Esta tarde, no Estádio Alfredo da Silva, no Barreiro, o Sintrense derrotou o GD Fabril por 2-1, num jogo a contar para a 6ª jornada da III Divisão – Série E. Divaldo (de grande penalidade) e André Cacito marcaram para a formação de Sintra, e Francisco Cunha para os barreirenses.
Eis a
constituição das equipas:
GD Fabril
Os fabrilistas estão na parte cimeira da tabela, com nove pontos em
cinco jogos, a apenas dois dos líderes Sintrense e Lourinhanense, e ainda não
somaram qualquer derrota.
Ruben Guerreiro está de regresso à competição, após lesão.
Sintrense
O emblema de Sintra é o líder da
prova, com onze pontos em cinco jogos, e a melhor defesa (apenas dois golos
sofridos).
Início de jogo equilibrado no Estádio
Alfredo da Silva, com o Sintrense a mostrar-se forte sobretudo no processo
defensivo e na transição ofensiva.
27’ Remate de Catarino intercetado
sobre a linha, por Pedro Marques.
Praticamente na resposta, Paulo
Letras deixou a bola escapar para Ricardo Delgado, que na cara do guardião
fabrilista acertou na trave.
35’ Carlitos foi derrubado pro Miguel Pimenta na área do Fabril e foi
assinalada uma grande penalidade que Divaldo converteu em golo.
Ao intervalo, Conhé trocou Bolinhas
por Francisco Cunha.
55’ Carlos André, já em esforço,
chutou para fora.
62’ Francisco Cunha atirou por cima.
O Fabril estava a carregar mais no
acelerador, na procura pelo empate.
63’ Miguel Pimenta cedeu o seu lugar
a Rui Martinho.
André Cacito rendeu Jorge Alves.
64’ Na resposta a um cruzamento de Paulo Letras, Rui Martinho cabeceou
ao poste, e na recarga, Francisco Cunha repõe a igualdade.
Com a substituição efetuada, o Fabril
ganhou mais propensão ofensiva, mas perdeu o seu equilíbrio defensivo com a
saída de Miguel Pimenta.
72’ Fábio Freitas substituiu Ruben
Guerreiro.
77’ Tiago Figueiredo foi lançado em
campo, saiu Bobó.
O Sintrense estava mais perigoso, e
aparentava ser a equipa mais próxima de chegar ao 2-1.
79’ Na resposta a um lançamento
lateral de Pedro Pereira, André Cacito cabeceou por cima.
81’ Carlitos desmarcou André Cacito, que atirou para o fundo das redes.
88’ Bruno Cruz viu o segundo cartão
amarelo, e foi expulso.
90+1’ Carlitos foi rendido por Rodri.
Sem mais ocorrências até final,
confirmou-se a vitória do Sintrense, que reforça assim a liderança do
campeonato.
Desde cedo que os homens da Margem
Norte do Tejo revelaram maturidade e organização, tanto na aplicação dos
momentos do jogo, sobretudo na organização defensiva e nas transições, mas
também na matreirice, na forma como ganhavam faltas, como eram solidários e compactos,
e logo aí se avizinhava uma tarefa difícil para o Fabril, que ainda não tinha perdido
esta época.
Já no último quarto de hora da primeira
parte, Carlitos ganhou uma grande penalidade, e face a falta de uma gravação do
lance, deu toda a ideia de que se tratou de uma simulação, no entanto, Divaldo não
se importou com isso e deu vantagem ao conjunto de Sintra.
No segundo tempo os fabrilistas reagiram,
foram atrás do prejuízo, e conseguiu marcar num lance de insistência, só que um
minuto antes, Conhé retirou Miguel Pimenta e lançou Rui Martinho, e se a aposta
até deu frutos pela participação de tal suplente no golo da igualdade, a partir
daí a equipa ressentiu-se defensivamente, pois faltava um homem para equilibrar
o coletivo posicionalmente, compensar as subidas dos centrais, algo que Bruno Cruz
nunca repôs assim que recuou para o duplo “pivot” defensivo, e foi com alguma naturalidade,
que depois de várias ameaçar, o Sintrense chegou ao 2-1 já na reta final, resultado
que não sofreu alterações.
Analisando os atletas em campo,
começando pelos do GD Fabril…
Ruben Luís não teve culpa nos golos
sofridos, e até esteve perto de defender o “penalty”;
Carlos André apoiou o ataque, no
entanto, a maioria das suas subidas foram descompensadas pelos colegas a partir
do 1-1; Rui Correia (ganhou muitas bolas pelo ar) e Marinheiro estiveram muito
expostos a situações de igualdade/inferioridade numérica a partir da saída de
Miguel Pimenta; e Paulo Letras participou no golo do conjunto barreirense, mas
tomou várias más decisões ao longo do encontro;
Luis Conceição foi uma forte presença
física no miolo, no entanto, depois da alteração que Conhé promoveu aos 63’,
passou por dificuldades em segurar o meio-campo; Miguel Pimenta cometeu a
grande penalidade, quando foi substituído, a equipa ficou desequilibrada; e
Bruno Cruz errou passes, perdeu bolas, revelou falta de cultura tática para
jogar no duplo “pivot” defensivo na última meia hora, e acabou expulso;
Ruben Guerreiro, regressado de lesão,
esteve apagado, acusando alguma falta de ritmo e um cansaço precoce; Bolinhas
apareceu pouco; e Catarino teve raras oportunidades para finalizar;
Francisco Cunha apontou o golo de
honra dos fabrilistas; Rui Martinho entrou para as costas do ponta-de-lança,
até foi importante na obtenção do 1-1, mas revelou-se algum ingénuo na
abordagem a vários lances; e Fábio Freitas entrou com imensa vontade, esteve
empenhado e ajudou a fechar o lado direito, mas foi insuficiente para ajudar a
equipa a pontuar.
Quanto aos jogadores do Sintrense…
Hugo Pereira esteve bem quando foi
chamado a intervir;
Pedro Pereira é forte na cobrança de
lançamentos laterais; Telis Mané transmitiu serenidade; Pedro Marques, com uma
grande intervenção conseguiu intercetar um remate de Catarino em cima da linha
de baliza; e Divaldo apareceu com frequência no apoio ao ataque e fez o 0-1 de
grande penalidade;
Sandro Moreira foi o centro-campista
mais posicional; Emanuel posicionou-se numa linha média do meio-campo, mas tem
maior pendor defensivo; e Bobó foi o médio que mais se aproximou dos atacantes;
Ricardo Delgado é muito rápido,
Carlitos é forte no drible, ganhou o “penalty” e fez a assistência para o 1-2,
e ambos não se demitiram de tarefas defensivas; e Jorge Alves mostrou qualidade
e foi importante nas manobras ofensivas;
André Cacito, possante, marcou o golo
da vitória; Tiago Figueiredo refrescou o meio-campo; e Rodri entrou apenas para
queimar algum tempo.
Com este resultado, fica assim
disposta a classificação da III Divisão – Série E:
SINTRA ! SEMPRE CARALHO !
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