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Luca Toni a bola disputa a bola com Gusin |
Itália
e
Ucrânia
já se haviam defrontado na fase de qualificação para o Euro 1996 e num jogo
particular a 2 de junho de 2006, mas o primeiro encontro de que me recordo
entre as duas seleções aconteceu nesse mesmo mês de junho de 2006, mas no dia
30, numa partida a contar para os quartos de final do Campeonato do Mundo.
Nessa que foi a primeira e por
enquanto única participação
ucraniana
em Mundiais, os comandados por Oleg Blokhin haviam concluído o Grupo H em
segundo lugar, atrás de
Espanha
e à frente de Tunísia e Arábia Saudita, e eliminado a
Suíça
nos oitavos de final após desempate por penáltis. Na altura, apenas os avançados
Andriy Shevchenko (
AC
Milan) e Andriy Voronin (Bayer Leverkusen) não atuavam na
Ucrânia
ou na
Rússia.
O Dínamo Kiev deu sete jogadores à seleção, enquanto o Shakhtar Donetsk deu
seis.
Já a
squadra
azzurra de Marcello Lippi, a caminho do seu quarto título, venceu um
grupo que incluía também
Gana,
República
Checa e Estados Unidos e afastou a Austrália nos oitavos. Todos os
jogadores jogavam na
Série
A. A
seleção
italiana sempre teve grandes jogadores, mas esta geração juntava alguns dos
melhores do mundo nas respetivas posições, como o guarda-redes
Gianluigi
Buffon, o central Fabio Cannavaro, o lateral Gianluca Zambrotta, o médio
Andrea Pirlo e os atacantes Francesco Totti e Alessandro Del Piero.
Não assisti à transmissão do
Itália-
Ucrânia,
mas lembro-me perfeitamente de os transalpinos terem batidos a seleção do leste
europeu por três golos sem resposta.
Zambrotta inaugurou o marcador
através de um remate de pé esquerdo de fora da área, logo aos seis minutos. Já
na segunda parte, à passagem da hora de jogo, Totti cruzou para o interior da
área, e Luca Toni apareceu ao segundo poste para cabecear para o fundo das
redes da baliza de Oleksandr Shovkovskiy. Dez minutos depois, Zambrotta serviu
Toni para o 3-0, na sequência de um grande trabalho do então lateral da
Juventus
no lado esquerdo do ataque.
“Em desvantagem ao intervalo, a
Ucrânia
libertou-se de pruridos e entrou na segunda parte disposta a desafiar a
Itália.
Obrigou
Buffon
a chocar contra o poste para defender um cabeceamento de Gusin e Zambrotta a
substituir o guarda-redes para defender (com os pés) um remate de Kalinichenko
no coração da área. A
equipa
ucraniana crescia e acreditava no empate; Luca Toni respondeu no minuto
seguinte com o seu primeiro golo no torneio. A
Itália
vai refinando a eficácia do seu futebol à medida que o Mundial avança e ontem
despediu a estreante
Ucrânia
com um pesado 3-0. Os
italianos
têm esse condão de fazer cair para o seu lado os momentos do jogo. Logo de
entrada, um golo soberbo de Zambrotta (que fez, de resto, um jogo soberbo) num
remate de fora da área tirou aos
ucranianos
a tentação de jogarem à defesa. Depois, quando a
Ucrânia
parecia cada vez mais próxima do empate, no início da segunda metade, emergiram
Buffon
(duas excelentes defesas) e Luca Toni, o avançado que marcou 29 golos na última
Serie
A italiana e ganhou por isso um lugar na
squadra
azzurra de Marcelo Lippi”, escreveu o
Diário de Notícias.
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