Terminada a edição 2011/2012 da Liga dos Campeões da UEFA, é altura de escolher o onze ideal da competição milionária, que foi conquistada pelo Chelsea.
Guarda-redes:
Numa equipa com uma postura assumidamente defensiva, Petr Cech foi um dos pilares do Chelsea, realizando defesas com graus de dificuldade e importância bem elevados, incluindo a uma grande penalidade cobrada por Arjen Robben, no jogo decisivo.
Defesas:
Num Bayern de pendor ofensivo, no qual Robben e Ribéry foram peças fundamentais a transportar a bola, nada seria o mesmo sem o apoio dos laterais na progressão para o ataque, onde Lahm, pela direita, foi extremamente importante, sobretudo na ajuda ao holandês, que geralmente era quem o acompanhava. A defender, foi também muito forte.
Na defesa de betão do Chelsea, no qual também atuaram como centrais Ivanovic, Terry e Cahill, David Luiz falhou os dois encontros com o Barcelona, mas na final e nas fases anteriores, deixou a pele em campo para evitar que os londrinos sofressem golos, fazendo valer a sua agilidade e qualidade no jogo aéreo.
Nos “blues”, só Cech teve mais minutos de jogo do que Ashley Cole, que apesar de ser um lateral baixo, compensa essa carência com concentração e experiência a defender, fechando bem o seu lado, e velocidade a atacar, dando sobretudo até às meias-finais, muita profundidade ao flanco esquerdo do Chelsea.
Médios:
Já com três Ligas dos Campeões nas vitrinas, esta temporada Andrés Iniesta não conseguiu adicionar mais uma ao currículo, no entanto, deliciou a plateia pela sua envolvência no “tiki-taka” no Barcelona, e sobretudo, pelos golos magníficos que marcou na competição, como os remates colocadíssimos como se tivessem tido a ajuda de um bisturi frente ao AC Milan e ao Chelsea, mas sobretudo, o lance de génio frente ao Viktoria Plzen, ainda na fase de grupos.
Ramires foi um autêntico todo-o-terreno nos azuis de Londres. Numa equipa talhada para o contra-ataque, foi médio-ala, fazendo valer a sua resistência e velocidade para percorrer a sua faixa de trás para a frente e da frente para trás durante todo o encontro. Nos quartos-de-final, mostrou tal característica ao progredir dezenas de metros pelo lado direito e dar um golo feito a Kalou, frente ao Benfica. Nas meias, fez um dos tentos mais belos da competição, um fantástico chapéu a Valdés, diante do Barcelona.
Por acumulação de amarelos, falhou a final.
Se falarmos em revelações da Liga dos Campeões 2011/2012, teremos de falar em David Alaba, jovem austríaco do Bayern Munique.
Originalmente um médio, posição na qual está neste onze ideal, o atleta dos bávaros atuou como lateral-esquerdo na fase a eliminar, onde deu bastante profundidade ao flanco e apoiou sobretudo Ribéry. Tal como Ramires, falhou a final por acumulação de amarelos.
Avançados:
Diga-se de passagem que o Real Madrid foi eliminado nas meias-finais, mas quando defrontou o primeiro colosso na competição, porque até aí tinha jogado frente a equipas longe do seu nível, e talvez por isso, a representação dos seus jogadores seja pouca por estes lados. No entanto, estiveram às portas da final, e a estrela da companhia, Cristiano Ronaldo, esteve em grande destaque, apontando dez golos em… dez jogos.
Mais do que o número de golos que marcou, Didier Drogba foi fundamental pela importância dos seus tentos e pela sua prestação.
Marcou apenas por seis vezes, mas uma delas foi na vitória diante do Barcelona em Stamford Bridge (1-0) e outra colocando em igualdade a final frente ao Bayern (1-1), marcando também, ainda que não conte para este registo, o “penalty” decisivo que deu o título europeu aos “blues”.
Com toda a sua equipa em zona defensiva sobretudo nos encontros das meias e da final, foi ele que muitas vezes sozinho empurrou a equipa para o ataque, segurou a bola e o jogo, e sobretudo marcou golos… decisivos!
