domingo, 10 de março de 2019

A minha primeira memória de… um dérbi entre Benfica e Belenenses

Simão inaugurou o marcador no dérbi de fevereiro de 2002
Comecei a acompanhar futebol em meados de 2000, mas não me recordo nem dos dérbis de 2000/01, em que Benfica venceu na Luz e Belenenses no Restelo, ambos por 1-0, nem do da primeira volta de 2001/02, um empate a um golo no terreno dos azuis. Nem resultado, nem uma eventual incidência. Zero.

O primeiro de que tenho algumas memórias foi o dérbi da Luz de 17 de fevereiro de 2002, em que os encarnados venceram por 2-1. Não o vi em direto nem tão pouco ao vivo, recordava-me vagamente do resultado, mas o que me retive desse encontro foi de um lance polémico na área dos visitantes.


Na reta final do encontro, com o resultado empatado a um golo, é assinalado um livre indireto na área do Belenenses, por atraso do central Wilson ao guarda-redes Marco Aurélio. Até aí tudo bem. Depois, Simão toca na bola, Drulovic coloca-a dentro da baliza e o árbitro Martins dos Santos anula o golo, ao abrigo da lei, que diz que “a bola entra em jogo logo que seja pontapeada e se mova”. A questão é que a bola foi tocada, é verdade, mas não se terá movido. Infelizmente, não dispomos neste espaço de imagens do jogo para ilustrar o que se passou.

“Do livre só saiu polémica, mas, estranho, o Belenenses ficou mais afetado do que o Benfica. Tão afetado que as marcações afrouxaram e, por uma vez na esquerda, Drulovic encontrou inspiração para servir Jankauskas”, escreveu o Maisfutebol, em alusão ao golo desvio de Edgaras Jankauskas ao minuto 90, logo a seguir ao lance polémico.



Antes, no final da primeira parte, houve um golo para cada lado. “O jogo decorria alegre como os regatos das poesias fáceis quando apareceu Simão. Quer dizer, aparecer é mesmo para dar jeito, pois o extremo há muito andava por ali, fazendo por ser o melhor em campo. O golo, perto do intervalo, ajudou. O remate saiu feliz e consumou um momento de perfeição”, pode ler-se na crónica do portal desportivo, acerca do golo inaugural aos 40 minutos.

“Acontece que este Benfica não nasceu para ser feliz. Só isso pode explicar que três minutos depois o Belenenses tenha aproveitado um pontapé de canto para empatar. Tudo parado, Pedro Henriques por ali, golo”, prosseguiu sobre o golo do empate, da autoria de Verona aos 43 minutos.


























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