sábado, 31 de março de 2012

Premier League | Manchester City 3-3 Sunderland


Esta tarde, no Etihad Stadium, o Manchester City perdeu pela primeira vez pontos no seu reduto para a Premier League, empatando com o Sunderland a três, na 3ª Jornada. Balotelli (2, um de g.p.) e Kolarov marcaram para os “citizens”, Sebastian Larsson (2) e Bendtner para os “black cats”.



Eis a constituição das equipas:

Manchester City



A formação orientada por Roberto Mancini está a três pontos do líder e rival Manchester United, e para este encontro conta a seu favor com uma estatística curiosa: só somou vitórias no Etihad Stadium esta temporada.
O principal ausente nos “citizens” é Kun Agüero, que se lesionou no pé enquanto brincava com uma mini-moto do filho de três anos, no entanto, Lescott e Nasri também estão de fora.


Sunderland



O Sunderland está a fazer uma excelente época, ocupando o 8º lugar com os mesmos pontos do Everton que é 9º.


Os forasteiros até começaram a partida com mais caudal ofensivo, no entanto, foi o City a primeira equipa a criar perigo, na conversão de um livre directo por Kolarov para defesa incompleta de Mignolet.

A primeira oportunidade do Sunderland aconteceu pouco depois de se cumprir um quarto de hora, com Sessegnon a servir Gardner para um remate à malha lateral.

Na resposta, na sequência de uma transição rápida, Balotelli serviu Dzeko que atirou forte para defesa do guarda-redes adversário.

Aos 31’, numa grande jogada individual Sessegnon flectiu da esquerda para o meio e assistiu Sebastian Larsson que á entrada da área rematou colocado para o fundo das redes.
Com meia hora já disputada, os “citizens” actuavam a um ritmo muito baixo, facilitando a colocação dos homens do Sunderland no seu processo defensivo, que tinham tempo para tapar linhas de passe e de prever o que poderia os homens de Manchester intencionavam fazer. Balotelli e Dzeko recuavam no terreno para receber a bola, tentando dar superioridade numérica ao meio-campo já que os defesas não os seguiam até aí, mas ainda assim, de forma inconsequente.

O City carregou no acelerador nos últimos minutos da primeira parte e Yaya Touré esteve perto de marcar, mas Jack Colback negou-lhe o golo sobre a linha.
Pouco depois, o seu avançado bósnio foi derrubado por Craig Gardner na área, e na conversão da grande penalidade Mario Balotelli empatou o jogo.

Quando parecia que os homens da casa tinham iniciado a reviravolta, já no final dos descontos após a marcação de um livre a meio do seu meio-campo pelos “Black Cats”, Sessegnon pela direita cruzou o segundo poste onde Nicklas Bendtner saltou mais alto que Micah Richards e cabeceou para o 1-2.

Ao intervalo, Mancini trocou o seu lateral-direito por Adam Johnson, passando James Milner a jogar nessa posição.

Depois de duas assistências, Sessegnon com um excelente passe encontrou Bendtner descaído na direita e este progrediu e assistiu Sebastian Larsson que ao segundo poste fez bisou no encontro.

A chegar à hora de jogo, o técnico dos “citizens” voltou a mexer, retirando o pouco inspirado David Silva e colocando em campo Carlos Tévez.

Aos 65’, após discussão com Balotelli sobre quem iria bater o livre, na qual o capitão Kompany teve de intervir, Kolarov acertou na malha lateral.
Três minutos depois, mas num lance corrido, Tévez repetiu a façanha do sérvio.

Para os últimos dez minutos, Mancini arriscou tudo ao lançar David Pizarro, substituindo Milner.
Já Martin O’Neill retirou o lesionado Matthew Kilgallon, entrando Kyrgiakos para o seu lugar.

Aos 83’, Sessegnon voltou a servir Bendtner mas o dinamarquês de fora da área atirou por cima.

Na resposta, assistido por Kolarov, Balotelli flectiu da esquerda para o meio, furando por entre os defesas do Sunderland e num grande remate fez o 2-3.

