Juventus com um pé dos Oitavos
Esta noite, no Juventus Stadium,
em Turim, a Juventus derrotou o Trabzonspor por 2-0, na primeira-mão dos
16-avos-de-final da Liga Europa. Osvaldo e Pogba apontaram os golos.
Eis a constituição das
equipas:
Juventus
Falhado
o apuramento para os Oitavos-de-final da Liga dos Campeões, a bicampeã e líder
da Serie A foi repescada para a Liga Europa, competição que venceu em três
ocasiões: 1976/77, 1989/90 e 1992/93. Curiosamente, Antonio Conte, atual
treinador, integrava o plantel bianconeri
em 1993.
Vucinic
está lesionado.
Trabzonspor
O
Trabzonspor, 9º no campeonato turco, conseguiu passar à fase a eliminar na Liga
Europa depois de ter terminado na liderança o Grupo J, à frente de Lazio,
Apollon Limassol e Légia Varsóvia.
Caso
ultrapasse esta eliminatória, os otomanos igualarão o seu melhor registo na
prova europeia, atingindo os Oitavos-de-final, tal como em 1991/92 e 1994/95.
Malouda
está lesionado.
O
português Bosingwa e o austríaco Janko (ex-FC Porto) integram o plantel.
Cronómetro:
Juventus dominadora nos primeiros minutos. Trabzonspor na
expetativa.
O Trabzonspor privilegia um estilo de posse e com muito
jogo interior. Prova disso é a forma como os seus extremos (Olcan Adin e Ozer
Hurmaci) conduzem a bola para a zona central.
A Juve defende em 5x3x2, com os alas a recuarem para junto
dos defesas, e os três médios formarem uma linha não muito distante da do
quinteto defensivo.
Intervalo.
Trabzonspor consegue trocar a bola no meio-campo bianconeri, mas sem conseguir progredir.
90+2’
Cruzamento/remate de Giovinco desviado para canto por Giovinco.
90+4’ Tévez serviu Pogba, que à
entrada da área não vacilou.
Sem mais ocorrências até final, confirmou-se o triunfo da
Juventus.
Análise:
A Juventus entrou com uma atitude dominadora, embora pouco
acutilante. Conseguia fazer circular a bola no último terço, perante o
Trabzonspor, na expetativa e à procura do erro adversário.
À passagem do quarto de hora, Osvaldo aproveitou um
ressalto depois de Aykut Demir cabecear involuntariamente o esférico, para
inaugurar o marcador.
O domínio bianconeri
continuou, e raramente os turcos conseguiam constituir oposição. Conseguiam
até trocar a bola no meio-campo transalpino, com os seus extremos a fletirem
para zonas interiores, mas sem progressão.
No segundo tempo a toada foi a mesma. No entanto, a
Juventus foi adormecendo e quase que pagou caro por isso. Nos últimos vinte
minutos o conjunto orientado por Hami Mandirali esteve bastante próximo de empatar,
e efetivamente até conseguiu marcar, mas o golo foi anulado, porque
supostamente, no lance anterior a bola tinha saído pela linha de baliza.
Num final de encontro de parada e resposta, com
oportunidades para os dois lados, Pogba ameaçou primeiro aos 90’ , tendo acertado no poste,
mas conseguiu mesmo faturar já em tempo de descontos, resolvendo praticamente a
eliminatória.
Analisando os atletas em campo, começando pelos da Juventus…
Buffon teve uma noite descansada;
Martín Cáceres apontou uma exibição segura; Bonucci
comandou o trio defensivo, sendo dos três aquele que tem mais habilidade para
sair a jogar; e Ogbonna é poderoso fisicamente mas tem bastantes
fragilidades técnicas;
Isla e Peluso acusaram a falta de ritmo e estiveram longe de conseguir
ser tão acutilantes ofensivamente como Lichtsteiner e Asamoah; Pirlo
passeou a sua classe e capacidade de passe; Pogba é muito forte
fisicamente, tendo em conta a sua tenra idade (20 anos), e melhorou de
rendimento da primeira para segunda parte, ameaçou primeiro, perto dos descontos,
com um remate ao poste, e depois viria mesmo a marcar; e Marchisio
realizou uma exibição de bom nível, um todo-o-terreno que ajudou na recuperação
da bola mas também na construção de jogo;
Tévez fez a assistência para o 2-0 e esteve muito aguerrido, e através da sua
persistência e capacidade técnica, conseguiu superar adversários mesmo em
inferioridade numérica; e Osvaldo inaugurou o marcador na sua estreia a
titular;
Vidal trouxe agressividade à equipa
no momento defensivo, ajudando a uma mais rápida recuperação de bola; Llorente
refrescou o ataque, acrescentando mais capacidade para reter o esférico em
zonas adiantadas; e Giovinco deu velocidade e dinâmica ao setor ofensivo.
Quanto aos jogadores do Trabzonspor…
Onur Kivrak não teve responsabilidades nos golos
sofridos, e ainda evitou que outros mais fossem marcados na sua baliza;
Bosingwa precipitou-se por diversas ocasiões, falhando passes e não conseguindo dar
profundidade ao seu corredor; Mustafa Yumlu teve uma noite complicada,
tendo de lidar com os inspirados Tévez e Osvaldo, mas ainda assim mostrou ter
qualidade; Aykut Demir foi infeliz ao tocar involuntariamente a bola de
cabeça, o que serviu de assistência para o 1-0; e Kadir Keles sobe pouco
pelo seu flanco;
Bourceanu tem um aspeto algo pesado, exibe
evidentes fragilidades técnicas, apenas lateralizando o atrasando, ajudando
pouco à progressão da sua equipa, mas é eficiente a patrulhar o meio-campo; Zokora
é um centro-campista muito experiente (33 anos); e Colman tem qualidade
de passe;
Olcan Adin gosta de fletir da direita para o meio,
com a bola colada ao pé esquerdo; Ozer Hurmaci povoa com frequência a
zona central, partindo em diagonal do flanco esquerdo, conduzindo a bola para
dentro ou simplesmente aparecendo nesse espaço a pedir o esférico; e Emre
Güral passou ao lado do jogo, e quando dispôs de uma boa oportunidade para
marcar, intimidou-se e não conseguiu progredir para a baliza de Buffon, depois
de uma oferta de Ogbonna, quando o resultado ainda estava 0-0;
Paulo Henrique entrou para o eixo do ataque,
esteve irrequieto, mas teve a mesma sorte que o jogador que substituiu; e Yusuf
Erdogan foi lançado para o corredor esquerdo; e Mierzejewski entrou
para dar maior propensão ofensiva ao meio-campo, atuando nas costas do
ponta-de-lança.
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