Esta noite, no Estádio da Luz, o Chelsea bateu o Benfica por 1-0, num jogo a contar para os quartos-de-final da Liga dos Campeões. Salomon Kalou marcou o golo que dá para já vantagem aos londrinos na eliminatória.
Eis a constituição das equipas:
Benfica
Os encarnados procuram fazer história ao atingir as meias-finais, o que seria a primeira vez que uma equipa portuguesa o conseguiria desde 2004, quando o FC Porto venceu a Liga dos Campeões.
Garay e Yannick Djaló estão lesionados.
Chelsea
Este encontro marca o regresso de Ramires e David Luiz ao Estádio da Luz, onde foram campeões em 2009/2010.
Os londrinos não conseguiram vencer os seus últimos dois jogos para a Premier League, perdendo no Etihad Stadium frente ao Manchester City (1-2) e empatando em casa perante o Tottenham (0-0).
A partida começou tremendamente equilibrada, com as duas formações a quererem assumir o controlo, e até se atingir metade da primeira parte, apenas se registaram dois remates com relativo perigo que saíram ao lado, um por David Luiz e outro por Cardozo.
A cinco minutos do intervalo, Raul Meireles atirou forte de longe mas Artur respondeu com uma boa defesa.
Logo após o interregno, na sequência de um lançamento lateral, a bola sobrou para o “Takuara” que rematou forte mas David Luiz evitou o golo sobre a linha de baliza. O Benfica entrou muito aguerrido na segunda parte.
À chegada da hora de jogo, um pontapé de baliza de Petr Cech isolou Juan Mata perante a desatenção dos defesas encarnados (que estavam a reclamar mão de John Terry no interior da área dos londrinos na jogada anterior), contornou Artur mas já de ângulo apertado acertou no poste.
Aos 66’, na ressaca de um canto a favorecer os lisboetas, Gaitán cruzou para a cabeça de Jardel mas o guarda-redes checo do Chelsea respondeu com grande intervenção.
Imediatamente depois, Di Matteo refrescou o meio-campo, trocando Raul Meireles por Frank Lampard.
Já Jorge Jesus fez sair Pablo Aimar e Bruno César, fazendo entrar Matic e Rodrigo. Com esta alteração, o Benfica passou a jogar em 4-4-2, com o jovem espanhol a jogar nas costas de Cardozo, Witsel como médio-direito e o sérvio a formar dupla no centro do terreno com Javi Garcia.
Á entrada do último quarto de hora, depois de um bom lance individual de Ramires, este serviu Fernando Torres que desenvencilhou-se de Jardel, entrou na área pelo lado direito e assistiu Kalou que à boca da baliza, entre Luisão e Maxi, só teve que empurrar para o 0-1.
Face ao desgaste de Paulo Ferreira, Bosingwa rendeu o antigo internacional português. Sturridge também entrou para o lugar do autor do golo.
Do outro lado, o técnico da formação portuguesa arriscou tudo ao retirar Javi Garcia e colocar Nolito.
Em mais uma transição rápida, Sturridge serviu Lampard que tentou o chapéu a Artur mas o esférico passou por cima do alvo.
Até ao fim, não se registaram mais alterações no marcador, com os londrinos a conseguirem o triunfo.
Foi um encontro com duas partes bem distintas. Na primeira o equilíbrio foi a nota dominante, sem que nenhuma equipa se impusesse especialmente sobre a outra e uma segunda em que o Chelsea apostou em baixar o bloco e lançar transições rápidas, dando a iniciativa do jogo ao Benfica, que superiorizou-se territorialmente, pareceu estar mais perto de marcar mas acabou por sofrer um golo quando já se pensava que se ía levar um 0-0 para Stamford Bridge.
Analisando os atletas, começando pelos do Benfica…
Artur não teve muito trabalho apesar do tento encaixado, Maxi Pereira foi sempre intenso a defender e deu profundidade ao flanco direito, Jardel não teve capacidade para acompanhar Torres no lance do golo e terminou com queixas físicas, Luisão foi sólido mas não conseguiu interceptar o cruzamento de “El Niño” que serviu Kalou no 0-1 e Emerson foi ultrapassado inúmeras vezes por Ramires em velocidade.
Javi Garcia foi o principal responsável pela pouca atitvidade de Juan Mata, Witsel trabalhou muito, Gaitán fez uma boa exibição mas não ao nível do encontro com o United, Aimar não teve vida facilitada com Raul Meireles em cima dele e Bruno César fez jus à alcunha de “chuta-chuta”.
Cardozo esteve perto de marcar.
Quanto aos suplentes utilizados, Matic trouxe presença física ao meio-campo, Nolito ainda fez um remate perigoso e Rodrigo não teve muitas oportunidades para mostrar serviço.
Quanto aos homens do Chelsea…
Petr Cech fez algumas defesas importantes, Paulo Ferreira esteve muito bem a defender mas não foi visto a atacar como noutros tempos, John Terry cometeu algumas escorregadelas como um suposto atraso ao guarda-redes e uma mão na grande área mas foi maioritariamente seguro, David Luiz fez uma exibição notável e Ashley Cole mostrou muita qualidade a defender.
Obi Mikel passou discreto, mas tal como Raul Meireles foi um dos responsáveis por Aimar não ter estado muito em jogo e Juan Mata esteve longe do nível a que tem habituado na Premier League, apesar de ter acertado por uma vez no poste.
Ramires foi o melhor em campo, defendendo com intensidade e atacando com rapidez, mostrando uma incrível frescura física mesmo na recta final da partida, Kalou andou desaparecido mas apareceu para marcar e Fernando Torres que estava a ter muita dificuldade a impor-se no jogo, acabou por ser decisivo ao fazer a assistência para o golo.
Lampard deu nova dinâmica ao meio-campo, Bosingwa refrescou o lado direito da defesa e Sturridge foi lançado para conduzir as transições rápidas nos últimos minutos.
Se o futebol não fosse um negócio seria certamente uma arte...
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