Esta noite, no Estádio Constant Vanden Stock, em Bruxelas, o Anderlecht venceu o Lierse por 4-1, num jogo a contar para a 22ª jornada da Jupiler League. Mbokani, Jovanovic, De Sutter e Vargas marcaram para os “purple & white”, e El-Gabbas para os visitantes.
Eis a constituição das equipas:
Anderlecht
O Anderlecht é o atual
campeão belga (conquistou o título pela 31ª vez) e lidera neste momento o
campeonato, com 49 pontos (oito de vantagem sobre o Zulte Waregem, que é 2º) em
21 jogos.
A formação orientada pelo
holandês John van den Brom tem simultaneamente o melhor ataque (53 golos
marcados) e a melhor defesa (19 sofridos), está numa série de sete vitórias
consecutivas na Liga, e em sua casa ainda não perdeu, tendo vencido as últimas
cinco partidas.
Apesar da hegemonia
exercida no seu país, está já afastado das competições europeias esta época,
depois da eliminação na Liga dos Campeões.
Cheikhou Kouyaté está
lesionado.
Lierse
O
Lierse foi campeão belga por quatro ocasiões (1931/32, 1941/42, 1959/60 e
1996/97), no entanto, na última década tem estado arredado do sucesso, tendo
mesmo estado em escalões inferior por algumas temporadas.
Os “De
Pallieters”, orientados pelo egípcio Hany Ramzy, ocupam o 14º lugar (primeiro
lugar acima da linha de água) na Jupiler League, com os mesmos 18 pontos que o
Beerschot AC, que é 15º, e já não vencem há cinco jogos.
O clube
de Lier já não consegue vencer o Anderlecht desde Novembro de 2002.
Cronómetro:
Início de jogo morno em Bruxelas, com o Anderlecht a ter grande
percentagem de posse de bola, mas sem conseguir criar perigo.
Wils, do meio da rua, atirou por cima.
O gráfico mostrava 67% de posse de bola para o Anderlecht.
Intervalo.
90+1’
El-Gabbas não conseguiu bater Proto.
90+2’ Na resposta a um cruzamento
de Jovanovic pela direita, Vargas com um grande remate “à tesoura” apontou o
quarto golo dos campeões belgas.
Sem mais ocorrências até final, confirmou-se a vitória do Anderlecht.
Análise:
O Anderlecht entrou confiante no jogo, seguro da sua maior capacidade
e de que a vitória não lhe ía fugir, trocando tranquilamente a bola e
mantendo-a na sua posse durante a maior parte do tempo, só que o Lierse, mesmo
com poucos argumentos, criou alguns sobressaltos perto da meia hora, e aí os
campeões belgas colocaram o pé no acelerador e depressa se puseram em vantagem,
por intermédio de Mbokani.
A partir daí as coisas ainda se tornaram mais fáceis, e o segundo golo
ainda apareceu antes do intervalo.
Nos últimos 45 minutos, e mantendo a tranquilidade do primeiro tempo,
a formação orientada por John Van Den Brom chegou ao 3-0 e foi gerindo com um
ritmo pouco intenso o que restava da partida, não se livrando, no entanto, de
sofrer um golo.
Para o último minutos estava guardado o melhor momento do encontro,
com um grande remate de Vargas a valer o 4-1.
Analisando os atletas em campo, começando pelos do Anderlecht…
Proto esteve sempre
concentrado, mesmo limitando-se a assistir às ocorrências à distância, na maior
parte do tempo;
Gillet fez o
cruzamento para o 3-0; Wasilewski esteve seguro; Nuytinck é forte
a ganhar posição sobre os oponentes e em sair a jogar; e Safari fez um
jogo tranquilo, nos capítulos defensivos e ofensivos;
Biglia, dotado
de capacidade de passe e visão de jogo, é o organizador desta equipa, e a
partir de uma posição recuada, fazendo lembrar Pirlo (proporções à parte),
desenhou vários lances perigosos com aberturas no “timing” exacto para os
corredores laterais; Kljestan fez a ligação entre o meio-campo defensivo
e o ataque; Bruno não estava a fazer um jogo muito conseguido, mas foi
dele o cruzamento para o 1-0; e Jovanovic apontou o segundo golo;
Mbokani, possante,
desempenhou o papel de um “9 e meio”, recuando para pegar no jogo, mas
aparecendo também nas zonas de finalização, tendo inaugurado o marcador; e De
Sutter, igualmente poderoso fisicamente, teve um papel influente na
construção do resultado, já que fez a assistência para o 2-0 e marcou o 3-0;
Vargas entrou
cheio de vontade e ainda foi a tempo de marcar um belo golo.
Quanto aos jogadores do Lierse…
Sels, com uma
noite infeliz, sofreu quatro golos dos quais em nenhum foi o principal
responsável;
Dachelet foi
provavelmente a melhor unidade das que compuseram o quarteto defensivo; Saïdi
não marcou convenientemente Mbokani no lance do 1-0, e viu o 4-1 nascer num
erro incrível da sua parte; Ahmed Said ficou com as voltas trocadas com
a finta de corpo de Jovanovic, no 2-0; e Heymans teve uma participação
infeliz nesta partida, já que viu dois golos adversários nascerem pelo seu
lado, e ainda saiu lesionado;
Lambot e Wils
não tiveram andamento para acompanhar os médios e atacantes contrários quando
estes aceleravam o ritmo; e Bourabia mostrou ter bons pés e alguma
criatividade;
Ayew mostrou ser
um jogador inteligente, tanto no critério de passe como na capacidade em ganhar
faltas no meio-campo adversário; El-Gabbas, dos melhores do Lierse,
gosta de flectir da direita para o meio, e apontou o tento de honra da sua
equipa; e Hazurov revelou algum desacerto na finalização;
Aboumosalam
entrou para a posição de lateral-esquerdo, em troca por troca com o lesionado
Heymans; e Hairemans e Vercauteren refrescaram o meio-campo, quer
no sector ofensivo (no primeiro caso) como o defensivo (no segundo).
Com este resultado, fica assim disposta a classificação da Jupiler League:
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