São inúmeros os casos de
futebolistas brasileiros que, perante a dificuldade para jogar pelo escrete, naturalizam-se por outros
países, onde se podem tornar verdadeiramente relevantes. Deco, Pepe e Liedson
fizeram-no para representar Portugal, assim como Marcos Senna o fez
anteriormente por Espanha e Thiago Motta por Itália, entre outros.
Diego Costa é um caso diferente.
Ele não optou pelo mais fácil. Podia ter evitado uma sempre polémica
naturalização, mas não o fez. Como disse Luiz Felipe Scolari, «virou as costas
ao sonho de milhões de brasileiros».
Poderia ter optado pelo seu país,
onde não existem opções tão fortes para o lugar de ponta-de-lança como no
passado. Fred e Jô, avançados de Fluminense e Atlético Mineiro, respetivamente,
jogam no competitivo campeonato brasileiro, mas que não tem a qualidade,
intensidade e disciplina das principais ligas europeias. Diego Costa teria as
portas da titularidade escancaradas, mas declinou a situação.
Curiosamente, escolheu a seleção
espanhola, que pauta por jogar muitas vezes… sem ponta-de-lança. Fàbregas é por
diversas ocasiões o falso 9, e não é de esperar que Vicente Del Bosque abdique
tantas vezes quanto isso de uma escolha que já lhe deu imensos triunfos.
Poder-se-ia, eventualmente, criticar
o avançado do Atlético Madrid por ter escolhido a equipa nacional que mais possibilidade
terá de vencer o Mundial-2014. Mas a jogar em casa, depois da vitória na Taça
das Confederações e pela potência futebolística que é, neste momento o Brasil é
tão ou mais favorito que la roja.
A 13 de julho já saberemos se a
decisão impopular e teoricamente desfavorável que Diego Costa tomou para si
próprio, valeu ou não a pena.
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