Estávamos em setembro de
2000 e o FC Porto tinha acabado de perder Mário Jardel, autor de 168
golos em 175 jogos de dragão ao peito e melhor marcador nas quatro
edições do campeonato português entre 1996-97 e 1999-00.
Nos cinco primeiros jogos
da época 2000-01, Fernando Santos experimentou Romeu, Juan Antonio
Pizzi, Domingos
e Silvio Maric no eixo do ataque, mas nenhum deles apresentou golos.
Ainda sem o substituto à altura de Super Mário, os azuis e brancos
foram ao Brasil contratar Pena, ex-Palmeiras.
A estreia do reforço
portista ocorreu precisamente no primeiro jogo de que tenho memória
entre o FC Porto e o Paços de Ferreira, a 9 de setembro de 2000.
Aliás, creio que só me recordo desse encontro exatamente por isso.
O possante avançado
demorou 14 minutos a estrear-se a marcar com as novas cores, depois
de um bom trabalho individual após passe de Capucho. E precisou de
mais 15 para chegar ao segundo golo, na sequência de um livre
lateral apontado por Deco.
O melhor que o
recém-promovido Paços de Ferreira conseguiu foi reduzir na segunda
parte e criar incerteza no resultado até ao apito final. Coube ao
médio Glauber, de livre direto, faturar para a equipa de José Mota
aos 59 minutos.
“Valeu Pena para
disfarçar intranquilidade”, era o título da crónica
do Record. “O FC Porto sentiu inesperadas dificuldades para
superar um Paços de Ferreira que durante toda a segunda parte deteve
a iniciativa do jogo e lhe foi superior. O que mais surpreendeu foi
testemunhar a forma como a equipa portista vacilou e abanou perante a
postura do adversário após o intervalo, ao ousar jogar em todo o
campo e ao assumir o controlo do jogo, colocando o FC Porto em
notórias dificuldades para segurar a vantagem adquirida até ao
intervalo”, pode ler-se no texto.
Quando as duas equipas se
defrontaram na segunda volta, na Mata Real, o FC Porto era terceiro
classificado, a um ponto do Sporting e a quatro do Boavista, enquanto
o Paços de Ferreira ocupava o sétimo lugar e era uma grandes
sensações do campeonato, após seis anos na II Liga. Os castores de
José Mota tinham empatado a zero em casa com Benfica e Sporting, mas
até conseguiram melhor na receção aos dragões: ganhar.
Com um misto de jogadores
há alguns anos no clube, como o guarda-redes Pedro, o central
Adalberto e o lateral direito Paulito, e do toque de samba dos médios
e avançados brasileiros Glauber, Rafael, Leonardo e Everaldo, os
pacenses venceram pela primeira vez os dragões na noite de
segunda-feira de 5 de fevereiro de 2001. O único golo do encontro
foi apontado aos 90+3' por Leonardo, que se isolou pela esquerda e
rematou sem hipóteses para o guarda-redes russo Sergei Ovchinnikov.
“O Paços de Ferreira
completou o trio de jogos em casa com os três grandes sem perder e
sem sofrer golos. Depois de ter obrigado Benfica e Sporting a dois
empates a zero, venceu o FC Porto graças a um golo marcado por
Leonardo, a dois minutos do fim de um jogo dramático e emocionante,
embora quase sempre mal jogado devido à tempestade e às miseráveis
condições do relvado”, escreveu o Record.
ola amigo david reparei agora que nao o via no facebook nem o amigo jose calado ta tudo bem com as paginas e posts . abraço e gostava de o voltar a seguir .....
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