Em mais uma grande temporada individualmente, Lionel Messi bateu mais recordes. Primeiro, tornou-se no primeiro jogador a marcar cinco golos num só jogo na Liga dos Campeões, nos 7-1 diante do Bayer Leverkusen. Depois, foi o melhor marcador da prova, com 14 golos, o melhor registo de sempre em igualdade com o de Altafini, que já remonta da temporada 1962/1963.
Tal como um ponta-de-lança genérico, daqueles altos e possantes, não lhe peçam para correr muito ou para driblar vários oponentes, no entanto, Mario Gómez é atualmente um dos mestres na arte da finalização, e combinando extraordinariamente bem com os extremos Robben e Ribéry, sabe exatamente onde se deve colocar, onde a bola vai cair, em que momento a deve atacar, e ter a agilidade necessária para numa fração de segundos marcar.
Nesta edição, fez 12 golos em outros tantos jogos.
Treinador:
Roberto Di Matteo pegou num Chelsea com um pé fora da Liga dos Campeões, reconheceu-lhe as suas fragilidades e as suas potencialidades. Começou com uma reviravolta fantástica, entrando na segunda mão dos Oitavos-de-final diante do Nápoles com uma vantagem de 3-1 e vencendo em Stamford Bridge por 4-1. Depois, seguiu-se dois triunfos suados sobre o Benfica.
Com o Barcelona na calha, o técnico italiano colocou a equipa a jogar com a sua linha defensiva e a linha média a atuarem muito próximas, exigindo de ambas a máxima concentração, e com um meio-campo povoado e com qualidade técnica, dois alas rápidos e um avançado com as qualidades já referidas de Drogba. Resultado: vitória em Londres e empate em Camp Nou, e posterior conquista da Champions em Munique.
A sua exagerada postura defensiva foi muitas vezes criticada, mas o que fica para a história é que foi este treinador interino a conquistar o título máximo do futebol europeu de clubes. E porquê retirar-lhe mérito? Pegou numa equipa que muitos diziam acabada, potenciou-a ao máximo e ainda arriscou ao abdicar do campeonato, numa altura em que a presença na Liga dos Campeões da próxima época via Premier League esteve sempre em risco e até acabou impossibilitada.
A tua mae deixou-te cair quando eras pequeno????
ResponderEliminarOnde está o Neuer, Xavi, Xabi Alonso e Robben?
Uma tatica com 2 extremos e 2 avançados, havia de ser bonito.
A tua equipa de merda é só gajos a jogarem para o ataque. E a defesa?
Só cabiam 11 loool
EliminarNão se trata de uma equipa ideal, mas de um onze ideal. E que eu saiba o Messi já há muito que deixou de ser extremo.
Mas já agora, peço ao Sr. Anónimo para que façam o seu onze ideal sff
Metade da equipa tudo merda , David Luiz, Ramires , ashley cole ... etc tudo lixo!!!
EliminarDesculpa se te ofendi. O meu Onze seria:
ResponderEliminarGR: NEUER
DD: LAHM
DC: DAVID LUIZ
DC: PIQUE
DE: MARCELO
MC: XAVI
MC: KROOS
MO: ÖZIL
EXTREMO DIREITO: RONALDO
EXTREMO ESQUERDO: RIBERY
PL: GOMEZ
TREINADOR: MOURINHO
Espero que tenhas aprendido alguma coisa
ya e o messi foi o melhor marcador e nao aparece!! tu é q precebes....
EliminarNeuer? Seria a minha segunda opção. Mas quem viu especialmente os jogos decisivos sabe como Cech se agigantou.
EliminarPiqué? Lesionado na primeira parte da época, e supostos problemas com Guardiola que depois o atiraram para o banco. A dupla de centrais do Barça foi sempre Puyol e Mascherano.
Marcelo? Não concordo minimamente, antes dele, escolheria o Ashley Cole e o David Alaba, sobretudo o primeiro, para lateral-esquerdo, ou até punha primeiro o Daniel Alves na direita e o Lahm na esquerda.
O Marcelo não é assim tão bom, especialmente a atacar...
Xavi? Seria selecionável, mas entre ele e o Iniesta acabei por me decidir pelo segundo.
Kroos? Boa opção, das tais que só não cabem porque são só onze... Mas sinceramente, viu os jogos do Ramires?
Özil? Dos tais que só não cabem porque são onze...