Logo a seguir, David Pizarro passou curto para o lateral-esquerdo do City, que chutou rasteiro de longe para o fundo das redes, igualando a partida.

A recta final do encontro foi muito emocionante, com um grande “forcing” feito pelos “citizens”, no entanto, o resultado terminou empatado.

Foi um jogo muito emotivo e disputado, com uma primeira parte muito pobre por parte do City, a praticar um futebol com um ritmo muito lento e denunciado, e foi até com alguma naturalidade que o atrevido Sunderland se colocou em vantagem.
Depois, os vice-líderes da Premier League aumentaram um pouco a intensidade e através de uma grande penalidade empataram a partida, mas acabou por ser sol de pouca dura pois antes do intervalo os “black cats” conseguiram o 1-2.
Pouco depois do interregno, os forasteiros aumentaram a vantagem para 1-3 e após muito tempo em que os homens de Manchester revelaram incapacidade para conseguir um resultado positivo, levando até a que alguns adeptos abandonassem o estádio, os “citizens” fizeram um “forcing” na recta final da partida e no espaço de um minuto marcaram dois golos e empataram o jogo, estando até perto da reviravolta nos últimos instantes.

Analisando os atletas, começando pelos do City…
Joe Hart apesar dos três golos sofridos nos quais poucas ou nenhumas responsabilidades teve, não foi chamado muitas vezes a intervir.
A Micah Richards tudo correu mal, apresentando queixas físicas enquanto esteve em campo e a não conseguir interceptar a bola que iria ser cabeceada por Bendtner no lance do 1-2, Kompany e Kolo Touré não estiveram mal apesar de tudo e Kolarov foi das melhores unidades em campo, colocando o esférico quase sempre onde quer, foi dos mais perigosos da sua equipa, sobretudo através de livres, e marcou um golo e fez a assistência para o 2-3.
De Jong não acompanhou devidamente Sessegnon, Yaya Touré tentou sempre remar contra a maré, sendo dos melhores “box-to-box” da actualidade, David Silva esteve desinspirado e Milner foi trabalhador e o marcador de tudo o que era cantos.
Dzeko ganhou a grande penalidade, foi lutador mas maioritariamente inconsequente e de Balotelli viu-se de tudo, desde situações conflituosas com colegas, adversários e árbitro a dois excelentes golos.
Adam Johnson ajudou a agitar as águas, Tévez esteve muito empenhado, actuando nas costas de Dzeko (numa altura em que Balotelli descaiu para o flanco esquerdo) e David Pizarro foi um bom distribuidor de jogo na fase final da partida.

Quanto aos jogadores do Sunderland…
Mignolet esteve sempre bem colocado, procurando a melhor posição para parar os remates dos homens do City, mas não esboçou uma reacção aos dois últimos golos encaixados, provavelmente porque não viu partir a bola.
A defesa esteve sempre muito concentrada e compacta até ao 2-3, quando começou a dar alguns sinais de intranquilidade e fadiga, curiosamente coincidindo com o período em que um dos centrais, Kilgallon, foi substituído por lesão.
No meio-campo, Cattermole e Gardner dedicaram-se sobretudo a tarefas mais defensivas, ainda que tenha saído dos pés do segundo o primeiro remate dos “black cats”, assim como foi ele a derrubar Dzeko no lance do “penalty”. Sebastian Larsson esteve muito bem, sempre no sítio certo, apontou um “bis”, do outro lado McClean esteve mais discreto e ao meio, atrás do ponta-de-lança, esteve Sessegnon que esteve em destaque pela dinâmica que deu ao processo ofensivo da equipa, aparecendo por todo o lado, fazendo as assistências para os dois primeiro golos e participando na jogada do 1-3.
Bendtner facturou de cabeça, saltando mais alto que os defesas contrário.
Quanto ao suplente utilizado que efectuou alguns minutos dignos de análise, Kyrgiakos, esteve no período mais negro da equipa, no qual sofreu dois golos em apenas um minuto.


Com este resultado, fica assim disposta a classificação da Premier League:

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