Data: 11 de Setembro de 2011
Arena: Impact Wrestling Zone
Cidade: Orlando, Florida
Kid Kash vs. Jesse Sorensen
Bom combate para começar sem dúvida, no entanto, pareceu-me haver algumas falhas de comunicação que resultaram em pequenos “botches”, mas que no entanto, não beliscaram a qualidade geral do combate. Kash não é dos melhores, e isso viu-se quando fez uma espécie de “Suplex” na parte final do combate quando tem um “Brainbuster” no reportório, até Mike Tenay se mostrou admirado e com o seu comentário passou um atestado de estupidez a Kash. Jesse Sorensen ainda está algo verde, ainda não me diz muito enquanto lutador porque pouco ou nada tem de exuberante (seja na personalidade, seja no ringue…), mas vai evoluir e ter um bom futuro.
Vencedor: Jesse Sorensen
Nota: 5,5/10
Bully Ray vs. James Storm (Bound for Glory Series)
Bela forma de aquecer os fãs por Bully Ray, é isto que separa um “heel” normal de um “heel” que se faz a si próprio. Ele à sua maneira esteve a “meter nojo” por alguns minutos, rasgou cartazes, fugiu de James Storm, encostou-se às cordas, criou um “heat” enorme, o público viu-se obrigado inventar o cântico “Pussy Ray! Pussy Ray!” e com toda a gente bem quentinha lá se começou a acção. Não são dois atletas fenomenais, isso já se sabia, mas com o “heat” que se criou, e com uma história bem contada, com Storm sempre à procura de uma vitória por submissão que lhe pudesse dar o primeiro lugar na tabela da BFG Series. O final torce o nariz a qualquer fã, mas enfim, compreende-se.
Vencedor: Bully Ray (DQ)
Nota: 6,5/10
TNA Women's Knockout Championship - Winter vs. Mickie James (c)
O combate não me estava a prender muito a minha atenção, haviam situações pouco legitimas, mas até me estava a parecer que elas as duas se estavam a esforçar para dar intensidade à coisa. Não estava a ser mau de todo, mas não percebo esta fase final, Winter tinha não sei o quê que cuspiu em Angelina mas esta não ficou com a cara cheia de um líquido vermelho e depois Mickie ficou porque Winter também lhe cuspiu. Já agora, mesmo cegando, esse liquido também tem a capacidade de tirar a sensibilidade aos ombros de Mickie para ela não os levantar ao 3? Não gosto disto!
Vencedora: Winter (nova campeã)
Nota: 2/10
TNA World Tag Team Championship - Devon e Pope vs. Mexican America (Hernandez e Anarquia) (c)
Mais um belo combate, com o público muito dentro da acção. Todos os intervenientes estavam a fazer bem o seu papel, embora no final, como já é hábito em tag team matches nos PPV’s da TNA, a contenda foi perdendo um pouco o rumo, com dois lutadores de cada equipa ao mesmo tempo no ringue, e o final mais uma vez roçou o estúpido visto que Rosita puxou a perna de Pope para baixo da corda e tudo, e até nem se percebe porquê já que isso não trazia qualquer tipo de desvantagem para D’Angelo Dinero. Gostei do segmento do “spanking”!
Vencedores: Mexican America (Hernandez e Anarquia)
Nota: 6/10
Samoa Joe vs. Matt Morgan
O que Bully Ray fez… colocou o público quente de uma tal maneira que estamos a ver a plateia mais barulhenta num PPV da TNA em muito tempo. Até fez este combate parecer melhor. Sinceramente, não foi algo que me prendeu muito a atenção, até porque não tinha grandes expectativas, Samoa Joe está numa fase descendente na carreira e Morgan é algo verde, e isso viu-se no “comeback” por exemplo, onde em vez de ser rápido e entusiasmante, foi fazendo murros em “slow motion”.
Vencedor: Matt Morgan
Nota: 4/10
Gunner vs. Bobby Roode (Bound for Glory Series)
Ambos os lutadores tiveram que limitar um pouco o seu jogo já que sendo precisos os 10 pontos, tinham que ganhar por submissão para empatar com Bully Ray no primeiro lugar da BFG Series. Ou seja, vimos um autêntico “Submission Match” de forma não oficial, e embora limitando um pouco a ofensiva dos dois, foi algo agradável de se ver, este Gunner tem futuro, não é nenhum cepo, e Roode é o que é, gostei da história contada e da forma como o membro dos Beer Money venceu.
Vencedor: Bobby Roode
Nota: 6/10
X-Division Championship - Austin Aries vs. Brian Kendrick (c)
Muito bom combate, muito físico e pouco aéreo, mas nem por isso deixou de ter espectáculo. Este Aries faz um esforço enorme para se tornar relevante e penso que o consegue, ele é muito bom no ringue, é inovador, chama a atenção, tem um “look” diferente, é bom no microfone e diria que foi das melhores aquisições da TNA nos últimos anos.
Vencedor: Austin Aries (novo campeão)
Nota: 6,5/10
Bully Ray vs. Bobby Roode (Bound for Glory Series)
Ficou aqui provado que um combate não precisa de ter muitos golpes para ser bom, basicamente os dois lutadores fizeram dois golpes em que sujeitaram o adversário a “bumps”, porque o que mais interessa é trabalhar a “crowd” e fizeram-no muito bem, sobretudo Bully Ray que criou todo o “heat” (diga-se de passagem que esse papel cabia-lhe mas que ele foi fenomenal na tarefa), e claro, Roode soube capitalizar. Contaram ambos uma grande história, mostraram um enorme desejo em estar no “main-event” do Bound For Glory, fizeram um combate taco-a-taco, muito intenso, muito físico, que apenas pecou um pouco pelos excessos de “no selling” e porque Bully Ray tinha prometido trabalhar no pescoço de Roode e não o fez.
Vencedor: Bobby Roode
Nota: 7,5/10
TNA World Heavyweight Championship - Kurt Angle (c) vs. Mr. Anderson vs. Sting
Não foi um grande combate, mas penso que foi espremido ao máximo. Angle é o melhor dos três, a todos os níveis, tanto pelo atletismo e frescura física, como pela técnica, e sendo o único “heel”, teve que assumir as despesas do combate durante muito tempo, diria que o homem é o Barcelona do wrestling, só que em vez de ser 70% de posse de bola, foi 70% no domínio do combate, e ainda teve nos melhores momentos do mesmo, sobretudo o “Double German Suplex”. O “booking” tem culpas no cartório por o combate não ter sido melhor, afinal, há sempre um “over booking” em que toda a gente se safa dos “finishers”, por isso, ninguém teve qualquer reacção quando se safaram do “Angle Slam”, “Mic Check” e “Scorpion Death Drop”, aliás, com Robert Roode já anunciado como candidato principal, a vitória de Angle também já era mais que esperada.
Vencedor: Kurt Angle
Nota: 6,5/10
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