Simão inaugurou o marcador no dérbi de fevereiro de 2002 |
Comecei a acompanhar
futebol em meados de 2000, mas não me recordo nem dos dérbis de
2000/01, em que Benfica venceu na Luz e Belenenses no Restelo, ambos
por 1-0, nem do da primeira volta de 2001/02, um empate a um golo no
terreno dos azuis. Nem resultado, nem uma eventual incidência. Zero.
O primeiro de que tenho
algumas memórias foi o dérbi da Luz de 17 de fevereiro de 2002, em
que os encarnados venceram por 2-1. Não o vi em direto nem tão
pouco ao vivo, recordava-me vagamente do resultado, mas o que me
retive desse encontro foi de um lance polémico na área dos
visitantes.
Na reta final do
encontro, com o resultado empatado a um golo, é assinalado um livre
indireto na área do Belenenses, por atraso do central Wilson ao
guarda-redes Marco Aurélio. Até aí tudo bem. Depois, Simão toca
na bola, Drulovic coloca-a dentro da baliza e o árbitro Martins dos
Santos anula o golo, ao abrigo da lei, que diz que “a bola entra em
jogo logo que seja pontapeada e se mova”. A questão é que a bola
foi tocada, é verdade, mas não se terá movido. Infelizmente, não
dispomos neste espaço de imagens do jogo para ilustrar o que se
passou.
“Do livre só saiu
polémica, mas, estranho, o Belenenses ficou mais afetado do que o
Benfica. Tão afetado que as marcações afrouxaram e, por uma vez
na esquerda, Drulovic encontrou inspiração para servir Jankauskas”,
escreveu
o Maisfutebol, em alusão ao golo desvio de Edgaras Jankauskas
ao minuto 90, logo a seguir ao lance polémico.
Antes, no final da
primeira parte, houve um golo para cada lado. “O jogo decorria
alegre como os regatos das poesias fáceis quando apareceu Simão.
Quer dizer, aparecer é mesmo para dar jeito, pois o extremo há
muito andava por ali, fazendo por ser o melhor em campo. O golo,
perto do intervalo, ajudou. O remate saiu feliz e consumou um momento
de perfeição”, pode
ler-se na crónica do portal desportivo, acerca do golo inaugural
aos 40 minutos.
“Acontece que este
Benfica não nasceu para ser feliz. Só isso pode explicar que três
minutos depois o Belenenses tenha aproveitado um pontapé de canto
para empatar. Tudo parado, Pedro Henriques por ali, golo”,
prosseguiu
sobre o golo do empate, da autoria de Verona aos 43 minutos.
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