Willian e Oscar: curto para quem sonha com a Champions |
Costuma-se dizer que os avançados
ganham jogos mas as defesas é que ganham campeonatos. Essa frase assenta que
nem uma luva ao Chelsea de José Mourinho.
Sobretudo na segunda parte da
temporada passada, a turma de Stamford Bridge geriu a liderança da Premier
League de uma forma calculista e resultadista, fazendo-se valer de uma
consistência defensiva que, organização coletiva à parte, muito tem a ver com a
qualidade dos seus homens mais recuados:
Courtois é indiscutivelmente um
dos melhores guarda-redes do mundo; Cahill e Terry, juntos, formam uma das
duplas mais coesas do planeta; Ivanovic é um autêntico protótipo de lateral (e
jogador) completo; e Azpilicueta, destro que ocupou na maioria dos jogos o lado
esquerdo da defesa… cumpriu. E ainda há Matic, o médio mais recuado, outro
futebolista de elite, como nós portugueses muito bem pudemos constatar. Contudo,
em caso de indisponibilidade de um destes seis, encontrar substituto à altura
torna-se um sério problema.
Já ofensivamente a equipa teve
momentos distintos na temporada. Começou muito bem, com goleadas, incluindo o
6-3 em Goodison Park, diante do Everton. Aí funcionava no seu esplendor a arte
do último passe de Fàbregas e o oportunismo de Diego Costa. A partir de
janeiro, o catalão foi-se eclipsando, o hispano-brasileiro ressentiu-se cada
vez mais dos seus problemas na coxa e os blues
tornaram-se menos concretizadores. Nessa altura emergiu Eden Hazard, que foi
tirando coelhos da cartola e ofereceu ao Chelsea várias vitórias pela margem
mínima.
A grande forma do belga e a
consistência defensiva não chegaram, no entanto, para superar o PSG nos oitavos
de final da Liga dos Campeões. E percebe-se porquê. Hazard é um grande jogador,
talvez o melhor da Premier League, mas estará entre os três ou cinco melhores
do mundo?
Creio que não. A grande estrela
do plantel de Mourinho estará talvez até uns furos abaixo de Neymar, que nem é
o melhor do Barça, e ao nível de Suárez, Bale, Ibrahimovic, Robben e Aguero. E
claro, ainda longe do nível colossal de Cristiano Ronaldo e Lionel Messi.
Mas mais importante do que isso,
o antigo craque do Lille não tem companhia à altura no jogo de ataque dos
londrinos, onde geralmente apoia o ponta de lança ao lado de Oscar e Willian. Pergunto:
Quantos Oscares e Willians andam por aí no futebol europeu? Diria que cada
equipa de Top10 europeu tem pelo menos dois jogadores de qualidade similar ou
superior para as posições mais criativas e algumas ainda têm alguém de valor
idêntico no banco de suplentes. A alternativa ao duo brasileiro é Cuadrado (ou
adiantar Fàbregas), que para já tem-se revelado um autêntico flop.
Cuadrado ainda não justificou investimento de €32 milhões |
Se essas armas serviram para
vencer a Premier League e ainda assim em boa parte de uma forma bastante
pragmática, na Liga dos Campeões o caso muda de figura. Comparado com todo o
arsenal ofensivo de Barcelona, Real Madrid, Bayern e PSG, os homens de ataque
do Chelsea não oferecem grandes condições para fazer sonhar José Mourinho, que
ainda persegue a primeira Champions pelo clube londrino. Falta ao special one ter um leque de opções mais…
especial.
Excelente Artigo
ResponderEliminarParabéns!!!