Ribéry? Já escolhi quatro jogadores de ataque e já considero em demasia, e o seu carácter decisivo superou o de Ribéry.
Mourinho? Que ele fez de extraordinário? Que colossos lhe passaram pelo caminho? APOEL e CSKA? Lyon e Ajax são de classe média+ europeia e Dinamo Zagreb poucas vezes tem ido à Champions.
Peço-lhe mais humildade por favor, até porque a sua suposta sabedoria para além de não fundamentada ainda se dá ao luxo de deixar o melhor do mundo, melhor marcador desta LC e que marcou 5 golos num jogo de fora.
Parabéns pela análise David Pereira.
ResponderEliminarSe o seu é o onze ideal ou não? Cada um tem a sua ideia e deve ser respeitada como tal. Mas numa coisa tem grande vantagem, os seus jogadores são escolhidos criteriosamente e as suas escolhas justificadas. Não são fruto de uma lista ao acaso, olhando só para os nomes ou preferências pessoais.
Como disse, jogadores há muitos e num onze só cabem ... "onze".
Lançar nomes para a "praça" é fácil, difícil é conjugá-los e justificá-lo, senão não teriam sido lançados 4 nomes, e depois ao fazer a equipa 2 deles desaparecem (afinal parece que não se destacaram assim tanto).
Quanto treinador, amplamente merecida a "nomeação". Como português também elevo sempre o Mourinho, mas se tivermos em conta o que está em causa, que é a Liga dos Campeões, o seu desempenho não foi assim tão famoso, talvez por culpa da primazia que terá dado ao campeonato e das facilidades que foi encontrando ao longo da prova europeia. Quando apareceu um derradeiro teste, embora com algum azar à mistura, não o conseguiu ultrapassar.
Mas tal como as suas, estas são as minhas ideias.
Concordo consigo, só cabem onze, e tive dificuldades em elaborar este onze, tanto que coloquei quatro avançados, o que em termos estéticos não cabe aqui bem.
EliminarMas enfim, não tinha forma de deixar de fora os golos e exibições de Messi e Ronaldo, a veia goleadora de Mario Gomez (descontando golos de penalty, seria o melhor marcador da LC), ou o carácter decisivo do Dorgba? Seria complicado mesmo, a Champions não é uma prova de regularidade e tive de eleger os que considerei mais decisivos.
Messi merecia, é o melhor no futebol de hoje.
ResponderEliminarE as vossas maes a levarem com ele fortemente no seus rabos flacidos
ResponderEliminarBem, devo dizer que é uma equipa fortemente apontada para o ataque. Mas tendo em conta que é um "11" ideal e não uma equipa, concordo com grande parte das tuas escolhas.
ResponderEliminarAs minhas não seriam muito diferentes. A minha costela benfiquista até arriscava que Witsel ou Garay nem ficavam mal aí, mas o nivel dos outros é muito elevado.
O meu onze seria em 4-3-3
GR: Cech
DE: A. Cole
DCE: David Luiz
DCD: Garay (lá está a costela a falar ahah. agora a serio, talvez o Puyol)
DD: Lahm
MDef: Xabi Alonso
MC: Iniesta ou Xavi
MC: Ramires
Extremo E: Ronaldo
Extremo D: Messi
PL: Drogba
Aí está... haviam tantas possibilidades para o centro da defesa, sem nenhuma ter assim grande destaque à excepção do David Luiz, e como o Gómez se destacou muito, acabei por escolher esta táctica arrojada.
EliminarQuanto ao Xabi Alonso, sinceramente, gostei do trabalho de jogadores como Lampard, Luiz Gustavo, Kroos e o próprio Raúl Meireles para médio, não tomaria essa opção.
Olá, eu enviei um e-mail. Minha conta golaovivo @ gmail com
ResponderEliminarfutebolinternet blogspot com
Atenciosamente
Olá! Eu sou do blog http://sportingcpro.blogspot.pt/
ResponderEliminarSim, quero fazer troca de links a seguir responde lá
o onze esta bem feito mais o drogba e o unico que nao podia faltar nessa pois em todas LC eu nunca vi um jogador que fosse tao fundamental na vitoria de um clube que nada indicava ter possibilidades ganhar LC
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