois com o intuito de
preencher uma das vagas deixadas em aberto no ataque gremista
pelas saídas de homens como Luan, Diego Tardelli e Felipe Vizeu.
Físico tornou-se um ponto a favor
O físico pesado, que lhe
causou problemas e motivou críticas, é atualmente um ponto a favor
do centroavante
que agora regressou ao tricolor gaúcho. Ao 1,86 m de
altura junta-se uma robustez corporal que faz dele um autêntico
tanque, a quem é muito difícil de roubar a bola. Por ser
corpulento, aguenta bem as cargas, conseguindo proteger o esférico
durante largos segundos, tanto a contemporizar de costas para a
baliza à espera de um companheiro para lhe passar a bola como a
conduzi-la, embora não seja muito rápido.
Muito solicitado nas
chamadas primeiras bolas, bombeadas da defesa diretamente para o
ataque, é forte no jogo aéreo e por isso ganha muitas vezes esse
tipo de lances, mas apesar do aspeto pesado e desses atributos, não
se fixa na área, bem pelo contrário. Gosta de recuar e aparecer nos
flancos, nas zonas que pisava mais frequentemente quando era médio
ou extremo, para participar na elaboração dos ataques. E mesmo em
zona de definição, não revela egoísmo, servindo muitas vezes
companheiros em melhor posição. Embora tenha passado por uma
transformação tática que lhe tem permitido a ele e às equipas que
representa tirar um melhor partido das suas características, vai
mostrando que não se esqueceu das movimentações e das tarefas que
tinha quando atuava em posições mais recuadas.
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