A minha primeira memória de… um jogo entre Juventus e Lazio

Pogba e Floccari no jogo da Taça de Itália em 2013

Embora Juventus e Lazio sejam há muito dois dos principais clubes italianos, a minha primeira memória de um jogo entre a vecchia signora e a turma laziale remonta a janeiro de 2013, quando se defrontaram na primeira-mão das meias-finais da Taça de Itália. Na altura, eu estava de férias entre os semestres do segundo ano de licenciatura e entendi que a transmissão desta partida era o melhor programa para aquela fria noite de terça-feira.

 

A Juventus, orientada por Antonio Conte, estava a iniciar um período hegemónico que haveria de durar até 2019-20. O guarda-redes Gianluigi Buffon (neste jogo preterido para Storari), o central Leonardo Bonucci e os médios Paul Pogba, Andrea Pirlo (lesionado), Claudio Marchisio e Arturo Vidal eram algumas das figuras dos bianconeri, que na altura lideravam a Série A com mais cinco pontos do que os perseguidores Lazio e Nápoles, ao cabo de 21 jornadas.

 

Já os romanos, comandados pelo suíço Vladimir Petkovic, tinha no plantel jogadores como o goleador alemão Miroslav Klose (falhou este jogo por lesão), o guarda-redes italiano Federico Marchetti, o médio brasileiro Hernanes e o extremo italiano Antonio Candreva.

 

Na nova casa da equipa de Turim, o Juventus Stadium, assistiu-se a uma primeira parte intensa, mas com poucas ocasiões de golo para ambos os lados.

 

A partida melhorou na segunda parte, com o improvável Federico Peluso a inaugurar o marcador aos 63 minutos, na resposta a um cruzamento de Emanuele Giaccherini.

 

A vantagem da Juventus durou até perto do apito final. Aos 86’, Mauri empatou o encontro na sequência de um canto executado por Candreva a partir do lado esquerdo.

 

Numa crónica redigida para este blogue, salientei que a “primeira parte foi muito tática, com os espaços a ficarem muito curtos para os atacantes”, mas ainda assim sempre disputada com muita intensidade. “No segundo tempo, a Juventus conseguiu encontrar soluções ofensivas e conseguiu criar as suas oportunidades”, acabando por chegar ao golo na sequência de um canto cobrado à maneira curta. Apesar de os bianconeri terem aparentado estar mais perto do 2-0 do que do 1-1, a verdade é que foi a Lazio que chegou ao jogo no que restou do encontro, também no seguimento de um pontapé de canto.

 

Individualmente, do lado da Juventus destaquei a intranquilidade de Storari, “mal batido no golo da Lazio”, a “capacidade de passe e visão de jogo” de Pogba, o “muito pressionante” Vidal e o “tecnicamente virtuoso” Giaccherini. Em relação à Lazio, realcei a qualidade de “sair a jogar” de Biavi, os “duelos” ganhos por Ciani, a velocidade de Cavanda, a combatividade de Álvaro González e os “belíssimos pés” do organizador de jogo Hernanes.

 

Na segunda-mão,  da qual não tenho memória, a Lazio bateu a Juventus por 2-1 no Olímpico de Roma e avançou para a final da Taça de Itália, acabando por conquistar o troféu.